ROCKETMAN é uma fantasia musical épica sobre a incrível história humana dos primeiros anos de sucesso de Elton John. O filme, que estreia nessa sexta 30 de maio, acompanha a jornada de transformação fantástica de Reginald Dwight, de prodígio acanhado ao superastro internacional Elton John. Essa narrativa inspiradora – embalada pelas canções mais amadas de Elton John interpretadas pelo ator Taron Egerton – conta a história de alcance universal do garoto do interior que se torna uma das figuras mais icônicas da música pop. ROCKETMAN também é estrelado por Jamie Bell, na pele de Bernie Taupin, letrista e parceiro artístico de longa data de Elton, e Richard Madden como John Reid, primeiro empresário do cantor, e Bryce Dallas Howard interpretando a mãe do astro, Sheila Farebrother.
PARTE 1: SOBRE A PRODUÇÃO
O nascimento de uma odisseia musical épica
BEM-VINDO AO MUNDO DE ROCKETMAN
“Esse filme fala de quando eu comecei a ficar famoso”, diz Elton John. “Foi uma época extraordinária e surreal, e isso era o que eu queria que o filme fosse”
Não deveria surpreender ninguém que fazer um filme convencional nunca funcionaria para contar a história da vida de Elton John – simplesmente não comportaria. A transformação de Elton, do tímido prodígio vindo da classe operária, Reginald Dwight, ao superastro global da música foi tempestuosa, absurda e arriscada, e ao mesmo tempo inspiradora e admirável. Nenhum filme banal faria jus a ela.
Bem-vindo a ROCKETMAN – uma odisseia musical épica que mistura as fronteiras entre fantasia e realidade, funde os universos da música, fama e moda, e pisa com salto plataforma no manual de instruções de cinema. ROCKETMAN leva o público a uma viagem sem barreiras pela vida de um ícone, com as canções mais cultuadas de Elton – reinventadas e atualizadas em interpretações arrojadas do elenco jovem – ajudando a conduzir e dar forma à história.
“A ideia”, afirma o diretor do longa, Dexter Fletcher, “era criar algo que saltasse para fora da tela de verdade, uma viagem desenfreada de imaginação, celebração e drama”.
Em ROCKETMAN, Elton John é vivido por Taron Egerton, em uma entrega assombrosa que incluiu a regravação de algumas das músicas mais famosas de Elton. Enquanto o filme acompanha Elton a partir de sua terra natal inglesa, Pinner, e percorre sua estrada de tijolos amarelos de fama, vício e decepção afetiva, vamos conhecer também a mãe com quem ele tinha uma relação conturbada (Bryce Dallas Howard), seu empresário e ex-amante, John Reid (Richard Madden), e seu lendário letrista Bernie Taupin (Jamie Bell), melhor amigo e parceiro criativo por mais de 50 anos, sem o qual o cantor poderia nem ter sobrevivido. Com diz o próprio Elton, que deu ao elenco e aos realizadores total liberdade para contar essa história, “Minha vida foi bem doida. Os baixos foram muito baixos, os altos foram muito altos. Infelizmente, não houve muito equilíbrio entre eles”. O produtor David Furnish sabia desde o início que Elton John estava interessado em contar uma versão onírica de sua vida, algo que fosse grandioso, não exatamente como aconteceu, mas uma fantasia do que pode ter se passado. “E esse foi o ponto de partida para o filme que queríamos fazer”.
Para seu parceiro na produção de ROCKETMAN, Matthew Vaughn, era importante encontrar a maneira certa de contar a história de uma vida completamente incomum. E ele descobriu isso na primeira leitura do roteiro de Lee Hall. “Lee fez um trabalho incrível”, elogia Vaughn, “na criação de um musical que não é exatamente um musical, uma cinebiografia que não é uma cinebiografia, uma fantasia que é baseada na realidade e uma realidade que é baseada no fantástico”.
Enquanto o jovem Elton se digladia com sua imagem privada, sua sexualidade, suas questões da infância e seus muitos vícios da vida adulta, publicamente ele encontra válvula de escape na música que o projeta em escala global. Ele se empodera com sua persona extraordinária dos palcos, de figurinos extravagantes e com uma visão de mundo filtrada pelos enormes óculos coloridos. Nas palavras do aclamado diretor musical de ROCKETMAN, Giles Martin, “Elton golpeia as teclas do piano como se estivesse numa revanche contra o planeta”.
