Com 26 anos de idade e sete de carreira, Bruno Montaleone vem se destacando como um dos nomes promissores de sua geração no mercado audiovisual. Depois de encarar o polêmico Matheus Ewbank, de “Verdades Secretas II”, do Globoplay, está de volta à emissora carioca na novela das 6, “Amor Perfeito, ao lado de um núcleo de peso, com o personagem de Thiago Lacerda como irmão e os de Zezé Polessa e Paulo Betti, como pais. Fora isso Bruno protagonizará “Perdida”, produção baseada no best-seller da escritora brasileira Carina Rissi, vivendo o mocinho Ian Clarke. A trama, que conquistou uma legião de fãs no país e mundo afora, é dos lançamentos mais aguardados da companhia para este ano. Hoje, ele também pode ser visto em dose dupla na Netflix, em “De Volta aos 15” e “Diários de Intercâmbio”, trama que alcançou o primeiro lugar entre os mais assistidos do streaming. E já tem marcado para breve, também na Netflix, em “O Lado Bom de Ser Traída”, filme permeado de suspense, romance, drama e ação, em que contracena com Giovanna Lancelotti.
Bruno, nossa primeira entrevista com você foi lá no iniciozinho da sua carreira (2016) quando você despontou com sua estreia na TV em Malhação. Sete anos depois com uma trajetória bem significativa com novelas, filmes e séries você sente que tem saído como esperava? Ou se surpreende quando olha pra trás? No começo da minha carreira acho que eu tentava controlar muito mais a minha trajetória. Hoje aceito que meus caminhos vão ter também surpresas, e que você pode e deve traçar metas, mas não necessariamente uma cartilha será seguida, e que é preciso aprender a lidar e curtir o processo, além de estar atento ao que pode ser boa oportunidade. Toda pequena conquista me faz lembrar de quando estava começando e querendo mostrar meu trabalho. Ao olhar pra trás, fico muito feliz com a minha caminhada, tijolinho por tijolinho.
Dentre os seus trabalhos nesses sete anos você poderia dizer que o Matheus Ewbanck de Verdades Secretas II foi um divisor de águas na sua carreira (até aqui)? Acho que por tudo que envolve a série, eu já esperava uma reação do público. Matheus foi um personagem que, olhando pra trás, exigiu dose extra de desprendimento, e também de comprometimento. Acho que não sou a melhor pessoa pra analisar se foi um divisor de águas, mas foi um personagem marcante.
Como foi na época encarar as cenas mais ousadas com nudez e sexo? Se surpreendeu com algo? Lidei com mais leveza do que eu mesmo esperava. Eu fiz tantas cenas assim que elas acabavam se tornando quase como coreografias. Meus parceiros de cena, sempre super profissionais, deixavam tudo também muito mais fácil.
Você volta à TV com uma novela de época (Amor Perfeito) e mais recatado, digamos assim (risos). Como está sendo este novo desafio? Ainda mais ao lado de atores de peso como Thiago Lacerda, Paulo Betti e Zezé Polessa que na trama são seu núcleo familiar. Está sendo ótimo! Minha família fictícia é muito divertida! Temos cenas descontraídas e sérias também, é muito gratificante estar em cena com esses parceiros talentosos. Novela é sempre um desafio muito grande, mas sinto que cativamos o publico com a nossa história.
Como você definiria seu personagem Ivan Evaristo? O que podemos esperar dele ao longo da trama? Ivan é filho do Prefeito, um zé dend’água que não faz nada da vida e só quer curtir o bem-bom e não trabalhar. Sempre de olho num rabo de saia e arrumando desculpas pra não trabalhar. Conforme o tempo passa vemos que Ivan toma umas rasteiras que podem levá-lo a tomar jeito.
