Henrique Fischer vem de família de artistas. Na sua série “Origem”, ele faz um tributo à maternidade e ultrapassa a relação consanguínea estabelecida entre mães e filhos para alcançar, além dos laços vitalícios, uma espécie de simbiose de amor. Sua poesia aparece explícita, seja na origem do sol, no toque e até no questionamento, que desde muito jovem, impomos a quem nos traz a vida.
Na pintura dessa série, Fischer faz uma releitura da antropofagia, referida no conceito modernista do manifesto de Oswald de Andrade. Com traços definidos e destrutivos, ele explode as cores e a brasilidade da sua vigorosa paleta em formas transgressoras. Vai da abstração ao figurativo corrompido e cria uma chancela autoral inconfundível, que provoca no observador um encantamento quase desconfortável. Ainda que não seja intencional, é mister notar uma oportuna exaltação ao feminino, ao cuidado e ao afeto.
Fischer alcançou mercado em Portugal, Irlanda e França, tendo participado de exposições internacionais. Suas obras fazem parte do acervo permanente de Galerias de Arte no Porto e na Madeira, em Portugal, de acervos e publicações literárias que contemplam os maiores nomes do modernismo brasileiro no exterior.
A convite da Galeria E. Mardine, apresenta sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro, cidade natal, fazendo o que se pode chamar de caminho inverso na trajetória de carreira.
Sua realização magnética, que homenageia a mãe, Sandra Peixoto, em “A Origem”, provocou na tia Helena Fischer, também artista plástica há 40 anos, condecorada em diversas exposições das quais participou, o interesse de expressar, em argila, esculturas da mesma série, inspiradas nas obras de Henrique.
H2 Fischer, em “A Origem”, chega à Galeria Mardine do Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana, numa fase onde as artes visuais voltam a receber o merecido destaque no meio cultural brasileiro, garantindo o universo encantador da contemplação e uma troca rica, plena de sensibilidade e amor manifestado, que nos faz vencer o tédio e a monotonia dos dias de consumo e submissão digital.
Curador: Alexei Waichenberg.
Marchand, curador e crítico de arte, galerista e leiloeiro
Carioca de 47 anos, Henrique Fischer é um comunicador e artista plástico em franca ascensão, que começa a alcançar os mercados de arte internacionais. Trineto, bisneto, neto e sobrinho de artistas plásticos, Fischer é da quinta geração de artistas da família Peixoto, oriunda da cidade do Porto, em Portugal. Em 2003, aos 26 anos, participou de sua primeira exposição coletiva no 34º. Salão de Belas Artes do Clube Naval do RJ, onde recebeu Menção Honrosa. Em 2005, na exposição coletiva no Espaço Arte Livre, no Flamengo, Rio de Janeiro. Após quase sete anos sem pintar, em 2012, um mês após a morte de sua mãe, viu na pintura uma forma de lidar com luto e pintou uma obra que hoje faz parte da coleção particular do curador e marchand, Alexei Waichenberg.
Em 2018 pintou o primeiro quadro que daria início à sua série “Índios”. Em 2020, teve seu trabalho exposto no Porto, em Portugal e 3 obras vendidas dessa série para um colecionador de Dublin, na Irlanda. No mesmo ano começou a trabalhar nas obras da Série Origem, que novamente ganharam espaço na Galeria do Tropical Hub, na cidade do Porto. Um importante colecionador adquiriu uma dessas obras para compor o acervo de sua Galeria de Artes na Ilha da Madeira. A obra também consta de um livro – O Modernismo Brasileiro no acervo da Galeria Lourdes – de autoria de Alexei Waichenberg, lançado em outubro de 2022. Realizou ainda em 2022 sua primeira individual na Galeria 5B Gastronomia e Arte, na cidade do Porto. Em 2023 duas de suas obras foram colocadas à venda num Leilão em benefício do Instituto Amigos da Amazônia, por ocasião do 1º Fórum Amigos da Amazônia, realizado na Ilha da Madeira e hoje fazem parte de uma coleção particular. Participou ainda de um leilão no Rio de Janeiro e as obras remanescentes serão expostas na Galeria E. Mardine no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana.
Helena Fischer é gaucha de Porto Alegre e tem 70 anos. Bacharel em Publicidade e Propaganda, Helena Fischer atuou na área por 20 anos (15 na função de Executiva de Mídia). Oriunda de uma família de artistas ligados à música e às artes plásticas é filha de violinista, neta de pianista/compositora e sobrinha de cantoras líricas e pintoras.
Mãe de um produtor musical e DJ, Helena também tem sobrinhos artistas na área das artes plásticas e designer gráfico. Durante os anos 80, o interesse pela modelagem em argila a levou à escultura – arte que desenvolve até hoje. Desde então, em quase 40 anos, Helena, que também é decoradora, já participou de várias exposições.
VERNISSAGE
Exposição dos artistas Henrique e Helena Fischer
Abertura: Dia 30/09 às 17h
Horário de Funcionamento da Galeria: de segunda a sábado das 10h às 19h
Encerramento: 05/10
Local: Shopping Cassino Atlântico, Loja – 309
Avenida Atlântica 4240, Copacabana – Rio de Janeiro / RJ
Obras:
Henrique Fischer
1 – Fora do Ninho – Acrílica sobre Tela – Med: 80X100 cm.
2 – A Origem do Amor – Acrílica sobre Tela – Med: 100X100 cm.
3 – A Origem do Sol – Acrílica sobre Tela – Med: 100X100 cm.
4 – Question – Acrílica sobre Tela – Med: 70X50 cm.
5 – Birth – Acrílica sobre Tela – Med: 100X80 cm.
6 – Simbiose – Acrílica sobre Tela – Med: 100X80 cm.
7 – Touch – Acrílica sobre Tela – Med: 100X80 cm.
8 – Acrílica sobre Tela – Med: 100X80 cm.
Helena Fischer
1 – Gêmeos – Escultura em Argila – Med: 27 cm. Altura sem a base
2 – A Origem do Sol – Escultura em Argila – Med: 22cm. Altura sem a base
3 – Birth – Escultura em Argila – Med: 18 cm.h X 26 cm.larg. Sem a base
4 – Simbiose – Escultura em Argila – Med: 26 cm. Altura sem a base 5 – Touch – Escultura em Argila – Med: 27 cm. Altura sem a base.