ESTRELA: FABIANA KARLA SEXY E DE BEM COM A VIDA

Não tem uma personagem que Fabiana Karla faça que não roube a cena. Seu mais recente trabalho, a Helena Maravilha de Rensga Hits, manteve a tradição e Fabiana mais uma vez deu o que falar. Desde o início de sua carreira é algo que já estamos acostumados a ver, nova personagem, um novo sucesso. Mas como foi sua trajetória até aqui é o que vamos contar nessa entrevista exclusiva para a MENSCH. Da Fabiana do humor até a Fabiana cantora, a Fabiana mãe e a Fabiana de bem com a vida. Todas apaixonantes.

Fabiana, sua primeira capa MENSCH foi em setembro de 2017. Exatos 5 anos atrás. Você está de volta mais bonita, sexy e ousada. É a maturidade te fazendo bem? Sim, a maturidade nos ajuda muito a entender os processos do nosso corpo, da nossa mente, da nossa alma, do nosso espírito. Eu acho que a maturidade nesse momento é a chave que a gente precisa ter na mão, em alguns momentos.

Você está linda e sexy nesta nova capa. É uma representatividade sem tamanho. Como isso te toca e que valor tem para você? Agradeço as palavras. É tudo tão despretensioso porque eu acho que eu estou externando o que eu estou sentindo por dentro e, ao mesmo tempo ser uma representante, ter uma representatividade traz muita responsabilidade envolvida e não é nada pensado. A minha militância sempre foi sendo, existindo, tem um valor imensurável isso, mas com muita responsabilidade atrelada.

Poderosa assim como você aparece na série Rensga Hits no papel de Helena Maravilha. E aí, foi divertido fazer a Helena? Fazer a Helena Maravilha foi realmente uma ‘maravilha’ porque eu estava num processo pessoal muito difícil de entrada de pandemia, quando a gente se descobriu mais, quando a gente mergulhou pra dentro. Eu acho que a Helena deu a mão a uma Fabiana que estava meio que um pouco esquecida, um pouco guardada. Então, acho que a Helena retomou o poder que Fabiana tinha dentro.

Como surgiu o convite para a série e como foi sua preparação? A Maira fez convite pra mim, o texto chegou ao escritório e me apaixonei de cara, quando eu comecei ler. Achei que aquela mulher tinha tudo a ver comigo e a preparação foi unha, visagismo de cabelo, apliques, cores, construir essa mulher com trabalho de prosódia pra ter um sotaque um pouco mais puxado pra o Goiano. Enfim, trazer uma mulher poderosa e visionária, sem contar que a gente ainda teve vivência de composição em uma casa da Valéria Leão pra gente aprender como era o processo, como é que as coisas funcionam. Foi muito importante reunir todos esses dados pra trazer esse Helena maravilha, pro público.

Sertanejo era um ritmo que você já ouviu ou a personagem te levou a conhecer esse estilo musical? Sou uma pessoa muito eclética musicalmente falando, eu já conhecia muita música sertaneja. Quem nunca cantou A Majestade, o sabiá, da minha majestade Roberta Miranda? Quem nunca cantou um Chitãozinho e Chororó, Evidências? Enfim, conhecia já muito o mundo sertanejo e só fiquei mais feliz ainda podendo ter mais e mais contato com esse outro Brasil que é tão forte e tão rico. Foi muito legal rever e estar perto de novo desse meio sertanejo.

Na TV entre 2019 e 2020 você estreou como apresentadora do Se Joga. E aí, curtiu? Como é se ver como apresentadora? Gostinho de quero mais? Foi uma experiência muito importante, muito valiosa na minha vida, fazer parte de uma redação de um programa e levar esse programa para o público. Estar à frente como apresentadora, me trouxe uma experiência maravilhosa e ainda dividir com pessoas como Fernanda Gentil, que tem uma experiência grande e Erico Brás. Então, foi muito importante para a minha carreira.

E ainda na TV, você estreia no Centro de Bicos (Multishow). Diversão garantida? Totalmente, diversão garantida. Já tinha muita vontade de trabalhar com o Mauricio Manfrini e foi muito legal juntar esse elenco maravilhoso. Rosane Gofman, Babú Santana e todo o elenco. Paulinho Mathias, que eu já trabalhava no Zorra. Então, foi ir para o playground.

Fabiana, indo para o início dessa história toda… nem tudo foram flores. Qual a maior barreira vencida da que você se orgulha hoje em dia? Eu me orgulho de muita coisa, mas entre elas o que mais me orgulho foi conseguir ter mantido minha relação familiar, mesmo estando distante e conseguir furar alguns bloqueios, porque não é fácil. Tenho a alegria de ter conseguido fazer muitas coisas na emissora, por ter sido uma atriz estratégica e isso me deu uma bagagem enorme. Então, acho que os bloqueios principais foram primeiro ter mantido a minha família unida mesmo com a distância, e ter aprendido muito mesmo com todas as barreiras que a profissão nos traz.

