ENTREVISTA : Armin Van Buuren, o maior DJ do mundo mostra a razão que o mantêm no topo

 

Por André Lima  /  Fotos Divulgação
Para quem não conhece, este é Armin Van Buuren, um holandês que é considerado o mais popular e o melhor DJ do mundo. Suas produções musicais influenciam grande parte dos DJs do planeta, assim como, ditam as regras do cenário musical eletrônico.
Tudo começou no início dos anos 90, quando Armin comprou um turntables (uma espécie de toca disco com plataforma giratória) e com pouco tempo já havia dominado o aparelho criando seu próprio estilo. Aos 14 anos, começou a tocar como hobby em sua cidade numa casa noturna chamada Nexus em Leiden, Holanda.

Em 1995, foi quando Armin, ainda estudante de direito, transformou o studio do seu quarto  em um profissional. Nesta época, foram criados os primeiros sucessos de sua carreira, como “Touch Me” e “Communication”, músicas que são consideradas um clássico do trance music.

TOUCH ME

 

 

Desde então, surgiram os contratos com as grandes gravadoras e apresentações com superproduções para multidões. No ano de 2002, foi eleito o quarto melhor DJ do mundo pela conceituada revista DJ Magazine, no ano seguinte, ficou em terceiro lugar, e assim permaneceu durante três anos. Em 2006, ficou com a medalha de prata, ficando atrás do DJ alemão Paul Van Dyk. Entretanto, no ano de 2007, com 30 anos de idade, Armin conquistou o título de numero 1 do mundo, e mantém a liderança até hoje.
Além das suas apresentações, o que torna este DJ tão próximo do público é o fato dele possuir um programa de rádio semanal, o State of Trance, transmitindo Sets ao vivo para mais de quarenta países. No Brasil, você poderá escutá-lo pela rádio Energia 97 FM, isto só mostra a força deste estilo musical que está se popularizando cada vez mais.
Além do seu som espetacular, Armin em suas apresentações parece está em completa sintonia com seu público, impressionante como ele consegue adivinhar exatamente o que os fãs estão esperando ouvir, que sempre se surpreendem com inovações e surpresas. Vale a pena frisar também, a qualidade das produções, é só observar um pouco do evento “Armin only”, são efeitos jamais vistos, com participações de cantores, violinistas, guitarristas, dançarinas e etc.
ARMIN ONLY (MONTAGEM ABERTURA)

 

TRAILLER

Armin recebeu 7.500 pessoas no evento Burn Reality em Recife, e talvez tenha batido o recorde de público no Nordeste para um evento de música eletrônica.

Quanto ao estilo musical, Armin deixa um recado para os produtores de musica iniciantes; “Não seja prisioneiro do seu próprio estilo“. Afirma que busca produzir algo “Liberal, eufórico, enaltecedor, melódico e energético“.  Alguém ainda dúvida que ele consegue isto?

O que impressiona também é como o número 1 do mundo, é um cara simples, talvez tanto carisma tenha lhe ajudado a chegar nesta posição, quando questionado sobre qual seria sua inspiração musical, ele não pensa duas vezes e afirma: ” Qualquer coisa boa!”. Assim, começa nossa entrevista exclusiva com este grande nome da musica mundial, que sirva de oportunidade para conhecê-lo um pouco mais.
Você já tem experiência de tocar aqui no Brasil, principalmente no período do Carnaval, qual a sensação que o publico te passa?

O público do Brasil é muito intenso, com uma vibe muito positiva. Desde a primeira vez que vim ao Brasil, em 2002/2003, eu sempre fui muito bem recebido. O calor humano brasileiro é uma característica única. Quando eu estive aqui ano passado, a sensação foi justamente essa. Não esperava um público que fosse tão apaixonado pela música.

O projeto Armin Only Mirage, em Beirute, foi uma das maiores produções que já vimos, é uma tendência das apresentações se tornarem mais “teatrais”, ou é coisa exclusiva para o numero 1 do mundo?
A idéia do Armin Only Mirage surgiu a partir de uma conversa entre eu, e o pessoal da Alda Events (grupo que organiza todas as celebrações da gravadora Armada, tanto o ASOT como Armin Only, Armada Night, etc). As performances do Armin Only são longas e com um grupo enorme envolvido. O nome “Armin Only” não significa que todo o trabalho e dedicação é feito e voltado apenas para mim. Os cantores, como Christian Burns, Nadia Ali, Susana, e Ana Criado, fazem parte das apresentações. Assim como a banda do meu irmão, dançarinos, e todas as pessoas que trabalham no backstage para que cada detalhe funcione perfeitamente. O projeto durou meses de preparação e planejamento, onde o mérito é de todos os artistas que fazem parte do álbum Mirage, mais a equipe por trás da produção do Armin Only.
Tirando musica eletrônica, o que você ouve?
Escuto de tudo. Desde música clássica e trilhas sonoras até bandas de Rock e Pop Rock.
Quais são os seus produtores de música favoritos na atualidade?
Atualmente existem muitos produtores novos que ganharam destaque pela qualidade de suas produções e remixes, como Arty, Mat Zo, DNS Project e Arctic Moon.
Como você definiria State of the trance?
Muitas pessoas acreditam que o fato do programa ser chamado “A State Of Trance”, isso quer dizer que tudo o que você vai ouvir será Trance (O gênero musical). Quem acompanha meu trabalho, sabe que meus sets e o próprio ASOT incluem não só músicas de Trance, mas também de Progressive Trance, Progressive House. O significado “State Of Trance” é em relação à sensação que a música pode trazer, independente do gênero ao qual ela pertença. É o êxtase, a sensação de fazer parte da música e ser transportado por ela. Estado de transe, literalmente.
Qual o recado que você deixa aos apaixonados por trance no Recife?
Gostaria de agradecer a todos vocês pelo amor e apoio, não só ao Trance, mas a música eletrônica em si. Obrigado por prestigiarem o meu trabalho e de todos os outros DJs e produtores. Estou feliz de estar de volta e espero ver todos vocês na quinta-feira.
SUCESSOS
Agradecimentos: Luiz Henrique Vasconcelos, Juliana Cavalcanti e Eduardo Emereciano (Produtores)
Agradecimento especial: Luiz Guilherme Vasconcelos
Fotos: Divulgação
Fonte: Revista DJ Magazine