MUSA: HELLYDA, FALLOW THAT INSTINCT

O isolamento social tem alterado a rotina de muita gente e também nos desafiando a criar o novo, o inédito. Seguir seus instintos, sua essência. É o caso da nossa bela musa, Hellyda. Uma brasileira que está morando no Sul da Itália e se viu desafiada a posar para o fotógrafo Rodrigo Marconatto, do Rio de Janeiro, via celular. “Adorei poder me exprimir durante o isolamento”, comentou a gata. Para Rodrigo, acostumado com a rotina agitada de fotógrafo, foi um baita desafio inédito. “Foi um desafio, pois tudo era muito novo e logo nos primeiros ensaios eu mesmo me surpreendi com o resultado”, comentou ele em entrevista para a MENSCH. As fotos foram feitas no interior da Sicília e o resultado ficou naturalmente lindo. Em sua temporada na Europa, Hellyda tem procurado se ocupar como pode no meio desse período de quarentena. Dos novos dotas culinários, à aulas on-line e cuidados com o jardim. “Estes meses realmente me fizeram reavaliar minha vida e decisões futuras”, conclui a bela.

Como foi fotografar à distância? Alguém te ajudou durante as fotos? Adorei poder me exprimir durante o isolamento. Fazer minha maquiagem, o cabelo, preparar os looks e fazer uma sessão completa sozinha através de um aparelho celular com alguém do outro lado do mundo. Quem diria…

Como está sendo sua realidade ai na sua cidade com essa pandemia toda? Passei os últimos meses em uma casa no campo no sul da Itália onde tive pouquíssimo contato com pessoas. Aqui não houveram casos, então o clima está mais tranquilo que no resto do País, mas mesmo assim todos seguem as medidas de proteção nos lugares públicos.

Acha que posar via vídeo chamada vai ser uma realidade por muito tempo? Acredito que pode sim se tornar uma realidade cada vez mais presente, principalmente com a comunicação virtual sempre mais avançada.

Já tinha feito fotos assim? Qual o maior desafio? Nunca, foi uma novidade interessante. A maior dificuldade foi a má conexão. Quando fizemos o shoot estava ventando bastante e a conexão estava ruim. Mas no final deu tudo certo.

Como tem ocupado o tempo nessa quarentena? Tenho a sorte de poder circular livremente pelos arredores e estar em contato com a natureza. Além de cuidar da casa e do jardim, tenho frequentado as aulas da universidade on-line e estudado bastante. Também desenvolvi meus dotes culinários, adicionei diversos pratos novos no menu e elaborei meus pratos clássicos. Estes meses realmente me fizeram reavaliar minha vida e decisões futuras.

5 PERGUNTAS PARA RODRIGO MARCONATTO

Quando surgiu a ideia e necessidade de fotografar à distância? No começo da quarentena fiquei sem saber como agir e que fazer diante do isolamento sem poder trabalhar. Relutei um pouco com a ideia de fazer algo através de vídeo chamada, bateu uma insegurança, com medo de não ficar com uma boa qualidade. Foi um desafio, pois tudo era muito novo e logo nos primeiros ensaios eu mesmo me surpreendi com o resultado. As pessoas pediam ensaio e ao mesmo tempo tinha que me reinventar também fazendo algo que despertasse a curiosidade e o interesse das pessoas em acompanhar o meu trabalho.

Como foi na prática? Que dificuldades encontrou? Foi bem engraçado na verdade, porque não sei falar em inglês, e acabei usando a ajuda do Google tradutor ao lado para auxiliar na comunicação. Não sei se dificuldade é a palavra certa, mas dentro das circunstancias o mais difícil para mim foi isso.

Quais as diferenças em fotografar modelos em outros países? Como eles tem encarado essa nova realidade? Na verdade quase nenhuma, como disse anteriormente, minha maior dificuldade foi na comunicação, que na verdade foi bem tranquila. Eu apenas pensei que com essa quarentena eu teria que fazer algo que me acrescentasse, algo que nunca fiz antes, inclusive atingir pessoas que nunca atingi e lugares que nunca conheci. Foi ai que tive a ideia de convidar modelos de outras nacionalidades, para participar do meu projeto. Tendo em meu portfolio pessoas com perfis diferentes dos nossos e de certa forma, conhecer lugares mesmo que distante e me sentir de alguma forma naquele lugar. E a sensação por incrível que pareça foi justamente essa, estar ali, junto a eles e me realizando um pouquinho mesmo sendo de forma virtual. Com relação à nova realidade, acredito que estamos todos na mesma situação, onde o mundo todo se encontra no mesmo barco. Pelo que senti, eles estão mais conscientes e seguros que nós, respeitando assiduamente o isolamento.

Como a quarentena tem te afetado e o que tem feito para amenizar isso? Tenho feito muita leitura e fotografado muito para ocupar minha cabeça, pensando sempre positivo e vivendo um dia de cada vez.

Pretende continuar com esses ensaios internacionais depois da quarentena? Quero muito dar continuidade a este projeto, pois com isso vou divulgando meu trabalho em outras nações e expandindo meu trabalho mundo afora. Acredito também que é um serviço a mais que posso oferecer a todos que desejam fotografar comigo. Mesmo que à distância. Pois de certa forma, consegui expressar mesmo que em video a identidade do meu trabalho, do meu olhar, da minha arte.