CAPA: JESUS LUZ – TRANSFORMAÇÃO E EVOLUÇÃO

Dos 5 minutos de fama conquistados anos atrás Jesus Luz construiu uma carreira com DJ e ator que já fez com que ele consolidasse seu espaço. Sempre apto a mudar, evoluir, experimentar, Jesus tem passado pelo tempo colhendo boas experiência e aprendizados. Aprendizados esse que pode vir também de sua pequena Malena, sua filha de 5 anos. Aos 34 anos, praticamente casado com a também DJ, Carol Ramiro, volta a nossa capa 6 anos depois com mudanças antes nem imaginadas por ele nesse pequeno espaço de tempo. Prestes a estrear uma turnê internacional, Jesus vê com esperança uma retomada de trabalho e uma celebração do real sentido da vida.

Jesus, desde a última vez que conversamos, em 2015, pra cá muita coisa aconteceu. Inclusive você casou e teve uma filha Malena. Imaginava essas mudanças na vida pessoal? Eu sempre gostei de me mudar e transformar minha vida, experimentar, me arriscar. Comecei como modelo, estudando pra ser ator, ai comecei a tocar e fui me arriscando assim em tudo na vida. Sempre gostei muito de transformações. Mas não imaginava uma transformação tão grande assim num período tão curto de tempo né?! Realmente não imaginava que algo tão maravilhoso fosse acontecer na minha vida que é a Malena.

Aliás, como é Jesus paizão? O que aprende com a filhota e o que procura passar para ela? Cara, Malena me surpreende o tempo todo. Eu aprendo muito com ela, é uma aprendizado constante, principalmente em como ter mais paciência (risos). Eu procuro passar para ela sempre acreditar nela mesma, entusiasmar ela, quando ela tem uns conflitozinhos, que toda criança tem, eu procuro sempre passar os valores certos pra ela. O básico do ser humano, de não querer se dar bem sempre, não passar por cima de ninguém. Eu acho que desde novinha a gente já está passando essa noção pra ela sabe?! Dela saber onde ela tem que preencher, e onde é o espaço do outro. Respeito. Desde novinha a gente já está dando noção de como ela lidar com dinheiro… às vezes ela faz um ensaio com a gente, de alguma forma ela trabalha com a gente. E a gente tá passando essa noção pra ela, dar valor às coisas. Se ela quiser ter um brinquedo ela tem que juntar um dinheirinho pra ter aquele brinquedo. Depois não pode gastar todo o dinheiro… sabe?! Dando noção de economia pra ela. Além de tudo, a gente está indo por esse caminho. Um caminho que por exemplo, eu não tive. Que é saber lidar com dinheiro desde tão cedo.

E na vida profissional, como tem sido neste período de pandemia sem shows e festas? O que tem sido mais difícil? Então, foi bem difícil uns meses atrás, graças à Deus a gente conseguiu trabalhar com as lives. Então eu tive oportunidade de trabalhar e ajudar uma galera. Isso me preencheu muito aquela sensação de vazio. E de alguma forma pude trabalhar também. Agora, a maioria dos artistas estão subindo para os EUA, México (para fazer a quarentena)… enfim. Onde a pandemia já está bem enfraquecida, tem várias cidades como Nova York, que tem soltado fogos celebrando a vitória, eu já fiz uma turnê lá este ano, e estou indo pra segunda turnê internacional. Então agora a gente está numa fase mais tranquila, digamos assim, e com ótimas expectativas para o final do ano aqui no Brasil depois desse avanço das vacinas

Você e Carol são bem conhecidos e admirados nas redes sociais. Como lidam com assédio e driblam o ciúme? Cara eu vou te falar, a gente lida bem com isso. Eu sou bem mais ciumento do que ela. Acho que uma coisa mais de personalidade mesmo que a gente tem que trabalhar. Eu evolui muito. Eu era bem mais ciumento quando era mais novo, hoje em dia é um ciumezinho saudável. Raramente gera algum tipo de briga, desentendimento. É aquele ciumezinho na medida certa, se é que isso existe (risos). Bom, Carol me conheceu trabalhando, viajando muito, então ela também é DJ, além de tudo que ela faz. Então ela entende bem isso de shows, viagens, de estar no meio de pessoas. Então eu acho que ela tem bastante maturidade pra lidar com isso.