O resultado é um filme (há mais de dez anos em preparação) tão extraordinário como seu objeto. “O que esses caras fizeram com a minha história é simplesmente espantoso”, diz Elton. “É absolutamente sincero e não tenta atenuar nada. Mal posso esperar para o público assistir e, espero, amar tanto quanto eu”.
A única maneira de contar a sua história é vivendo sua fantasia
COMO ROCKETMAN DECOLOU
As sementes do projeto foram plantadas há mais de uma década, nos bastidores de Las Vegas. Elton John estava lá com o marido e produtor de ROCKETMAN, David Furnish (diretor do documentário ‘Tantrums and Tiaras’ e produtor executivo do musical ‘Billy Elliot’), para o show Red Piano, que o casal tinha estreado lá. O espetáculo tinha começado a mergulhar fundo na história visual de Elton, com uma miríade de figurinos e iconografia musical exibida no palco.
“Aquilo desencadeou algo em Elton”, lembra Furnish. “Ele me disse: ‘Seria ótimo fazer um filme sobre a minha vida que capturasse esse mesmo espírito’. Ele não queria fazer uma cinebiografia tradicional – nunca foi fã delas –, mas falou: ‘Sabe de uma coisa, minha vida sempre foi meio irreal, contar isso de uma maneira direta não faria jus a ela”.
Como próxima etapa, o casal precisava de alguém para escrever o roteiro, e eles conheciam o homem ideal para a missão. Em um dos muitos momentos auspiciosos que possibilitaram a produção, em 2000, Elton e Furnish foram ao Festival de Cannes e acabaram na pré-estreia de um filme britânico modesto que teria uma grande carreira pela frente: ‘Billy Elliot’ (Jamie Bell, que viveu Billy, lembra bem de Elton John o abordar na festa depois da sessão, aos prantos, muito comovido pela relação entre o jovem Billy e seu pai no filme). Aquela experiência intensa na orla francesa marcou Elton e depois levou o casal a trabalhar com o roteirista do longa, Lee Hall, na versão para o teatro, ‘Billy Elliott, o musical’, cinco anos depois.
Então, quando chegou a hora de decidir quem seria o responsável por escrever essa versão exacerbada da vida de Elton, eles não tiveram dúvida de quem chamar. “Lee é britânico e tem um entendimento nato da Inglaterra da classe trabalhadora nos anos 1960, assim como do rock dos anos 60 e 70, da linguagem, das pessoas e do contexto em que viviam”, descreve Furnish. “Queríamos que ele trouxesse tudo isso e retratasse autenticamente aquela época. Mas também falamos: ‘Vamos criar números musicais grandiosos, ambiciosos, fantásticos’”. Outro fator crucial foi que eles deram a Hall a permissão para jogar com a cronologia do catálogo musical de Elton, não se sentir obrigado a usar as canções na ordem em que foram escritas, mas utilizar as que melhor se encaixassem nas “verdades emocionais” da história que queriam contar.
“O enredo cobre a minha vida desde antes de 1960, quando eu era uma criança, até 1990, quando eu fui para uma clínica de reabilitação”, diz Elton. “Fala da minha vida quando eu começava a ficar famoso. Foi uma época extraordinária e meio surreal, e era isso que queria ver no filme. Queria que fosse divertido, que não se levasse tão a sério, porém, ao mesmo tempo, havia várias questões graves para serem abordadas como meu vício em drogas e minha criação. Tínhamos que equilibrar tudo isso. Para mim, o mais importante é que o filme fosse um musical, porque a música foi a minha vida”.
Escrito nas estrelas
A FORMAÇÃO DE UMA PARCERIA DOS SONHOS
Com o roteiro escrito, Elton e Furnish passaram quase 10 anos desenvolvendo o projeto e ainda precisavam tirá-lo da linha de partida. Felizmente, eles conheciam um homem que sabia alguma coisa sobre conceber filmes gigantescos (e gigantescos sucessos): o diretor e produtor Matthew Vaughn. Eles tinham ficado amigos quando Vaughn dirigiu Elton em sua participação especial em ‘Kingsman: O círculo dourado’, filme que incluiu uma delirante brincadeira cômica com a persona do cantor. “Aquilo era bem essa ideia de uma versão exacerbada do Elton”, descreve o diretor. “Fiquei conhecendo um homem muito talentoso, mas também doce e gentil, que sabe acatar orientações”.
