CARREIRA: ISAAC AICON UMA REFERÊNCIA NO AUDIOVISUAL COM COMPROMISSO

O mercado do audiovisual está sempre sendo renovado e cada vez mais diverso. Pensando nisso há mais de cinco anos o empreendedor e administrador Isaac Aicon começou sua carreira nessa área e hoje ele é sócio fundador da Aicon Ações Cinematográficas. Sempre aberto aos desafios, sua jornada profissional é marcada desde os primeiros passos da adolescência até a concretização dos seus novos negócios. Destacando-se com uma figura proeminente no setor do audiovisual, Aicon vem inovando cada vez mais. A frente de grandes projetos, e com a sua expertise, o empresário identifica tendências no mercado e oportunidades de crescimento da empresa em outras capitais do Brasil, sendo assim referência para uma nova geração de empreendedores na área. Isaac Aicon também atua como produtor executivo de longas, projetos nos streamings (com desenvolvimento de podcast). Em 2025, o Aicon planeja criar mais eventos de capacitação na área, apoiar mais produtores independentes, e crescer mantendo sua essência empreendedora, visionária e compromisso com a inovação.

Como surgiu essa vocação pelo audiovisual? Alguma referência ou influência? Sim, minha grande referência e influência para entrar nessa área é meu próprio pai. Eu diria que a minha vocação para o cinema vem desde pequeno (risos). Desde sempre ia ao set de filmagem com meu pai, então, quando chegava os finais de semana já sabia a programação quando ele estava trabalhando, e foi a partir daí que fui me encantando com esse universo do audiovisual. Nesse meio tempo consegui, também, aprender bastante, cheguei a fazer várias assistências para ele, inclusive. Desde assistência de câmera, assistência de maquinária, e aos poucos fui conhecendo todas as áreas dentro desse universo do cinema, ou melhor, do audiovisual como todo. Esse processo foi extremamente importante pra mim, principalmente para me tornar quem sou hoje e quem eu quero me tornar daqui para frente. Aliás, não sou eu mas a locadora. 

Do adolescente do passado ao empresário de sucesso de hoje houveram muitas barreiras, desafios e conquistas. O que mais te marcou até aqui? Desde muito cedo, adolescente mesmo, sempre tive que conciliar muito os estudos e o trabalho até para me manter atualizado, acredito que isso tudo é fundamental para qualquer área. Então, foram diversos desafios, principalmente quando passei pelo ramo alimentício, que era uma outra rotina, outros desafios na carreira como empresário, e ainda tinha a Aicon, que estava começando, exigia muito foco, muita resiliência. Trabalhar desde cedo, quando ainda tinha os estudos, foi bem desafiador, mas foi o que ajudou a moldar minha disciplina, reforçou a determinação. Para mim um dos marcos mais importantes dessa trajetória foi ter tido a oportunidade de estudar fora do país, porque foi o que ampliou muito minha visão de mundo, o que me permitiu trazer novas referências e vários aprendizados para o meu trabalho. Todos esses desafios foram fundamentais para construir minha jornada, principalmente na consolidação da produtora no mercado audiovisual.

Cada obstáculo sempre me mostrou que é com esforço e visão que dá para transformar as dificuldades em crescimento real. Assim como em qualquer área existem barreiras, mas podemos nos desafiar e superar cada um desses processos, um exemplo, é a área de cinema onde atuo, principalmente para a Aicon onde o nosso objetivo é democratizar o acesso aos trabalhos, seja como arte ou social. Sobre os desafios, eles sempre existiram e sempre existirão, mas, especificamente lá atrás, diria que foi difícil conseguirmos entrar no mercado com força, porque não tínhamos um pack de equipamentos tão grande e avançados, as tecnologias são muito caras no cinema, precisam vir de fora, a mão de obra extremamente especializada e foram esses desafios de início que fez fortalecer e tornar a Aicon esse grande diferencial desde do atendimento a nossa entrega. A partir dessa virada de chave conseguimos atingir os nossos objetivos. Com isso, trouxemos prêmios de incentivador a cultura, foram diversos prêmios de projetos que nós co-produzimos, de melhor fotografia e de melhor filme. Além disso, a área me proporcionou uma visão muito grande de mundo, essa foi mais uma conquista muito interessante (risos). Porque sempre estive em contato com pessoas do exterior, com produtores grandes, produtores pequenos, produtores independentes, filmmakers. E isso, para mim, é uma grande conquista, poder atender a todos esses grupos (seja ele pequeno, médio ou grande). 

