VA melhor maneira de encontrar Aecio Sarti é em seu ateliê em uma das ruas estreitas, repletas de galerias de arte, ateliês e estúdios de artistas em Paraty, RJ. Suas obras vão de figuras de pescoços longos a la Modigliani a querubins pintados a óleo e carvão sobre lonas de caminhão que exercem um forte apelo naqueles que dão de olhos com essas obras. Aecio Sarti é um sergipano de Aracaju que se radicou em Paraty depois de ter vivido em vários lugares pelo Brasil e estudado arte no The Art Institute of Colorado, Estados Unidos. Suas obras contam com a presença constante da figura humana, ricas em detalhes, e, algumas vezes, retratada pela temática do duplo. Nos dias atuais, suas obras estão espalhadas pelo mundo, em paredes de amantes das artes.
Indo bem para o início como a arte e a pintura surgiram na sua vida? Vim de uma família de sete crianças criadas pela minha mãe, e desde cedo vi que eu tinha um olhar diferente dos meus irmãos. Eu acompanhava muito a forma poética com que minha mãe encarava a vida e o modo com que ela coloria seus dias, apesar da pobreza. A diferença é que eu transformava meus sonhos e minhas histórias em desenhos e pinturas. Aos 14 anos, comecei a pintar sobre madeira e vender esses trabalhos nas feiras da cidade. Acabei percebendo que as pessoas gostavam e entendi que eu queria ser artista.