Falando em redes sociais, como selecionar o que vai ser exposto e o que fica para poucos? Como administra isso? Cara eu sigo muito minha intuição em relação a essa coisa das redes sociais. Eu tenho assessoria, pessoas que me ajudam… Pergunto muito, às vezes costumo perguntar a meus amigos, pessoas que falam a verdade pra mim sobre certos conteúdos, às vezes mais delicado que a gente vai abordar. Além de profissionais, eu tenho meus amigos e sigo muito minha intuição.

Como você vê a fama e o sucesso? Algo mudou na sua forma de ver tudo isso? Eu vejo fama e sucesso como ferramentas pra me ajudar e ajudar a quem está à minha volta. E são ferramentas, assim como o cérebro, que se você não dominar ela, ela te domina. Isso volta contra você. A fama e o sucesso tem o mesmo efeito, tanto que a gente vê muita gente perdendo a humildade, a simplicidade, o lado bom da vida vai se perdendo como uma benção né?! Que a fama e o sucesso são bênçãos, e se a gente não sabe administrar essa luz, a gente acaba levando curto-circuito. Então é muito importante a gente ter essa consciência, esse pé no chão por que não é fácil lidar com fama e sucesso. É bem desafiador.

Nesse período mais caseiro por conta da pandemia, como tem usado o tempo? Eu aprendi fazer muita coisa em casa que eu nem sonhava em fazer. Me arriscar na cozinha, fazer vários treinos em casa, que eu sempre fui muito de malhar ao ar livre, ou na academia né? E tive oportunidade de conviver mais com minha família, conviver com minha família mais intensamente. Óbvio que a convivência não é fácil. No início tivemos alguns conflitos, natural. Mas depois fortaleceu muito nossa união também. Então tudo tem um lado bom, não tem jeito.

O que tem ouvido? Eu tenho escutado muito rock, tanto nacional como internacional. Acho que por trabalhar com música eletrônica e tal, no meu dia a dia acabou ouvindo mais rock ou outros estilos de músicas. EM casa escuto muitos mantras pra dar uma acalmada. Gosto muito de música que toca na alma. Que me faz ficar inspirado, querer viajar, trabalhar, produzir. Então, eu sou muito eclético sabe? Hoje em dia eu escuto muito sertanejo, escuto pagode a vontade. Eu abri muito minha mente em relação a música nos últimos anos. Então difícil eu ir pra um ambiente e não me sentir bem com o que tiver tocando. Se for música boa eu vou conseguir absorver bem. Então tive essa evolução ai. Antigamente eu era bem chato com música. Se eu não gostasse da música que estivesse tocando no ambiente eu ia embora… eu era bem meticuloso. Hoje em dia se a música for boa eu já estou feliz da vida.

E o que pretende trazer para o público assim que possível? Vocês podem conferir meu som no spotify, estou fazendo muitas parcerias com DJ´s e cantoras que vão cruzando na minha vida, que o universo vai trazendo. E também dentro da música eletrônica estou me arriscando em várias vertentes. Então se você for no meu spotify, ou em qualquer outra plataforma, você vai sentir essa fluidez desse meu trabalho como DJ. Eu gosto de me arriscar muito, gosto de experimentar, eu gosto de sax, colocar todo tipo de som na música eletrônica e ai fazer algo que faça as pessoas dançarem sabe? Eu quero que as pessoas escutem meu som e se sintam alegres, animadas para viver.

Falando em trabalho… Recentemente você participou do filme “The Journey” para o cinema. Como foi esse trabalho? Foi uma experiência incrível da Journey, foi uma participação relativamente pequena, mas que me trouxe uma energia muito boa. Eu acho que é um trabalho que passa uma mensagem muito legal, muito sensível. Eu só tenho que agradecer a toda produção, a toda equipe, e agradecer o convite de participar de um programa tão sensível e tão delicado. Fiquei muito feliz.