Ao longo dessa trajetória a evolução tecnológica foi impactante. Como isso afetou de fato o seu trabalho? Ao longo da trajetória, a evolução tecnológica foi realmente transformadora para nosso trabalho, desde sempre nos posicionamos como pioneiros a investir em tecnologia de ponta, especialmente na área de iluminação e movimento. Fomos um dos primeiros do mercado a adotar e oferecer iluminação em led e alta performance. Justamente quando essa tecnologia começa a despontar o futuro da iluminação cinematográfica. Foram pensados em tanto benefício de custo benefício, quanto quesitos ambientais, pois os leds são bem menos agressivos. Durante o período da pandemia, essa visão foi ainda mais essencial. Enquanto muitos estavam enfrentando limitações operacionais, nós já possuíamos equipamentos que eram mais eficientes, econômicos e adaptáveis às demandas do mercado, para as opções enxutas e seguras. Além disso, sempre buscamos trazer aquela inovação em sistemas de movimentos, trazendo ao mercado várias opções modernas que só estavam disponíveis em polos internacionais. É importante também destacar que sempre buscamos formas de impactar algo positivo no planeta, seja por meio da economia circular, separação de lixo. A Aicon mantém uma cultura muito relacionada a isso, a sustentabilidade. Eu sou um fã desse tema, então, tento aplicá-la tanto no âmbito ambiental, quanto no âmbito social.

E quando surgiu a paixão pelo cinema? Quando percebeu que queria estar por trás produzindo e fazendo cinema? Então, como falei anteriormente, essa paixão pelo cinema vem desde muito cedo, e com o dia a dia com meu pai, terminou que ao assistir um filme não era só pelo entretenimento e sim pela experiência e referência que tinha, aliás, tenho dentro de casa. Sempre gostei de analisar os detalhes, a fotografia, o ritmo da narrativa, sabe? Assistia os comerciais pensando como poderia ser melhor, e foi dessa forma que acabou despertando em mim essa curiosidade sobre como tudo era feito. Costumo dizer que fui muito privilegiado de estar em contato direto com o universo cinematográfico, de estar nos bastidores, entender e aprender com cada uma das áreas. Dessa forma, produzir cinema acabou se tornando uma escolha natural, foi inevitável, porque sempre foi mais que uma profissão para mim. Inclusive, estive em bastidores de filmes extremamente premiados nacionalmente e internacionalmente. 

Você é de Brasília, como é o mercado cinematográfico atualmente? Como andam as produções? O mercado de Brasília está bem enriquecido. A cidade vem se tornando um grande polo cinematográfico. Desde que a Aicon entrou no mercado, eu tenho muito orgulho de falar isso, várias produtoras de fora descobriram Brasília e quiseram vir gravar aqui. Atualmente, nós estamos em comerciais de âmbito internacional. Estamos em produções de filmes regionais, nacionais e internacionais, e também em diversos eventos de grande porte. 

Em meio a tudo isso surgiu a Aicon Ações Cinematográficas. O que de fato vocês fazem e qual o público final de vocês? A Aicon é uma locadora de equipamentos que atende tudo do que uma produção precisa. Trabalhamos desde iluminação, equipamentos de movimentação e estúdios. Nosso público final é desde o aluno de faculdade, que sonha em produzir um filme premiado, entrar na área, até grandes produtores, trabalhamos muito com eventos também. Outro ponto é que oferecemos todo o estudo técnico para as produções, para torná-las viáveis. Somos, também, co-produtores em diversos projetos. Sejam independentes ou não.

De Brasília para o mundo. O que vocês têm feito e quais os planos para outras regiões do país? Estamos com muitas novidades, entre elas, filmes, clipes e comerciais. Atualmente a Aicon está na coprodução de um filme no deserto do Atacama, no Chile. Os últimos comerciais que fizemos foram para o mercado automotivo – Renault, Hyundai, BYD, Eurobike – e que estão sendo veiculados internacionalmente, como é o caso do comercial da Hyundai. Com isso, a nossa ideia é ter a Aicon em algumas regiões do país. Acreditamos que, dessa forma, conseguimos viabilizar o cinema para todos. Já estamos buscando, estão sendo feitos diversos estudos, para seguirmos com essa expansão da produtora. 

