MUSA: Malu Falangola uma pernambucana arretada que chega com muito talento

 

A pernambucana Malu Falangola aos 17 anos largou tudo e foi morar no Rio de Janeiro para trabalhar como modelo. A partir daí, sua vida mudou. Hoje aos 22 anos Malu acabou de fazer sua estreia na TV com uma personagem carismática e marcante em “Malhação – Pro Dia Nascer Feliz”. E isso foi só o início! Vem muita coisa boa por aí. Totalmente adaptada a rotina carioca, Malu segue estudando e se preparando para os novos desafios, mas sem perder seu jeito leve e sem esquecer suas raízes.

Pernambucana morando no Rio de Janeiro há 5 anos. Como foi essa mudança? A decisão veio quando minha família confiou na minha palavra, de que eu iria me dedicar ao máximo para construir o meu futuro aqui nessa cidade. Meu pai, minha mãe e meu irmão Mariano, foram e são a força que eu tenho para estar aqui. Mesmo só morando com a minha mãe no Rio, tenho minha família presente diariamente na minha vida. Então, tudo isso só aconteceu por causa de um convite que recebi para trabalhar como modelo aqui no Rio. Tomamos a decisão e, chegando aqui, entrei num curso de teatro apenas para fica mais desinibida, mas terminei me apaixonando, parecia que estava escrito… Não trabalhei nem um mês como modelo e comecei minha carreira de atriz. A adaptação foi intensa. Gostei do Rio de cara, mesmo sendo uma babona oficial de Pernambuco (risos). A dificuldade veio nos valores, porque aqui tudo é bem mais caro, mas também pelo tamanho da cidade e a saudade. Mas, hoje em dia, já estou entrosada e amo essa agitação carioca que me preenche social, política e artisticamente.

Você acabou de fazer sua estreia na TV, em “Malhação – Pro Dia Nascer Feliz”. Como foi o desafio? Ficou um gostinho de quero mais? Interpretar uma nordestina numa temporada de “Malhação” é motivo de muito orgulho, pois não tiveram tantas na história. E isso mostra que as mídias, há algum tempo, já estão incluindo a imagem cotidiana das capitais, ao mesmo tempo em que estão perdendo o costume de mostrar o Nordeste sempre com as imagens focadas no Sertão – que não desprezo e reconheço a gigantesca riqueza vinda dele, além de termos por ele boa parte das mais importantes obras literárias do nosso país. Com isso, tive a liberdade de criar uma personagem recheada de personalidade, que levou cultura e alegria de forma leve e engraçada. A Sula me ensinou muito, me fez falar coisas que chamaram atenção por serem de tanta coragem, de tanta sinceridade. “Malhação” é um meio de comunicação que me proporcionou expor a minha arte contando uma história que pode ser a de tantas pessoas buscando serem reconhecidas. Pra mim, foi um ótimo início na TV, tanto profissional como pessoal, e também uma oportunidade de estar inserida no meio com mais visibilidade e aprendizado. Nada melhor do que a experiência para seguir com segurança. O gostinho de “quero muito mais” ficou! Quando a gente entende que faz o que ama, não quer parar nunca mais e foi isso que aconteceu.

Quais os maiores desafios como atriz? Viver de arte é o desafio. Temos um país que luta para ter um suporte decente na cultura e somos milhares de cidadãos que lutamos para termos nossos direitos nessa profissão. Este, com certeza, é o maior desafio de qualquer atriz ou ator. O resto é aprendizado e amor.

Como tem se preparado ao longo do tempo? Estudo com alguns grupos de pesquisas, tenho coletivos e sempre estamos trocando ideias. E do que surge discutimos, montamos, transformamos… Além de fazer oficinas, cursos e aulas como de voz e corpo.

Como você vê o cinema pernambucano? Paquera com ele? (risos) Tenho uma verdadeira paixão platônica pelo cinema pernambucano! Falo platônica porque ainda não trabalhei nele (risos). É o tipo de filme que me transporta para o ambiente, é o que me representa, o que mostra a minha cultura para o mundo, e isso tudo me fascina. Me emociono ao ver o patamar que o cinema pernambucano conseguiu chegar representando a verdadeira alma atual das cidades.

O que você levou da sua terra para sua rotina carioca? A música, a comida, as gírias, a saudade e a alegria. Tem coisas que sinto necessidade certas horas. Se me sinto saudosa, ouço qualquer música de lá e meu astral já muda. Quando como uma comidinha especial é uma explosão de felicidade. E não posso negar que qualquer momento de euforia o “ôxe”, “oxente” ou o “vixe Maria” saem sem nem perceber (risos).

Quando volta a sua cidade natal o que mais tem vontade de fazer? Ir à praia ou sentar num bar com minha família e amigos comendo caranguejo. Parece algo muito simples ou banal, mas, realmente é algo que me remete à minha vida inteira.

O que você curte fazer nas horas de lazer? Minha rotina é bem agitada, sou daquelas que um dia de preguiça já me satisfaz, porque gosto de fazer mil coisas no mesmo dia. Sempre escolho entre praia, museu, teatro, cinema ou barzinho.

É muito vaidosa? Até que ponto? E homem vaidoso, te atrai? Não sou extremamente vaidosa, já fui mais na fase de adolescência. Hoje em dia curto algo mais prático, que seja bem a minha cara ou que me deixe confortável. O homem com uma vaidade que sirva como uma autoestima saudável, eu acho charmoso.

Quais os próximos passos para esse ano? Estou me organizando para estrear no teatro ainda este ano e gravando curtas e séries para um futuro próximo. Aguardem!

Onde é mais fácil te encontrar, balada, praia, barzinho com os amigos…? Quando quero relaxar vou ao teatro ou ao barzinho com os amigos.

O que te conquista? O que me conquista é a sinceridade. Num mundo tão agitado, numa época de tantas informações, ter tempo e poder trocar um olhar com sinceridade é primordial. Faz toda a diferença!

 

Fotos Gustavo Paixão
Styling Erick Maia
Beleza Lucas Almeida