Quem não lembra de personagens como Dom Pedro, em “O Quinto dos Infernos”, e Esteban, de “Kubanakan”? Dois galãs quem deixavam as mocinhas suspirando por seus galanteios e a falta de camisa nas cenas de ação. Humor, sedução e muita aventura. Esses três elementos sempre estiveram presente na trajetória de Marcos Pasquim em diferentes doses mas sempre com sucesso. O eterno galã da TV vestiu a camisa em encarou novos desafios mas nunca sem abrir mão do bom humor como encara o trabalho e a vida. Hoje, pai de uma filha, sempre ligado em esportes e perto dos 50 anos, Pasquim guarda aquele eterno jeito de garotão que quem acompanha sua carreira conhece bem. Atualmente ele está no ar com seu personagem Marino, em “O Tempo Não Para’, um tipo mais sério mas não menos bem humorado. Talvez esse seja o segredo de Pasquim ao longo do tempo: bom humor!
Marcos, ao todo já foram quase 25 anos de carreira e grande parte na TV. Como você avalia essa trajetória? Foi uma trajetória de altos e baixos, tive a oportunidade de trabalhar com os melhores profissionais da minha área, aprendi muito e continuo aprendendo.
Para você quais foram os grandes destaque nesse tempo todo. Que personagens são um marco na sua carreira? Grandes marcos na minha carreira acredito que tenham sido Dom Pedro do “Quinto dos Infernos” e o Esteban de “Kubanakan”, mas também gostaria de citar o Chico de “Brava Gente” que adorei fazer.
Em geral você sempre pairou, digamos assim, pela comédia. Foi algo desejado por você ou foi surgindo e você se deixou levar? Sempre gostei de comédia, quando criança meus amigos me achavam engraçado e daí surgiu o apelido Pasquim. No início da minha carreira me chamavam muito para fazer esse gênero, acabei me afastando um pouco disso e fazendo mais no teatro. Gostaria sim de voltar a receber convites para fazer.
Por um bom período você era um dos descamisados preferidos da Globo. Isso em algum momento te incomodou? Na realidade, muito lá trás, no comecinho, isso me incomodou um pouco porque sentia um leve incômodo das pessoas em relação a isso. Mas, comecei a ver que fazia parte do personagem e eu sou ator, tenho que fazer o que está escrito, passei a fazer sem ver mal algum nisso.
Para isso você tinha que manter o físico em dia. Como faz até hoje. Isso sempre fez parte da sua vida? Na realidade eu cuido da minha saúde, o físico é consequência disso. Eu procuro me exercitar, faço esportes, dormir bem, comer bem, o físico é só um resultado de cuidar do corpo, o que eu faço desde os 16 anos e se tornou uma regra na minha vida.
Aos 49 anos como se sente? Se imaginava assim como está nessa idade? Por estar cuidando da minha saúde, me imaginava bem sim e tento me imaginar assim pelo resto da vida, por isso, sempre cuidando da saúde (risos).
Que importância a idade tem para você? E para um ator que em muitos trabalhos foi o galã? A idade faz parte da trajetória, é importante a gente envelhecer para fazer novos papéis. Agora vou poder fazer personagens mais maduros. A idade faz parte da trajetória e eu acho isso fantástico. E na parte do galã, ainda temos galãs mais velhos como o Fagundes, se precisarem de mim para isso, estarei sempre disposto.
O quanto você é vaidoso, como homem e como ator? Até onde vai sua vaidade? Gosto de ser vaidoso, mas sem exagero. Por exemplo, eu não sou de cuidar muito da minha pele, mas me preocupo muito com meu cabelo, gosto de um corte legal.
Falando em cabelo… Há alguns anos atrás você fez implante capilar e isso repercutiu bastante. Foi a vaidade do homem ou do ator que foi mais forte? Ficou satisfeito? Foi a vaidade do ator. Se eu ficasse careca me restringiria de fazer alguns personagens. Então eu achei que seria legal eu ter cabelo para poder cortar e não usar peruca. Sim fiquei bastante satisfeito.
Você sempre pareceu ser um cara preocupado com saúde e bem-estar. Do que não abre mão e que hábitos você tem para manter isso? Não abro mão de fazer esporte e tentar comer bem. São dois hábitos que tento seguir sempre.
Falando em saúde recentemente você expôs uma doença que sofreu por alguns anos, a “agorafobia”. Como enfrentou isso e o que te levou a falar isso para o público? Eu enfrentei com psicólogo e remédio. No fim deu tudo certo! Eu expus pra ajudar as pessoas que também têm essa doença e mostrar que ninguém morre disso.
Acha que o ator além de trazer entretenimento e arte tem uma função social? O que evita e o que abraça? Claro! O fato das pessoas gostarem da gente, da nossa imagem, temos que usar isso pro social. Todos os tipos de campanhas à favor do bem que o ator puder fazer, é muito interessante. Eu costumo evitar qualquer coisa que envolva política e abraço mais as campanhas voltadas à saúde.
Qual o maior desafio como ator? Tentar mudar sempre. Fazer diferente, mesmo que o personagem seja muito parecido com o outro, o desafio é tentar mudar.
Atualmente você está interpretando um papel mais sério em “O Tempo não para”. Tem sido um novo desafio esse personagem, o Marino, ser mais sisudo em relação à outros personagens? Eu não acho que o Marino seja sério (risos). Ele é um cara mais recluso, calado. Nos próximos capítulos, ele vai engatar um relacionamento com a Carmem (Cristiane Torloni), vocês vão dar boas risadas. Mas, não acho que ele seja mais sisudo que os outros personagens. Ele só e mais calado.
Divertido ou sério, como é Marcos Pasquim com os filhos? Eu sou os dois! Prefiro ser mais divertido, mas tem hora que tem que ser mais sério.
O que curte nas horas vagas? Curto ir ao cinema, teatro. Praticar algum esporte, sair com os amigos. Curto viver a vida.
E o que te conquista de vez? O bom humor. O bom humor me conquista!
Fotos Pino Gomes / Stylist Paulo Zelenca