Como você constrói um personagem? E como desapegar dele? Há geralmente uma fase muito “racional” no lugar de: entender daonde vem, aonde mora, período histórico etc. Construindo essa base, começo a viajar nesse mundo e sinceramente, tudo ao meu redor é alimento pra construção de um personagem. Para desapegar de alguns eu ainda estou descobrindo e já te conto. (risos)
Da TV para o streaming, você já participou de algumas produções na Netflix como “De Volta aos 15” e “Diários de Intercâmbio”. E até a própria “Verdades Secretas II”, que foi para o Globoplay. Trabalhar de forma mais independente, por obra em canais diversos é algo natural na sua carreira? Como enxerga esse mercado atual? O mundo foi pra um lugar diferente do que todo mundo pensava, as coisas estão mudando muito rápido e o streaming chegou numa parte importante na minha carreira. Foi muito legal trabalhar em lugares diferentes, com histórias diferentes, ver como funciona cada ambiente. Isso é novo e achei muito positivo, movimenta o mercado e mais talentos podem ser explorados (na frente das câmeras e atrás delas também). Tem muita história boa pra ser contada e gente querendo contar, que isso aqueça mais o mercado e mostre as histórias brasileiras para o mundo.
Falando nisso, em breve você vai estrear dois filmes, e um deles muito aguardado que é “Perdida”, para o cinema, baseado na obra de Carina Rissi, onde você interpreta o mocinho Ian Clarke. Como foi a preparação e o que podemos esperar desse novo trabalho? A preparação foi intensa. Ian é um dos meus personagens mais complexos até então. É um papel de grande responsabilidade, pois a Saga Perdida tem uma legião de fãs, e tornar um livro em filme sempre é um desafio. A gente botou tanta energia nesse filme, ele realizou o sonho de tanta gente, que eu só consigo desejar que ele alcance todo o sucesso que merece.
E em breve teremos outro longa sendo lançado, dessa vez pela Netflix, “O lado bom de ser traída”, um drama com suspense ao lado de Giovanna Lancelotti. Como foi participar desse projeto e o que vem por aí? Eu adoro esse projeto e esse filme é um enigma pra mim. Eu adorei fazer parte, foi um desafio do caramba pra mim como ator e eu estou curiosíssimo pra saber como ele vai ficar. Tem de tudo, ação, romance, suspense… Ele tem a pegada que eu busco de fazer trabalhos num lugar “arriscado”, que dá vontade de se tacar.
Como todos esses projetos em andamento, como fica o tempo para manter o corpo em dia e cuidar da saúde? Olha, não sei. Pra quem não sabe, eu sou magro, magríssimo, se eu parar de praticar esportes eu vou emagrecendo até desaparecer. E tenho dificuldade de ganhar massa porque eu não sinto muita fome, ou talvez eu não coma o tanto quanto eu deveria. Só sei que não gosto de me sentir sedentário e morar no Rio também é sempre um convite para sair e fazer exercício ao ar livre.
Você é um cara muito vaidoso? Fico vaidoso, por exemplo, quando falam algo legal sobre o meu trabalho, dizem que prestigiam… fico logo perguntando mil coisas e querendo saber mais sobre como aquele trabalho cativou aquela pessoa. Já essa vaidade no aspecto físico considero bem equilibrada, minha mãe talvez até gostaria que eu fosse um pouco mais (risos), eu gosto de me exercitar, de estar bem vestido em bons eventos, mas definitivamente não sou a pessoa que fica buscando um espelho.
Como é sua rotina e do que não abre mão? Sobre a rotina, não tenho rotina, no momento eu só trabalho, pessoal! (risos). Minha “rotina” varia muito, vou adaptando, conforme as gravações, uma brecha para ir à academia, mas o que não pode faltar é aquela partidinha nos games pra terminar o dia.
Quando chega a hora de relaxar o que faz mais sua cabeça? Ouvir uma boa música, tocar meus instrumentos.
Para conquistar Bruno basta… Ser você mesmo e ser legal. (Se você não for legal, finge que é (risos).
Quais os maiores desejos para área profissional e pessoal nos próximos anos? Quero continuar dando vida a personagens interessantes, com histórias que me movem porque, no fim, é isso que eu faço, eu gosto de contar uma boa história.
Fotos Claudio Carpi (@claudiocarpistudio)
Edição de Moda Alê Duprat (@aledupratoficial)
Styling Kadu Nunnes (@kadununnes07)
Bruno usa: LOOK CAPA: laço @splash.boutique, saia: @rodrigogrunfeld, calça: @nike, bota: @ricardoalmeidaoficial; LOOK 2: camisa: @nkstore, blazer: @boss, saia: @powerlook_, calça: @nike, bota: @ricardoalmeidaoficial; LOOK 3 (bege): @vixpaulahermanny, LOOK 4: blazer: @eduardo_guile, calça: @diesel_brasil