Um dia, na hora do café – outra peça auspiciosa do quebra-cabeça da gênese de ROCKETMAN –, Vaughn por acaso mencionou que sempre quis fazer um musical. “Sabia que ele amava Elton e sua música”, recorda Furnish, “então, eu disse: ‘Vem cá, nós temos um roteiro. Adoraria que você desse uma olhada e me dissesse o que acha’”. Vaughn, um produtor renomado pela capacidade de reconhecer um sucesso quando está diante dele, e dotado do poder de desenvolvê-lo ao máximo de seu potencial, leu o material e topou.
“Conheci a música de Elton John quando era criança, nos anos 1970, e lembro claramente a primeira vez que ouvi ‘Your song’”, afirma Vaughn, sobre sua tomada de decisão. “Era uma voz tão única e uma das poucas canções que eu sabia a letra de cor. A canção me pegou muito quando eu era criança. Amo música, queria ser músico. Uma das razões para eu ter feito esse filme é que eu estava desesperado para encontrar um musical para dirigir. Se você observar meus filmes como diretor, verá que eles têm muita influência da música, de escolher a trilha e casar aquilo com a montagem. Estava buscando a coisa certa. Se você for fazer um musical, precisa ter ótimas canções que possa usar para construir as fundações de tudo. Quando ROCKETMAN apareceu, a caixinha de música ressoou com vontade na minha cabeça”.
Mas o clique não veio só porque Vaughn tinha lido e aprovado o roteiro; foi porque ele viu como o filme poderia saltar das páginas. E não apenas isso: ele sabia quase imediatamente quem interpretaria o próprio Elton John. Já tendo transformado Taron Egerton em protagonista na franquia ‘Kingsman’, Vaughn tinha mais consciência de suas habilidades que a maioria das pessoas. E, tendo unido Taron e o diretor Dexter Fletcher em um longa sobre outro ícone britânico, Eddie The Eagle, Vaughn pressentiu na hora o poder de fogo que daria para congregar em ROCKETMAN. Sabia que Fletcher, que estreou como ator mirim em ‘Quando as metralhadoras cospem’ (1976), e prosseguiu com sua paixão pelos musicais em seu segundo longa como diretor, ‘Sunshine on Leith’ (2013), seria a escolha perfeita. Também sabia que Egerton tinha uma semelhança física impressionante com o jovem Elton John. Mais que isso: ele sabia que o rapaz era capaz de cantar.
Vaughn ligou para Furnish. “Se eu fosse o responsável, colocaria Taron e contrataria Dexter”. Furnish ligou de volta. “Que tal se a gente fizesse junto?”;
‘Fazia todo sentido”, afirma hoje Vaughn. “Eu e Dexter estávamos tentando encontrar nosso próximo projeto para fazermos juntos. Eu conhecia Taron, sabia que ele cantava lindamente, e também sabia que a audição de Taron para a RADA (Royal Academy of Dramatic Arts) tinha sido uma apresentação de ‘Your song’. Portanto, havia uma ligação ali”. Furnish concorda. “As peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar. Matthew achava, e eu também, que a combinação de Taron e Dexter seria exatamente o que o filme necessitava”.
Havia, claro, mais uma pessoa que precisava ser convencida da ideia: o próprio Elton John. “Elton sempre diz ‘Olha só, eu não sou diretor. Não é o meu universo, e eu sou muito, muito ligado a essa história, então talvez em não tenha a objetividade necessária para encontrar a perspectiva ideal”, conta Furnish. Ele entende é de música. Esse é seu universo. A única questão era se Egerton seria o homem certo para viver nesse mundo por dois anos.
“Então, eu escutei ele cantar”, diz Elton, com um sorriso no rosto. “Foi imediato. Se alguém fosse encarnar meu personagem, sabia que precisava cantar. Queria alguém que pudesse trazer sua versão de mim – não apenas por meio da interpretação, mas também pela música. Encontrar alguém capaz disso sempre foi muito difícil. Mas aí conhecemos Taron Egerton. Ele é realmente singular. É a única pessoa que poderia ter alcançado isso”.
Veja trailer: