Quem assistiu ao filme “O Candidato Honesto 2” deve ter ficado encantado com a personagem Amanda, vivida pela atriz Rosanne Mulholland, discutindo política, ideologia e desfilando sua beleza. Para nossa sorte, a atriz volta às telonas, ainda esse ano, em outro longa chamado “Tudo Acaba em Festa”. Com 22 filmes no currículo, a atriz estará em mais duas produções que estreiam em 2019. Não foi à toa que Rosanne foi convidada para ser uma das apresentadoras do Festival de Cinema de Brasília deste ano! Em um ensaio exclusivo para a MENSCH, a atriz posa como a nossa Musa do Cinema Nacional. Conhecida também como a eterna professorinha Helena da novela “Carrosel”, Mulholland ainda tem talento para muitos outros desafios, seja no teatro, na telona ou na telinha da TV.
Rosanne, candidato honesto é só no cinema mesmo? (risos) Acredito que existam candidatos honestos na vida também. A nossa dificuldade está em identificá-los com clareza. Pra eles, a dificuldade está em se manterem honestos após eleitos.
Você acabou de estrear nos cinemas com o filme “O Candidato Honesto 2” ao lado de Hassum. Como foi participar do filme e o que dizer de Amanda? Foi muito divertido brincar com nosso cenário político. A comédia dá muita liberdade e poder rir de nós mesmos é sempre um alívio. O Hassum é um ótimo parceiro de cena. A Amanda, no filme, é a pessoa que enxerga o cenário político de fora e acredita que é possível fazer a diferença para transformar o país.
Por falar em cinema, você tem uma longa lista de filmes no currículo e, ainda este ano, estreia com mais 1 filme e vem mais por aí. Cinema é sua casa? O que podemos esperar desses novos trabalhos? Este ano, em novembro, estreia “Tudo Acaba em Festa”. Os outros dois filmes devem ficar para o início de 2019. Minha carreira profissional começou no cinema de forma muito natural. Me sinto confortável e feliz em um set de filmagem. E hoje tenho a alegria de fazer parte de filmes com propostas muito diferentes. Este ano estou estreando duas comédias populares. Ano que vem estão previstas as estreias de dois dramas autorais.
Com essa intimidade toda com o cinema você terminou sendo convidada para apresentar o Festival de Cinema de Brasília, sua terra natal. O que representou esse convite para você? O Festival de Cinema de Brasília faz parte da minha história e tenho muito afeto por ele. Foi lá que comecei a acompanhar mais de perto e a conhecer melhor o nosso cinema. Às vezes, assistia de pé, no fundo da sala, algum filme que me intrigava, tocava ou encantava. Me emocionei quando vi meu rosto naquela tela enorme pela primeira vez e com a vibração do público do Festival. Fiz parte do júri em 2009 e tive a honra de apresentar o Festival em 2011. Agora volto a apresentar este ano junto com outros atores que admiro.
Você é uma atriz mais de cinema. Foi uma busca ou uma consequência? Como eu disse, minha carreira no cinema se deu de forma muito natural, mas me interesso por todas as formas de atuação. Acredito que transitar entre as diferentes linguagens me proporciona diferentes desafios e me enriquece como atriz.
Como é ser de Brasília e ouvir as pessoas apontarem a cidade como “celeiro de políticos corruptos”? Brasília é muito conhecida por ser a capital do país e, por isso, a grande maioria dos políticos se encontram lá. Até a famosa arquitetura da cidade é ligada ao poder. Mas os políticos não são vistos andando nos parques, nos shoppings ou nos centros culturais. A cidade é muito mais do que se mostra, não apenas um “celeiro de corruptos”. Corrupção tem em todo lugar. É onde eu enxergo o horizonte onde quer que esteja… O céu é um espetáculo e as árvores colorem a cidade. Conheci pessoas de todas as tribos, gente leal e trabalhadora. Lá me apaixonei pelo teatro e pelo pôr do sol. Muito perto da cidade existem cachoeiras incríveis. Onde fiz os melhores amigos do mundo.
Você é ligada em política? Acha que ator deve tomar partido? Eu procuro estar sempre atenta e informada, mas, como atriz, tomar partido é uma decisão muito pessoal. Não é uma regra, mas, normalmente, prefiro não misturar as coisas.
Durante um bom tempo você ficou conhecida como a professora Helena de Carrosel. Isso em algum momento te incomodou? Jamais. Tenho imenso carinho por esse trabalho e fui muito feliz em todo o processo. Me sinto grata por ter tido uma personagem tão querida e marcante na minha carreira.
Como foi a transição do universo adulto para o universo mais infantil na época? Não cheguei a ver como uma transição. Como qualquer atriz, faço trabalhos diversos. Conto diferentes histórias para diferentes públicos.
Você tem alguns trabalhos na TV e já protagonizou duas novelas. Ainda assim, pretende explorar mais esse universo? Sim, quero voltar a TV assim que surgir uma personagem interessante para mim. Adoro fazer televisão.
Quando tem um tempinho livre o que curte fazer? O que te distrai? Gosto de ir ao cinema, ao teatro, exposições, gosto de ler, reunir amigos, jantar fora, namorar, viajar…
Trabalhar e namorar humorista (no caso Marcos Veras) te deixa mais contagiada pelo bom humor? Qual seu nível de bom humor? O Marcos me contagia com seu bom humor e sua positividade. Eu já me levei mais a sério no passado, mas tenho buscado, cada vez mais, o humor e a leveza. Ao mesmo tempo, temos conversas profundas sobre os mais variados temas. Meu namorado é inteligente, sensível e divertido. Tenho sorte!
O que um homem precisa ter para chamar sua atenção? Fé, senso de humor e gentileza.
Como lida com o espelho? Muito vaidosa? Gosto mesmo é de olhar e me sentir bem. Tenho uma certa vaidade, mas não busco a perfeição.
Um final de semana perfeito seria… Viajando pelo mundo com meu amor.
Fotos e beleza Vinícius Mochizuki
Styling Carla Garan
Jóias Marcia Elpern