Fotos @mangrich
Ter o nome incluído no cadastro dos órgãos de proteção ao crédito costuma ser o pesadelo de muita gente. Para começar 2024 com a saúde financeira em dia, empresários e consumidores buscam serviços e consultoria para se livrar do nome sujo mesmo antes de precisar pagar as dívidas. Tudo isso de acordo com o código de defesa do consumidor. Com atendimento para todo o Brasil, o empresário e empreendedor Sandro Tripoli (@sandrotropoli) fundou a Renova Nome (www.renovanome.com.br) como alternativa para os consumidores que estão endividados.
“A inadimplência é um problema bastante comum, mas nem sempre sabemos resolver a situação da melhor maneira e as dívidas só vão aumentando”, diz Tripoli, que trabalha com desenvolvimento de pessoas há 15 anos, treinando equipes em diferentes partes do mundo. Além do Brasil, ele já prestou serviços para empresas nos Estados Unidos, Colômbia, Peru, Alemanha e Japão. De acordo com o empreendedor, seu trabalho possibilita ver pessoas saindo de apuros. “Ajudar pessoas é algo precioso”, diz.
Durante a pandemia, Tripoli identificou uma oportunidade de negócio ao perceber que o número de inadimplentes no Brasil quase triplicou no período. A criação da Renova Nome, em 2021, é fruto desse contexto econômico, no qual empresas fecharam e muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram seus rendimentos reduzidos. O sucesso veio rápido. “Já atuo no Brasil todo porque nosso atendimento é totalmente online. Tenho consultores para análises e atendimentos. A ideia é expandir. Quero que a Renova Nome cresça e tenha mais representantes pelo Brasil para que possamos alcançar ainda mais pessoas”, pontua.
O objetivo do empresário é alcançar tanto pessoas físicas quanto jurídicas que estão com protestos e com nome em órgãos como o SPC ou Serasa, o que desencadeia uma série de limitações, como a falta de crédito na praça. “O problema não é dever e, sim, te colocarem em um hall de devedores. Muitas vezes, são oferecidos acordos com juros abusivos para quitar essas dívidas. Há quem enxergue o inadimplente como uma pessoa que quer dar o calote, não pagar aquilo que deve. É como se você fosse condenado antes de ser julgado. De acordo com o artigo 42 do código de defesa do consumidor, nenhum inadimplente pode ser submetido a constrangimento ou ameaça ao ser cobrado. Dessa forma, agimos para garantir esse direito”.
Segundo Tripoli, com o trabalho da sua empresa, pessoas físicas e jurídicas podem voltar a contratar empréstimos, conseguir financiamento ou ter um cartão de crédito aprovado, fazendo a roda da economia girar. “Quem contrata nossos serviços vai ter o nome excluído do órgão de negativação mesmo antes de zerar a dívida. Após a pessoa estar com o nome limpo, ela pode buscar alternativas de crédito. Isso serve também para um CNPJ. Às vezes, ele está negativado, o que impossibilita, por exemplo, a realização de compras com fornecedores. Quando você possibilita que o comerciante deixe de ficar negativado, ele volta a fazer o dinheiro circular”.
Embora o ‘limpa nome’ seja um dos principais serviços da Renova Nome, a empresa não se limita a reverter a negativação de pessoas físicas e jurídicas. “Também fazemos ações de revisão de juros abusivos, revisões tributárias, consultoria financeira para empresas médicas, alavancagem de capital, restituição de impostos, entre outras operações. Sempre buscamos ajudar da melhor maneira nossos clientes. As condições econômicas dos últimos anos trouxeram prejuízos para muitos setores. Uma das empresas que atendi foi uma rede de lojas às vias de fechar porque devia valores impagáveis e passava dificuldades. Entramos com uma ação para que eles se restabelecessem e buscassem as melhores condições para acabar com o endividamento”, rememora o empresário.
E quando é interessante buscar um serviço de limpa nome? Tripoli responde que muitos brasileiros podem – e devem – recorrer a esse expediente, já que 70 milhões de consumidores do país estão inadimplentes, embora a maioria das dívidas seja de baixo valor. “Quando o débito supera R$ 10 mil, digo que já vale a pena entrar com uma ação para suspender a negativação. Na sequência, faço uma consultoria para orientar a pessoa a se recolocar. Quando a dívida é menor, prestamos uma consultoria para ajudar a pessoa a resolver o problema dela sem a ação judicial”.
Outro desafio identificado pelo empreendedor é a falta de educação financeira do brasileiro, que pode levá-lo a ter o nome sujo por várias vezes na vida. “Na Renova Nome, tentamos ensinar boas práticas. Além de restabelecer o nome da pessoa, orientamos e damos dicas em nossa consultoria para que elas não voltem a ficar negativadas. A ideia é que a pessoa não recupere apenas o seu nome, como também o acesso ao crédito para ter poder de compra. Tento sempre trazer um pouco do meu aprendizado para dentro do negócio”.
Tripoli conta ainda que sua motivação para apostar nessa área foi a de ter sentido na pele a angústia de seus clientes. “Como eu já passei por dificuldades, sei como é a situação da pessoa que precisa de fôlego para se reerguer. Não vim de família rica e saí de casa aos 17 anos. Também já fui negativado. Quebrei, recomecei, tive grandes negócios, quebrei de novo, passei por fases dolorosas. Sei que as portas se fecham quando estamos negativados e ninguém abre. Aprendi na prática, buscando conhecimento, cursos e aprimoramento. Já construí meus negócios, já quebrei e essa minha bagagem me motiva a ajudar outras pessoas para que não caiam em ciladas, nem quebrem”.
Com o reconhecimento da Renova Nome no mercado, o empresário estabelece metas ambiciosas para o futuro da empresa. Atingir cem mil clientes nos próximos anos é uma delas. Mas outro desejo tem a ver com a conscientização dos brasileiros a respeito de como usar seu dinheiro. “Tenho algumas ações sociais pontuais atualmente e um dos meus sonhos é destinar parte do nosso lucro para levar educação financeira a comunidades que não têm acesso a ela. Essa é uma disciplina que, infelizmente, não faz parte das escolas. A geração que nasceu nas décadas de 80 e 90 conviveu com pais que gastavam mais do que ganhavam. Poder melhorar, de alguma forma, essa cultura já será um grande resultado”.
Trípoli também pretende utilizar sua bagagem de vida para finalizar um livro, cujo título será “Do milho ao milhão”. A frase é inspirada em um dos momentos mais difíceis da sua vida e pretende transmitir uma mensagem de resiliência ao leitor. “Eu quebrei quando tive meu primeiro filho, hoje com 8 anos. Fiquei comendo só pipoca. Não tinha dinheiro para comer. Foram quatro meses de situação apertada. Consegui me restabelecer e em um ano consegui faturar mais de R$ 1 milhão. O mais importante é ter mentalidade para sair dessa situação. Tem gente que aceita a derrota, mas é importante se reconstruir”.
