Como será o Natal na era digital? Quer dizer, a resposta para isso nós já estamos vivenciando isso nesse final de década. Década que passou mais rápido que a anterior. Década onde as fronteiras de culturas e povos se estreitaram ainda mais graças aos avanços tecnológicos. A coisa passou tão rápida, avançou tão depressa que se pegarmos revistas de dois anos atrás e observarmos as novidades eletrônicas da época, já vão nos parecer obsoletas. O que marcou esse final de década, especificamente esse final de ano, sem dúvida foi o surgimento de duas novas ferramentas que reforçaram ainda mais o fim das fronteiras: o surgimento do iPad (uma das grandes invenções tecnológicas do ano, aguarde matéria próxima semana), que virou o objeto de desejo do mundo; e o Facebook.
2010 sem dúvida foi o ano do Facebook, pelo menos aqui no Brasil. O novo site de relacionamento e comunicação chegou no início como alto até meio “elitista”, em inglês, como uma alternativa para quem queria ser um pouco diferente no universo digital. Pós-Orkut, o Facebook foi aos poucos dominando a web e se popularizou ao ponto de ser mania mundial. Milhões de pessoas estão conectadas, e bilhões de dólares sendo movimentado em torno de uma criação que partiu de um desejo de um indivíduo em ter uma ferramenta de comunicação sem fronteiras. É essa ferramenta que hoje está fazendo milhões de pessoas e vérios países montarem árvores de Natal virtuais, cartões de Natal digitais e proporcionando uma troca maior de interação com fotos, vídeos e menssagens.
Mas o mundo digital criado pelo grande, e jovem, criador Mark Zuckerberg começou mesmo a seis anos atrás quando Mark juntamente com seus colegas Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin, enquanto eles eram estudantes na Universidade de Harvard e fundaram uma pequena empresa privada sobre novas tecnologias. Zuckerberg nasceu em White Plains, Nova York, em maio de 1984, filho de uma psiquiatra, e um dentista e criado nos moldes judáicos. O jovem Zuckerberg estudava na Ardsley High School quando já se destacava nos estudos e chegou a ganhar prêmios em ciência (a astronomia matemática e física) e os estudos clássicos, em sua aplicação da faculdade, Zuckerberg foi listado com línguas não-Inglês, ele sabia ler e escrever: francês, latim e grego antigo e era o capitão hebraico de uma equipe de estudos. Na faculdade, ele era conhecido por recitar versos de poemas épicos como a Ilíada.
Zuckerberg gostava de programas de computador de desenvolvimento, ferramentas de comunicação especial e jogos. Em um desses programas, uma vez que a prática odontológica de seu pai foi a partir de sua casa, ele construiu um programa de software que chamou de “ZuckNet”, que permitiu que todos os computadores em sua casa e o consultório odontológico se comunicar usando o ping para o outro. É considerado uma “versão” primitiva da AOL que é o Instant Messenger, que saiu no ano seguinte. Durante o ano do High School, Zuckerberg, sob o nome da empresa Intelligent Media Group, construiu um leitor de música chamado Synapse Media Player que usou a inteligência artificial para aprender a ouvir os hábitos do usuários, o que foi publicado para Slashdot que na época recebeu a classificação de 3 a de 5 na revista PC Magazine. A Microsoft e a AOL tentaram adquirir o Synapse e recrutaram Zuckerberg, mas ele preferiu se inscrever na Faculdade de Harvard em Setembro de 2002.
E foi assim que de dentro de um dormitório de Harvard, que Mark, juntamente com seu amigo brasileiro, estrearam o Facebook no início de 2004 entre os alunos da Faculdade. O sucesso foi imediato, em quatro dias já tinha 900 usuários e em duas semanas 5 mil alunos já possuíam um perfil no Facebook. Não foi muito difícil para a novidade se espalhar e tomar outras faculdades. Diante disso tudo, Mark largou os estudos alguns meses depois e mudou-se para o Vale do Silício, na Califórnia, que concentra a grande maioria das empresas de tecnologia do mundo. Hoje em dia, após algumas mudanças de espaço, a empresa de Mark está num prédio de dois andares, e em 21 de julho deste ano, Zuckerberg informou que a empresa atingiu a marca de 500 milhões de usuários.
Agora nessa final de ano foi lançado o filme Rede Social é baseado no livro “The Billionaires Acidental” do publicitário Ben Mezrich. Na ocasião de lançamento, questionado pelo que Zuckerberg tinha achado do filme ele comentou: “Eu só não queria que ninguém fizesse um filme sobre mim enquanto eu ainda estivesse vivo.” Além disso, depois do filme o roteiro foi vazou na internet e era evidente que o filme sobre Zuckerberg não o retratava de forma positiva, ele declarou que queria estabelecer-se como um “bom rapaz”. A revista Vanity Fair Zuckerberg o número 1 na lista de 2010 do Top 100 “pessoas mais influentes da Era da Informação”. Zuckerberg foi classificado como o número 23 na lista da Vanity Fair 100 em 2009. Em 2010, Zuckerberg foi escolhido como o número 16 no ranking anual da New Statesman das 50 personalidades mais influentes, é o bilionário mais jovem do mundo, com uma fortuna estimada pela revista Forbes em US$ 6,5 bilhões. De nerd tímido a ícone mundial de uma nova era da comunicação.