CAPA – Marcelo Argenta de volta com novos projetos e desafios na TV e no cinema

O gaúcho Marcelo Argenta largou a computação e foi atrás de realizar seus projetos como ator. Mudou-se para o Rio de Janeiro e entre um curso e outro, conseguiu aos poucos participações que depois o levaram à estrear numa novela de destaque e aí deu início a outra fase de sua carreira. E a cada novo personagem, um novo desafio em se superar e criar uma trajetória de sucesso. E é justamente o que em breve Marcelo irá dar continuidade com seus novos projetos na TV e nas telonas. Conheça um pouco da trajetória de Marcelo até aqui e prepare-se para não ser pego de surpresa com seus próximos trabalhos.

Você nasceu em Passo Fundo (RS) e hoje em dia mora no RJ… Como se deu essa mudança? O que leva das suas origens para sua realidade carioca? E já se sente um pouco carioca? Sobre essa mudança de Passo Fundo pro Rio, era algo que eu jamais esperaria na vida, até meus 21, 22 anos. Em Passo Fundo eu cursava a Faculdade de Ciência da Computação, na UPF. Nunca tinha me envolvido com teatro. Até que um dia teve uma Oficina de Teatro e TV na minha cidade e resolvi fazer. Fiz e gostei muito daquilo que fiz, o teatro, a interpretação. Mas ficou nisso. Segui minha vida lá…cursando a faculdade e trabalhando numa empresa de refrigerante. Quase um 1 ano depois da oficina, quem ministrou a oficina organizou uma turma pra vir ao Rio, conhecer a cidade, a profissão, conhecer produtores enfim…Viemos, e pra resumir a história, da turma toda que veio eu fui um dos únicos de ficou. Tomei a decisão de dizer que “era isso que queria fazer da vida” tranquei minha faculdade no Sul e pedi demissão do meu trabalho, tudo por telefone! E entrei numa escola de atores no Rio. Onde me formei ator e, aos poucos, naturalmente fui me inserindo ano mercado de trabalho. O que levo das minhas origens pra realidade carioca, eu acho que nada, (risos). Podia ser, o chimarrão, mas como moro sozinho não tenho o habito de tomar. Mas, quando rola um churrasco ai sim, o gaúcho aqui toma conta da churrasqueira. Se não for meu o churrasco, pelo menos fico de olho, (risos). E já me sinto, em parte, carioca sim! Gosto da forma de ser da cidade, despojada. Sou assim também, acredito, por isso me sinto à vontade aqui.

Seu início foi fazendo participações em novelas até chegar à um papel de destaque no novela Amor à Vida. Como se deu esse processo. É uma conquista “diária” à cada novo trabalho que surge? Meu início como ator foi no Rio, na escola, com peças, passando por alguns curta-metragem, séries, filmes publicitários, onde fiz várias campanhas de veiculação nacional, e até, de uma forma natural começar a fazer algumas participações em novelas da Globo. Chequei em “Amor a Vida”, depois de eu ter feito uma participação na novela “Cheias de Charme”. Após essa minha participação, a produtora de elenco da novela iria, futuramente, me indicar pra um teste pra novela “Amor a Vida”, a qual ela seria a produtora de elenco. Depois de, quase, dois meses dessa minha participação em “Cheias de Charme” chegou até min o “esperado” teste. Fiz o teste e depois um bommm tempo tive o retorno de que eu estaria na novela. Sobre o personagem, de início ele não seria metade do que acabou acontecendo, virando. O personagem foi se desenvolvendo ao longo da trama. De início era certo minhas cenas com a personagem da Tata Werneck, a Valdirene, era apenas o que eu sabia. O envolvimento do personagem, Dr. Vanderlei, na parte médica; Fertilização, que envolvia o núcleo dos personagens dos atores Thiago Fragoso, Marcello Antony e Danielle Winits, isso se deu durante a trama, no andamento da novela, assim como nos últimos meses da novela o personagem, Dr. Vanderlei, começar a se envolver com a Persefone, personagem da Fabiana Karla e terminarem a novela juntos. E sim, cada trabalho, é sempre uma nova conquista e sempre um início. Início de uma nova jornada, um novo mundo, um novo universo.

Com 1,90m de altura pensou em ser jogador do vôlei ou basquete? Bom, com 1.90 não só pensei como joguei vôlei, mas de hobby. O que levei mais a sério foi o Basquete. Joguei basquete no colégio, no 2 grau, e num clube da cidade. Levava tão a sério que via quase todos os jogos da NBA, na madrugada, e a ver acho que na época todos os vídeos que existia sobre Michael Jordan. (risos).

