Inspirado nos iates de corrida do início do século 20 e no Phantom II Boat Tail de 1932, a icônica marca de carros de luxo, a Rolls-Royce, lançou o Boat Tail, que talvez seja (pelo menos até o fechamento desta edição) o carro mais caro do mundo. Estimado em cerca de 20 milhões de libras (R$ 148.138.000 milhões na conversão direta), segundo o portal especializado Autocar.
Encomendado por um cliente da Rolls-Royce que trabalha em estreita colaboração com a empresa há quatro anos, o Rolls-Royce Boat Tail (rabo de barco, em inglês) – como o próprio nome sugere – tem sua inspiração no mar. Podendo ser considerado o carro mais caro do mundo, ele foi elaborado como um “iate de corrida” sobre rodas, com 19 pés de comprimento. O carro compartilha sua plataforma e aparência geral com o primeiro Boat Tail, revelado em 2021, mas é totalmente único – inclusive nos talheres de ouro rosa e nas banquetas de fibra de carbono que formam seu conjunto de jantar ao ar livre.
Outro detalhe importante, a Rolls-Royce não divulgou detalhes sobre a motorização, mas podemos apostar que o famoso 6.7 V12 da marca está sob o capô. Esse motor produz 570 cv nos modelos Cullinan e Phantom, e até 608 cv nas versões Black Badge.
A Rolls-Royce diz que a base da cor rosa do modelo é “uma mistura cintilante de ostra e rosa suave, com grandes flocos de mica branca e bronze adicionando uma qualidade perolada única que muda sutilmente sob diferentes condições de luz”. Como essa pintura reage à luz solar difere dependendo do país em que está, diz a Rolls-Royce. E para garantir que o cliente soubesse o que esperar, a Rolls-Royce enviou painéis de carroceria inteiros para eles, apenas para ver como ficavam sob o sol local. Esta é apenas uma parte do processo de construção de carrocerias da Rolls-Royce, algo que apenas os clientes mais fiéis da marca podem experimentar.
LUXO NOS DETALHES
Muitos acessórios adornam a cabine também. A “suíte de hospedagem” sob o deque traseiro esconde uma geladeira dupla para champanhe projetada especificamente para as safras preferidas do cliente. Também conta com talheres de prata com emblemas gravados “Boat Tail” e pratos de porcelana combinando com aros de platina. Para dias de sol, há um guarda-sol e dois banquinhos de pano que também saem do deque traseiro, assim como duas mesas de coquetéis fixas de cada lado.
CEO da Rolls-Royce, Torsten Müller-Ötvös explica: “foi ideia dos clientes fazer isso, remontando ao Boat Tail de 1932, que um dos clientes possui e foi assim que toda a ideia se desenvolveu. Nossos clientes, que chamamos de lumiares, são cerca de 100 no mundo e se conhecem, o que eu chamaria de clube da super elite. A ideia de jantar ao ar livre na parte de trás veio deles”.
Ao todo, o projeto levou quatro anos para ser desenvolvido, o que significa que a empresa começou a construir o Boat Tail logo após o lançamento do Sweptail em 2017. “Ele nasceu de um desejo de comemorar o sucesso e criar um legado duradouro”, diz o CEO Torsten Muller-Otvos. “Em sua realização, o Rolls-Royce Boat Tail foi um momento crucial na história de nossa marca e no cenário de luxo contemporâneo”.