Acredita que, hoje em dia, as produções nacionais estão mais inclusivas e menos regionalistas? Percebe essa mudança? Eu acredito que as pessoas entenderam que tem que haver representatividade pra que o público possa consumir se reconhecendo, se enxergando. Então, a gente tem aí várias produções de norte a sul do país – a mistura de sotaques que só engrandece as obras e representa todos. Acredito que hoje haja um esforço maior das produções pra trazer representatividade, sotaques, orientações diversas, mas precisa ainda ser contínuo e verdadeiro e não constar como uma cota e sim trazer representatividade nas histórias, pra abraçar todas as formas, todas as pessoas para que elas se sintam contempladas nas obras que estamos colocando nos cinemas, no audiovisual.

Nesse período de início de carreira tentaram te encaixar em padrões já pré-estabelecidos? Eu não senti que tentaram me encaixar não. Eu acredito que já me convidaram pra papéis onde eu me encaixava perfeitamente e eu não me senti tentando ser enquadrada em padrões ou sofrendo algum tipo de preconceito, mas que existe isso é um fato. Porém, ele não me atingiu.

Até porque fugir dos padrões já era uma luta particular sua. Como sentiu que conquistou seu espaço e mostrou a que veio? Nunca foi uma questão de fugir dos padrões ou estar nos padrões. Até porque eu tenho meu próprio padrão – me sinto dentro dos padrões nos quais eu acredito e, partindo desse princípio, eu acho que eu conquistei meu espaço sendo verdadeira, sendo autêntica e tentando fazer o melhor no meu trabalho.

Hoje você é uma referência de beleza e sucesso para muitas mulheres que não se sentiam representadas na mídia em geral. Que responsabilidades isso traz? Sente isso? Sim, isso tudo me traz uma responsabilidade imensa, até porque nada é pensado. A minha militância nunca foi falada, ela sempre foi sendo. Então, o fato de eu existir, sempre foi uma resistência. Tenho que fazer da minha existência algo importante, para que uma outra pessoa que tivesse as mesmas formas que eu e o mesmo jeito de pensar, o mesmo sotaque, se sentisse bem como eu tento me sentir todos os dias, porque isso é um exercício diário, mas traz uma grande responsabilidade, nada é pensado. É um movimento natural do meu ser que se expande e inspira outras pessoas e eu fico muito feliz com isso. Uma responsabilidade grande no que eu posto, no que eu falo, porque eu sei que têm pessoas consumindo e se inspirando em mim.

O que nasceu primeiro com você, o humor ou a facilidade de criar personagens? Eu acho que nasceu primeiro em mim o humor, porque a criação dos personagens vem em conjunto. Posso fazer sozinha, mas, eu tenho também um auxílio valioso uma redação que escreve pra mim. Sempre tem um autor, sempre tem alguém que me ajuda no visagismo, no figurino. Então, é um sucesso de equipe. A gente não constrói personagens, nem sempre a gente constrói personagem sozinho, mas humor você nasce com ele, você tem que ter o timing. Eu acho que ele vem primeiro na minha vida, porque eu tive o timing.

Onde mora sua vaidade? A minha vaidade mora em vários lugares. Primeiro de tudo, no meu bem-estar. Segundo, na minha aparência com a minha pele que tem que estar saudável. Por isso, eu cuido muito da minha alimentação, eu me privo de comer algumas coisas porque eu sei que irá responder na minha pele. Eu cuido das minhas unhas, cuido do meu cabelo, cuido do meu sorriso e também gosto muito de moda. Minha vaidade também mora aí. Tem dias que eu estou mais clean, mais monocromática. Eu me divirto muito com moda, mas não deixo que a moda me aprisione, pelo contrário – pra mim a moda é um parque de diversões onde eu posso me divertir. Tem dias em que eu estou mais básica e tem dias que eu estou mais perua, pois eu adoro acessórios. Então, a minha vaidade mora no meu bem-estar primeiro, mas também na minha saúde e minha aparência porque, afinal de contas, eu trabalho com a imagem.

Quem é Fabiana Karla hoje em dia e o que deseja para os próximos passos? Hoje, eu sou uma mulher que posso criar os meus projetos, posso estar à frente de algumas reuniões importantes para o meu trabalho, sou uma creator, sou uma showrunner, sou uma atriz, sou uma produtora e uma mulher que está sempre em busca de aprendizado. Estou abraçando o mundo com meu olhar atento para o novo, sempre, e degustando os dias. Passo a passo, caminhando a cada dia e me deliciando com a vida, esse é o meu momento.

Para conquistar Fabiana basta… Para me conquistar basta ser inteligente, porque eu fico horas admirando uma pessoa inteligente, adoro conversar, adoro perceber pessoas inteligentes, isso me faz bem, me fascina.

Fotos Edu Rodrigues

Beleza Dani Kobert

Stylist Rodrigo Barros

Assessoria Julyana Caldas

Agenciamento Montenegro Talent