Desde sua primeira aparição no The Voice Brasil em 2015 já dava para perceber que ela trazia algo diferente. Aos poucos fomos conhecendo Nikki e nos encantando com sua voz, sua performance, estilo… e que baita corpão! E ficava no ar a pergunta: “de onde veio ela?” E a resposta é, de São Bernardo do Campo para o mundo! Isso mesmo, depois do programa Nikki só cresceu e encantou ainda mais em seus shows pelo Brasil. Enveredou pela música eletrônica, que é mais a sua vibe, e agora segue para novos rumos com sua mudança para Los. Angeles. Onde esse mês, fará sua estreia em solo americano no maior festival LGBT de música eletrônica dos EUA, White Party Palm Springs, agora em Abril. Essa garota vai longe! Enquanto isso segure o fôlego e acompanhe esse ensaio que Nikki fez pra gente antes de seguir com sua carreira internacional.
Indo para o início de tudo pelo jeito você foi uma criança que já nasceu para ser uma estrela? Nessa época era daquelas de cantar no espelho segurando a escova de cabelo? Fala um pouco dessa criança super star… Eu sempre gostei muito de cantar, atuar, fazer vídeos. Era algo muito natural pra mim e meus pais sempre me apoiaram. Com 8 anos já comecei minhas aulas de canto, piano e teoria musical. Já que era o que eu amava fazer, fui incentivada a estudar e usar as técnicas certas para não me machucar e melhorar a cada dia.
Seu início foi nos palcos de teatro com musicais? Como foi esse período? Como tudo começou? Na verdade desde os 7 anos eu já cantava em alguns eventos pequenos em São Bernardo do Campo, mas eu realmente me profissionalizei quando comecei nos musicais. Em 2004 fiz meu primeiro musical, sempre fui a caçula do elenco e isso me fez aprender muito. Eu tinha apenas 14 anos mas já me sentia muito madura e com muitas responsabilidades.
Aí no meio dessa trajetória veio o The Voice… Realmente foi um divisor de águas na sua carreira? O The Voice veio em 2015, eu já viajava com meus shows desde 2010 então foi uma oportunidade de mostrar meu trabalho em escala nacional. Eu já vivia da música mas com o programa tive a oportunidade de ganhar fãs de todas as idades e em todos os lugares do país. Administrar todas as emoções e ter que provar meu talento todas as semanas me tornaram mais forte e profissional.
O que mais te marcou e o que mais serviu de aprendizado durante o programa? A estabilidade emocional foi o mais difícil de administrar. São muitas emoções, tudo acontece muito rápido e de repente você é reconhecida em todos os lugares e recebe todo o amor e também todos os julgamentos. Precisei respirar fundo e focar no meu trabalho para sempre dar o meu melhor.
Daí você enveredou pela música eletrônica e tem dado super certo. Já era algo que você desejava? Era um estilo que fazia parte do seu repertório ou artista e pessoal? Eu amo a música eletrônica e quando decidi começar a escrever minhas próprias canções, me encontrei nesse estilo. Me sinto extremamente à vontade nos palcos e amo a energia que troco com o público. Meu repertório sempre foi muito pop internacional e quando escrevo minhas músicas, com certeza essa sempre é minha referência. O mais legal é que com a ajuda dos produtores musicais podemos deixar a música com diversas versões.
E esse musical “Divas” ao lado de Luíza Possi, conta pra gente como foi a experiência. Voltar aos palcos do teatro musical foi muito especial. Como comecei a viajar com meus shows em 2010, tive que parar de fazer musicais. Eu não poderia ficar em cartaz todos os finais de semana. Quando tive o convite para protagonizar “Divas” ao lado da Luiza Possi e Jeniffer Nascimento, tive que me permitir parar para fazer esse projeto! Foi maravilhoso ficar em cartaz, toda a rotina de ensaios, shows. O elenco era extremamente talentoso e aprendíamos uns com os outros todos os dias.
Hoje em dia você está morando em Los Angeles. Quais os planos? O que espera dessa temporada L.A.? É um próximo passo na minha carreira. Quando finalizamos a temporada de “Divas” voltei a focar na minha carreira na música eletrônica e queria um desafio maior, a carreira internacional. Antes do The Voice eu já tinha feito shows no Chile e em Curaçao, mas nunca realmente investi nisso. Então em 2017 além dos meus shows pelo Brasil fiz shows na Colômbia, Espanha, Irlanda, Costa Rica. Agora me senti segura para ter essa nova experiência em um novo país. Estou em Los Angeles, estudando muito, fazendo shows no México e me preparando para minha estreia no maior festival LGBT de música eletrônica dos EUA, White Party Palm Springs, em Abril.
Com esse sex appeal todo vai virar a cabeça dos americanos! (risos) Como tem sido a adaptação? O que tem achado dos americanos na abordagem? Confesso que não tive muita experiência com essas abordagens mas já posso dizer que são muito diferentes dos brasileiros em alguns sentidos. São mais galanteadores, estão acostumados a te chamar para jantar, pagar uma bebida. Sempre muito educados e com medo de passarem do limite! Confesso que acho mais romântico e toda mulher gosta de se sentir cuidada! Nosso sotaque também faz muito sucesso fora do país viu? Sempre é um bom motivo para puxarem assunto.
Nesse ensaio você aparece bem hot… Gosta de provocar, criar uma personagem…? A Nikki já é um personagem. Na minha vida pessoal sou mais menina, amo andar de pijama e cabelo desarrumado pela casa. Escuto mantras e deixo meus amigos loucos quando resolvo que quero procurar alguma trilha no meio “do mato”… (risos) Quando vou sair, tudo muda. O cabelo muda, roupas, salto alto. Gosto de me sentir mulherão mas não sei fazer joguinho. Converso com todo mundo, brinco. Não faço mistério não.
O que te atrai em um homem? O que ele precisa ter e ser? Com certeza precisa ser um homem seguro e talentoso. Eu sempre fui uma mulher muito independente e segura então não consigo lidar bem se estou com alguém que seja muito ciumento ou inseguro em relação a minha profissão, minhas viagens, roupas. Meu trabalho exige que eu esteja sempre em festas então tem que conseguir me acompanhar. Talento também sempre foi meu ponto fraco…(risos) Não só o talento nas artes mas pessoas talentosas em sua profissão. Precisamos admirar e aprender com quem está ao nosso lado.
E você quando está interessada, correr atrás? Ou joga um charme e fica na espera da “vítima” chegar? (risos) Olha… eu não costumo fazer joguinhos não. Mas confesso que gosto da conquista. É gostoso todo o início, as conversas, aquele vergonha e frio na barriga. Geralmente eu demonstro o interesse e espero por uma atitude.
Que programas fazem sua cabeça na hora de relaxar e se divertir? Ficar ao ar livre, com contato com a natureza, praias. Isso é oxigênio pra mim. Durante a noite amo sair pra jantar, conhecer novos restaurantes, lugares legais para conversar e ouvir uma boa música. Ao mesmo tempo também sou extremamente feliz ficando em casa e fazendo maratona de filmes.
Para conquistar Nikki basta… Ser uma pessoa verdadeira, segura, sem frescuras e que ame estar com os nossos amigos! Tem que gostar de cuidar e ser cuidado.
Fotos Carlo Locatelli
Beleza Pedro Villar
Stylist Amanda Hadda e Izabela Rinaldini