Cada vez se fala mais de mobilidade nos grandes centros urbanos. O problema dos grandes engarrafamentos é algo comum na nossa rotina. Outro fator importante quando se fala em trânsito é o aumento do volume de carros na rua e a poluição que vem com tudo isso. Enquanto os carros elétricos ainda não são uma solução democrática aqui no Brasil, patinetes e bicicletas tem ganho do seu espaço nas ruas como uma alternativa bem viável.
Partindo desse princípio atrelado à tecnologia de ponta é que surgiu o projeto da Voltz, uma startup criada em 2017 por Renato Villar, diretor geral da P2M, principal revendedora de peças e lubrificantes para motocicletas do Nordeste. Durante viagens à Europa e Ásia, ele percebeu que a próxima disrupção em seu mercado seria a entrada de veículos movidos a energia elétrica e começou o projeto da EV1. Uma scooter elétrica de alta qualidade e valor acessível para destravar o trânsito das grandes cidades sem causar poluição graças a sua bateria portátil.
A startup Voltz abriu sua loja e vendas online em novembro passado e a EV1 é a primeira scooter elétrica do Brasil a receber certificação do Denatra. O motor da scooter é de tecnologia alemã, da marca Bosch, enquanto o pneu é da Maxxis, uma das maiores fabricantes do mundo. A EV1 é montada no Brasil seguindo o padrão internacional de qualidade. Com uma bateria portátil de lítio, a scooter pode ser abastecida em qualquer tomada. Uma carga completa leva cerca de quatro horas e custa menos de R$ 1. O abastecimento da moto consome apenas 1 kilowatt/hora (kwh), o que custa, em média, R$ 0,2 por quilometro rodado. De bateria cheia, a EV1 pode rodar até 60 quilômetros.
Além de gerar economia para o dono da moto, a EV1 não emite poluentes no meio ambiente, enquanto uma moto nova movida a gasolina produz até dois gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, segundo dados do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot). Recife foi a cidade escolhida para ser a primeira a receber o projeto porque tem o pior trânsito do país, segundo o levantamento internacional “Traffic Index”, divulgado no ano passado. A expectativa da Voltz é chegar a 3000 motos vendidas em 2020, a partir da estratégia de levar a scooter para outras nove capitais brasileiras que também têm o trânsito caótico, segundo o “Traffic Index”, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.
Disponível nas cores preta, cinza, branca, azul marinho, azul sepang, vermelho, e laranja e com preço fixado em R$ 9 mil à vista e R$ 9.450 em até 12 vezes no cartão, a moto é comercializa pela internet. As dez cidades com piores índices de trânsito terão showrooms da Voltz, onde o cliente pode conhecer a scooter pessoalmente, num modelo semelhante ao feito pela americana Tesla, pioneira em carros elétricos.
No local, também será oferecida assistência técnica. Um dos trunfos da Voltz é a mecânica da EV1. Enquanto uma scooter comum tem mais de 600 peças, o modelo da Voltz tem apenas 108. A confiança da startup na moto é tanta que os mecânicos vão usar camisas brancas durante o trabalho. Entre os atrativos para o público urbano, a moto tem marcha a ré e sistema de som bluetooth. Além disso, a Voltz terá um sistema de SOS para todos os seus usuários. Quem esquecer de carregar a bateria, ou acontecer algum problema da EV1, através do APP poderá pedir socorro, isso tudo torna a experiência de ter uma EV1 a frente do tempo.