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Já imaginou abrir a porta do quarto do hotel e já ir direto para a piscina? Piscina essa e toma praticamente toda a área do hotel. Isso mesmo, o Punta Caliza localizado na ilha de Holbox, no México, traz uma proposta totalmente inusitada ao colocar todos os bangalôs dentro de uma enorme piscina. Por sinal, Holbox é uma daquelas cidades que fazem quem a visita se apaixonar pela vida: é uma verdadeira experiência paradisíaca. Construída em um terreno “residual”, sem estar de frente para o mar e perto do limite intocável do mangue, no Punta Caliza os bangalôs do hotel possuem sua própria paisagem aquática.
Punta Caliza é um pequeno hotel boutique fundado por uma família de viajantes e amantes de seu país. Seu objetivo é curtir e se apaixonar pela ilha para se sentir em casa. Em Punta Caliza as paredes brancas características da península, combinam-se com os tons quentes da madeira e as fibras naturais dos tetos; um conceito desenvolvido pelo estúdio Macías Peredo, cujos diretores são professores e amigos da família.
Três íngremes coberturas verdes abrigam os quartos, sem realmente se tocarem. Desta forma, é mantida a construção com clareza e simplicidade. Esta lógica arcaica, resgatada da casa maia, permite que as paredes se libertem de sua função estrutural. Uma vez liberadas, a unidade fica protegida entre as águas, que escoam no pátio inundado, em uma breve lembrança do manguezal que recobre a ilha de Holbox. Relaxar sobre a palapa construída em cedro maciço e de aroma intenso, vivenciando-a como um espaço, é a premissa de todos os quartos, que por esse motivo, impossibilitam um segundo pavimento.
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PÁTIO AQUÁTICO
Os quartos são cabines individuais de estrutura A, feitas quase inteiramente em madeira de cedro vermelho sustentável – apenas rústica o suficiente e arejada. Uma porta leva a uma piscina privada, que por sua vez se abre para o pátio inundado do hotel. As paredes e os tetos de madeira polida não precisam de adornos, há uma área para pendurar roupas, algumas gavetas e prateleiras embutidas e um jarro de água purificada.
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O coração do empreendimento é o pátio aquático e de preferência em repouso. O pequeno hotel emerge do local para se proteger da elevação do nível do mar em uma ilha instável, ou antecipar essa condição com o seu claustro inundado, dependendo do ponto de observação. No canto mais estreito do projeto, como uma quilha, uma torre abriga os serviços, ao mesmo tempo, que configura um mirante sobre o manguezal em direção aos dois corpos d’água, que definem essa faixa de terreno que chamamos de Holbox.
O café da manhã está incluído e destaca um especial diário – chilaquiles ou omeletes e torradas. O restaurante faz lanches em vez de um serviço de almoço, mas o talentoso chef Ricardo, nascido em Tabasco, prepara jantares memoráveis quando solicitado com antecedência – baseado em pratos favoritos do México e do Caribe (tortilhas de milho, robalo, lagosta, toupeiras), com frutas tropicais e emulsões exóticas. O bar na torre adjacente tem algumas das melhores vistas de Holbox, além de coquetéis médios à base de mezcal.
Um tratamento acolhedor e atencioso, bem como uma localização privilegiada, perto de alguns dos melhores restaurantes da pequena cidade, fazem dele uma excelente opção para fugir da vida noturna, da perturbação das grandes cidades.
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