Como é sua relação com vaidade e moda? Sou vaidoso, acho que no “normal”, nem demais nem de menos. Procuro estar bem e antes de tudo me sentindo bem, a vontade, com o que estou vestindo. Curto o básico. Jeans e camiseta. E acho que faço um estilo mais rústico, não sei. (risos)

Depois da exposição que a novela trouxe o assédio aumentou. Como lidou com isso? E depois que passa a novela e as pessoas deixam de te parar na rua para tirar foto… Isso incomoda de certa forma também? A questão da exposição que a novela me deu, em nenhum momento ela pra min é ou foi ruim. Muito pelo contrário! Com ela que tive meu trabalho exposto ao grande público, pro Brasil todo. Não só meu trabalho na novela como em outros veículos, um deles na publicidade. Já fiz várias Campanhas e depois de me verem dizer, – Hááá você fez aquele comercial X, aquele Y, era você?!  É claro que também com o final da novela isso diminui, e também porque depois da novela, eu dei uma mudada no visual. Estou de barba e o cabelo comprido, (risos). Mas no fim, vejo ainda olhares pra min, de quem diz. – Conheço ele de algum lugar?! Se a pessoa tiver a oportunidade de falar comigo ela acaba perguntando da onde me conhece. (risos). Você faz TV ne?!(risos) Ou até lembrarem do personagem. (risos)

O que o trabalho de ator te desafia mais? O que te move nessa área? O trabalho do ator te leva pra um outro mundo, uma outra vida. Acho que é isso o mais interessante da profissão. E o que me desafia mais é o quanto o personagem é mais distante da minha realidade, da minha vida. Acho que ai o que o bicho pega mesmo. Mas, de qualquer forma, sendo mais distante, ou mais próximo da minha realidade, há sempre os desafios, é sempre um caminho trabalhoso. Isso acho que varia muito também. Pode também ser do personagem mais distante, ser “mais fácil” de se criar. Por que aí você não tem parâmetros, você cria digamos do “zero”. Fazendo com que você tenha mais liberdade, mais possiblidades na criação, ousar mais.

 

Ainda em “Amor à Vida” você contracenou diretamente com as atrizes Fabiana Karla e Tatá Werneck, que são duas atrizes com a veia cômica bem aguçada. Como foi trabalhar com esse tom mais descontraído e humorístico? Sim, as duas são feras na comédia. Mas nesse trabalho especifico foram duas formas de trabalhar. Com a Tatá era sempre comédia, cenas com maiores liberdades. O “time” das cenas ia sempre pra comedia. Até porque, o núcleo dela, que era ela e a mãe dela, personagem da Elizabeth Savalla, tinha uma certa “permissão” pro improviso, assim, criando as vezes, no momento da cena “gags” piadas. Então, com a Tatá a batida era rápida, o ritmo da cena era rápido, tinha que tá muito ligado sempre. Teve um caso curioso numa cena, que no finalzinho da cena, era dentro do carro, ela saindo carro, ela manda uma palavra ou frase, não me recordo, que foi de improviso dela, e eu respondi com outro improviso, que acabou que ela, a atriz Tatá, riu, e não a personagem, e no final acabei rindo também, e foi usada essa pra ir pro ar. Quando vi no ar, achei ótimo!! (risos) Já com a Fabiana, sempre foi mais num ritmo do drama, seguindo sempre o que o texto pedia. Eram cenas mais naturais, que ao contrário das cenas com a Tatá, que chegava ir até certo ponto pro absurdo. Ambos foram trabalhosos e muito prazerosos. As duas são duas grandes atrizes, e eu tive o privilégio de na minha primeira novela contracenar com as duas. Fazendo comédia e drama no mesmo trabalho. Maravilhoso!!

Isso mesmo, comédia ou drama? Onde você acha que se sente mais à vontade? Comedia ou drama. Não tenho escolha, e nem sei se um me deixa mais à vontade que outro. O que vale pra mim é a história a ser contada. Os personagens.

O que te faz rir e o que te tira do sério? Gosto do humor-negro, humor sarcástico, e também aquele humor que se esconde por de trás de um grande drama, dilema. Tenho gostado do humor do programa novo do Adnet, o “Tá no Ar a TV na TV”. Aquilo me faz rir e muito!! Acho fantástico! E o que me tira do sério; Bom, muitas coisas, se for citar não paro mais. O momento tá caótico!

Falamos de assédio… você está em um relacionamento sério há alguns anos. Como manter a fidelidade num momento onde o assédio e as possibilidades são grandes e mais fáceis? Simples. Sou muito bem resolvido na relação. Não tenho a necessidade de mais nada. Então, se manter fiel e ou resistir ao assédio, isso se torna fácil.

Para você o que um casal precisa ter para manter um bom relacionamento. E onde mora o perigo? Acho que pra manter um bom relacionamento é o respeito um pelo outro e também seu espaço. Respeitar o espaço do outro, a sua intimidade. Por mais que sejam íntimos, acho sim que cada um deve ter a “sua intimidade”.

Quando não está trabalhando o que mais curte fazer? O que te tira de casa fácil?! Digamos que nunca paro de trabalhar. Posso não estar num trabalho especifico no momento, mas estou sempre em função do meu trabalho. Lendo, Estudando, vendo filmes, indo ao teatro, me exercitando…e que no final das contas são coisas que eu curto, que me tiram de casa, assim como ir na casa de amigos e sair pra jantar. E depois volto pra casa. Pois sou muito caseiro! (risos)

E falando em trabalho… soubemos que vem novidades por aí… Conta o pouco sobre isso… Bom, enquanto estou fora da TV, tenho me envolvido em projetos independentes. Uma série de ficção científica que será provavelmente vendida, futuramente, pra TV, um longa-metragem com o produtor e diretor Adriano Lírio, estamos na fase de desenvolvimento do roteiro, e nesse meio tempo estou indo passar uma temporada em São Paulo, de uns 2, 3 meses, devo fazer uma peça por lá e ainda a ser definido por estes dias minha participação numa série pro canal HBO. Acredito que devo voltar pra TV no segundo semestre…