O streaming e as redes sociais viraram um fértil campo para produção no audiovisual. Como tem sido a atuação de vocês nele e o que percebe de bom acontecendo? O streaming e as redes sociais estão, realmente, revolucionando o audiovisual. A Aicon acompanha essa transformação de perto. A demanda por conteúdo vem aumentando de forma exponencial, e nós nos adaptamos rapidamente para entender como são feitas essas produções mais ágeis e com diferentes formatos. Desde séries para as plataformas de streaming, campanhas publicitárias e conteúdos virais para as redes sociais. Dessa forma vemos um movimento muito positivo no mercado, que é a descentralização da produção, são mais oportunidades para criadores independentes e marcas locais ganharem visibilidade. Além disso, a busca por qualidade técnica continua crescendo bastante, o que deixa a produtora em uma posição estratégica como parceiro essencial para quem quer entregar algo relevante e bem finalizado, independente de qual plataforma esteja focado. Esse cenário traz mais dinamismo e reforça a inovação constante do nosso trabalho.

A democratização que as redes sociais trouxeram para o grande público que quer criar conteúdo é um fato hoje em dia. O que te chama atenção? O que te faz pensar que algo realmente interessante está sendo feito? O que mais me chama atenção é essa democratização que está ocorrendo sem precedentes. Hoje qualquer pessoa tem criatividade, e uma boa ideia pode alcançar um público enorme, e produzir conteúdo de muito impacto. É aí que vem o ponto chave. A qualidade técnica continua sendo fundamental para identificar conteúdos passageiros daqueles que realmente vão deixar uma marca no mercado. Na Aicon abraçamos essa nova fase ajudando diversos criadores, marcas e produtoras a elevarem o padrão de seus projetos. Oferecemos equipamentos, soluções que antes eram restritas a grandes estúdios. Tenho muito orgulho de estar liderando esse movimento, porque acredito que essa missão vai além de fornecer a estrutura, estamos potencializando talentos e contribuindo para que produções independentes alcancem níveis profissionais, seja para o streaming, ou nas redes sociais, ou cinema. Esse momento novo do audiovisual tem mostrado que a inovação e acessibilidade precisam estar juntas, e é exatamente disso que temos apostado para seguir transformando o mercado.

E como é sua atuação juntamente com o Instituto Aquanautas? Fui convidado para estar junto do Instituto Aquanautas para atuar diretamente na frente de comunicação e como conselheiro. Atualmente nós estamos divulgando nosso projeto social, relacionado a crianças que têm TDAH, autismo, e a forma como isso se relaciona com o  aprendizado delas. Além disso, o Aquanautas tem diversos projetos ambientais e educativos, que nós estamos resgatando agora. 

Quando quer se inspirar o que procura? Quando eu quero me inspirar, eu geralmente procuro sair da rotina. Gosto de ver o mundo com os outros olhos, sabe? Às vezes a inspiração vem dos filmes, às vezes vem de lugares novos que eu estou conhecendo, ou até mesmo nos detalhes do dia a dia. Acompanho muitas tendências internacionais, para me manter atualizado, ano passado estive, inclusive, em uma imersão no Vale do Silício. É algo que realmente faz diferença para mim, um momento que eu tiro para clarear a minha mente, seja fazendo a minha corrida, ou seguindo minha rotina de exercícios. Acho que essa conexão entre corpo e mente é essencial para manter a criatividade e a energia em alta. E é claro, também, que o que eu mais gosto é ver a dedicação e a paixão das pessoas pelo o que elas fazem, seja em um set de filmagem, seja criando algo novo. Sempre me sinto inspirado a querer melhorar, sou movido a desafios.

Quais os planos para um futuro próximo que você pode compartilhar com os leitores da MENSCH? Os planos futuros que eu posso compartilhar agora é que estou trabalhando na produção executiva de diversos projetos. Um deles envolve um longa de suspense, e  outros dois são documentários relacionados a questões sociais e ambientais. Além disso, venho estudando a expansão da Aicon para os outros estados como comentei anteriormente. Venho cada vez mais buscando entender e reaprender sobre cada área do cinema são diversos projetos em que venho atuando de forma independente, seja na direção ou na produção.