E “Reality Z”, Netflix, uma série de terror. Já tinha feito algo do gênero? Como foi a experiência? Já estreou? Eu nunca tinha feito nada do gênero do Reality Z, eu sou muito fã de suspense, cinema fantástico, zumbi, eu curto muito. Então pra mim foi fantástico estar dentro do filme, estar dentro dessa experiência que eu adoro. Eu só procuro dosar um pouco né?! Eu não gosto de ficar vendo isso em excesso saca? Muito terror, violência, suspense. Mas também não consigo viver sem. EM algum momento do ano eu vou ter que ver uma séria mais pesadianha, ou um filme que cause uma adrenalina. Eu sinto falta. Mas também não vejo muito não. Eu gosto de dosar por que é um tema que se vem em excesso acaba poluindo a mente. Então você tem que ver, curtir (como funciona pra mim) e ver algo de um gênero totalmente diferente. Para equilibrar o cérebro. (risos) Já estreou sim. Ficou entre top 3, top 4 em vários países. Teve uma repercussão muito positiva em vários países.

Você parece ser um cara tranquilo, alto astral… É isso mesmo? O que te deixa assim? Cara eu sou um cara muito tranquilo, realmente todo mundo vê isso em mim. Que eu sou um cara alto astral, tô sempre fazendo as pessoas rirem em minha volta, tenho prazer nisso e sentirem bem. Mas eu sou muito agitado também. Pra eu baixar essa minha hiperatividade, essa ansiedade, eu tento sempre praticar muito exercício, estar na natureza… eu tenho essa conexão muito forte com a natureza, então tô sempre viajando para a Chapada dos Veadeiros, Noronha… Eu busco muito isso, essa conexão… Essa é a primeira inspiração de Deus a meu ver. Então eu busco muito essa saída, esse refúgio e é o que me tranquiliza. Principalmente é ir pra cachoeira, pra praia, saltar de paraquedas, estar voando, é o que me traz uma paz de espírito. Por que eu sou muito hiperativo. Então se eu não tiver isso, não sei nem como fico em pé. Preciso de Deus, da natureza na minha vida sempre.

Falando em Noronha, em abril passado você e Carol estiveram em Noronha para recarregar as energias. Como é sua ligação / sintonia com a Ilha? Cara a Ilha ficou mais especial ainda né? Noronha se tornou o lugar onde eu pedi a Carol em casamento, então além de toda a ligação que eu tenho com a Ilha, já levei a Malena, a gente é apaixonado por aquele lugar sabe?! Acho que um dos lugares mais bonitos do Brasil e do Mundo, e agora marcou nossa história como casal, como família, por eu ter pedido a Carol em casamento lá.

E o que te coloca um sorriso no rosto e te tira o humor? O que coloca um sorriso no meu rosto com certeza é a Malena, qualquer coisa que ela faça assim no dia a dia, ela me tira de qualquer zona de estresse, tristeza… ela tem esse poder sabe? Aliás, a minha família em si. Mas ela é uma coisa bizarra. E o que tira meu humor é não comer, ficar com fome (risos), e qualquer tipo de injustiça, me tira do sério. Se eu estiver presente, eu mudo totalmente, me enlouquece.

Qual o próximo destino dos sonhos? Eu sou doido para levar a Carol pras Maldivas, eu já estive lá e Carol está super na vibe dos mergulhos. Mergulhou consigo em Noronha, sou alucinado por mergulho. Fiz até o curso. E meu próximo sonho eu iria para as Maldivas pra levar a Carol para ter essa experiência de mergulhar lá.

Para este ano, há algum plano ou projeto que pode ser colocado em prática ainda? Eu tenho minha próxima turnê internacional e se Deus quiser a gente vai fechar um réveillon com todo mundo vacinado, tudo direitinho. Eu estou prospectando fazer um réveillon no Rio Grande do Norte. Tô torcendo para dar tudo certo aqui no Brasil pra gente conseguir concretizar isso. Que já era um plano antes da pandemia. Um lugar que sou apaixonado, Natal, Pipa e se Deus quiser esse ano a gente vai conseguir fazer uma festa lá com o Brasil em outro momento passado tudo isso que a gente está vivendo.

Acompanhe um pouco dos bastidores do ensaio com Jesus Luz:

Fotos Mário Farias

Styling Samantha Szczerb

Beleza Daianne Martins

Assist. de Fotografia Humberto Felga

Vídeo Vanessa Gali

Agradecimentos Vila Riso (locação) / Michel Martins (cachorro Opala)

Jesus usou Amil Confecções, Eduardo Guinle, Edu Bogosian