Pedro Novaes despertou para a atuação desde muito cedo, não se sabe se por uma influência direta dos pais, os atores Marcello Novaes e Letícia Spiller, ou por já vir na sua alma de artista. Que vai da dramaturgia à música, onde se realiza através do som da Fuze. Paralelo a isso Pedro tem se aventurado por novos projetos pelo streaming e no mundo da moda, onde tem feito alguns trabalhos como modelo para grifes internacionais. Um novo universo que Pedro tem explorado com a dedicação e empenho de sempre.
Pedro, o que você traz de mais forte de seus pais? Onde eles mais lhe influenciaram (mesmo que indiretamente)? Meus pais me influenciam muito na minha forma de viver, na forma como eu vejo a vida, a forma como eu respeito os meus limites, meus princípios e meus valores. Eu sinto que isso vem muito deles, sabe? E a gente se respeita muito! Aprendemos muito um com o outro.
Quando despertou para trabalhar como ator? Acho que eu sempre fui ator. Desde criança, eu sempre tive essa ligação com arte muito forte e sempre brinquei de atuar. Sempre me diverti muito atuando, tanto criança fazendo apresentação de Natal pra família como no teatro, entrando na adolescência. Sempre vi isso como uma coisa que eu me divertia fazendo. E hoje, também não é diferente. Hoje, eu consigo exercer trabalhando – lógico, com foco e maturidade, mas sempre fazendo questão de estar me divertindo em tudo que eu faço.
Seus mais recentes trabalhos foram Procura-se e Toda Família Tem, no streaming. Como foi participar e o que o público pode esperar desses dois trabalhos? Com certeza, foram dois trabalhos muito importantes pra mim nesses últimos tempos – dois trabalhos que foram feitos com muita dedicação e trouxeram muitos aprendizados. São dois personagens com um contraste muito grande. Um é um cadeirante que é de uma família linda, e outro que é um cara apaixonado e vai totalmente para a comédia. Então, passear por esse contraste, foi muito importante pra mim e pro meu crescimento como ator. Foi feito com muito amor e dedicação. Espero que gostem.
Percebe muita diferença do streaming para a TV aberta? Sente que o mercado ficou mais aberto de fato? Já vimos muita coisa mudar e acho que, com o tempo, vai mudar ainda mais. Vejo um movimento muito positivo de mais trabalho e os nichos cada vez mais fomentados pelas plataformas.
Soubemos que você fez ou fará teste para uma novela da Globo. Mesmo já tendo experiência, ainda fica nervoso com esses testes? Como encara? Cada teste é diferente. Sempre me dedico a tudo que me proponho fazer. Sempre chego com o que preciso pra me manter confiante, presente e, principalmente, estar me divertindo. Faço a minha parte e proponho o que acho pra aquele personagem, naquele momento. Escuto o que a direção tem pra dizer, equilibro com minhas propostas e registro aquilo. No fundo, o personagem te escolhe, mas quando você quer ele de verdade por qualquer que seja o motivo, isso também transparece na tela.
E como anda o Pedro musical, tem se aventurado muito pela música? Como tem sido e o que vem por aí? Tenho meu projeto musical que não para nunca. Amo música e amo estar nos palcos conhecendo pessoas, lugares e cidades novas. A FUZE acabou de lançar uma música chamada Vendo o mundo do topo, feat. com Laura Chadeck, que tá incrível! Temos outros feats. Pra soltar esse ano, juntamente com um álbum! A ideia é expandir cada vez mais o nosso som para outras cidades e Estados do Brasil.
O que você costuma ouvir e o que lhe inspira musicalmente? Não tenho um estilo especifico pra escutar música. Gosto de escutar o que me agrada naquele momento. Gosto de descobrir artistas novos e estar sempre aberto pra novas experiências musicais. Vou de Red Hot a Bob Marley, vou de Luedji Luna a Charlie Brown, de Djavan a Rage Against The Machine, entre outros. Os tempos e as fases da vida me inspiram musicalmente.
Outra área que você tem atuado é a da moda, trabalhando como modelo para grifes como Gucci e Fendi. Como tem sido? Tem sido muito interessante atuar nessa área com mais propriedade. Sinto que estou construindo um bom caminho junto com uma equipe muito boa na WAY Model, junto com o Dando (Anderson Baumgartner, diretor da agência). Aos poucos e sem pressa, vamos construindo nosso espaço, sempre com dedicação, respeito e leveza, mas é muito interessante entrar mesmo de fato nesse mercado, mais velho. Sinto que tenho mais controle e mais maturidade nas decisões sobre o que quero e não quero. Saber comunicar isso é a chave.
Você era ligado em moda ou tem ficado mais agora por conta desses trabalhos? Eu já tinha feito outros trabalhos quando era mais novo, mas não tinha, de fato, entrado nesse mercado de cabeça como agora. Está sendo muito interessante. Inclusive, me sinto preparado e forte pra isso.
Qual seu estilo, o que faz sua cabeça na hora de escolher o que vestir? Sou muito do que estou a fim de vestir na hora! Uma hora sou alfaiataria com camisa social, outra hora sou street, camisa cortada, calça larga (risos). Meu estilo é o que eu gosto de vestir na hora de acordo com coisas que eu gosto de ver. Coisas novas que eu acho que ficaria legal em mim e tento representar, mas sempre opto pelo que me deixa confortável e confiante.
Entre uma onda e uma pista de skate, como vai o Pedro atleta? Recarrega as baterias no esporte? Sou viciado em esporte e atividades que movimentam meu corpo. Sou meio hiperativo. Então, preciso soltar essa energia. Geralmente, é no surfe, skate, “altinha”, praia, academia…e por aí vai. Já fiz circo, ginástica olímpica, judô, jiu-jitsu…isso realmente é algo que eu preciso pra minha cabeça funcionar direito no meu dia-a-dia.
E para conquistar Pedro, basta… (risos!) Não tem uma coisa específica, as pessoas são diferentes e isso é lindo. Mas, o olho no olho me pega legal.
Fotos Priscila Nicheli
Styling Samantha Szczerb
Beleza Elcides Freitas
Agradecimentos Algobão e Raffer Locação Fairmont Rio