Nascido na Paris de 1908, Henri viveu uma época onde os pais ditavam o futuro dos filhos mas tendo ele já nascido um artista livre seguiu seu próprio rumo. Em uma viagem à África Henri deixou a pintura e se enveredou de vez pela fotografia se tornando o grande mestre da arte fotográfica dos anos 20 inspirado pela fotografia de do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Perfeccionista, tentou por duas vezes destruir suas próprias fotos, o que felizmente, não conseguiu. Deixou a Magnum em 1966 e passou a não mais fotografar de forma profissional. Avesso a fama e badalações não se deixava fotografar por não querer que fizessem com ele o que ele fez com os outros a vida inteira. Para muitos Cartier-Bresson é puro lirismo e poesia, suas imagens desconhecem limites e sua genialidade se dá justamente por ele estar sempre invisível e deixar suas fotos sob os holofotes.
Henri Cartie-Bresson, faleceu em 02 de agosto de 2004, mas a sua obra é eterna e continua influenciando muitos artistas, fotógrafos e admiradores. Como poucos sabem fazer parar no tempo situações que duraram frações de segundos. Para preservar o seu legado e manter vivo o seu espírito livre, Henri Cartier-Bresson, Martine Franck e sua filha Mélanie decidiram montar uma fundação que teve início na primavera de 2003, um ano antes de o mestre partir.
A fundação é reconhecida pelo governo Francês como de obra de grande interesse público e está sediada em uma belíssima casa em Montparnasse. Fica a dica para os amantes do trabalho de Henri Cartier-Bresson, para quem a câmera é um instrumento de intuição e espontaneidade.