“De Pernambuco para o mundo”. Essa frase cabe para George Mendez. Apaixonado e fascinado por música desde os 5 anos esse pernambucano ganhou o Brasil e o mundo tocando nas maiores e melhores baladas…Além de DJ, e dos bons, George tem uma escola de formação de DJ´s e compõe trilhas sob medida para o mundo da moda e dos eventos só para citar alguns exemplos mostrando que a música faz parte da vida e não só das festas.
Como surgiu a ideia de criação de trilhas para moda, eventos, websites…? Onde conheceu esse mercado? Da própria necessidade de clientes em busca de um trabalho exclusivamente feito para eles, acentuando através do áudio a sua marca, o seu estilo ou a sua proposta. Conheci esse mercado quando visitei a loja francesa “Colette” em Paris e vi que tudo dentro dela era harmoniosamente estudado: da decoração a arquitetura, passando pela música.
Ao ser convidado para criar uma trilha sonora o que precisa saber sobre o cliente para desenvolver a trilha certa? Seu ambiente, sua arquitetura, sua marca, sua proposta, suas aspirações e, sobretudo, que produto oferece e para que classe(s). Baseado nisso e visitando o local durante o seu funcionamento e observando a atmosfera é que uma trilha pode ser desenvolvida.
Compor uma música tem a ver muito com inspiração, né? Já compor uma trilha pra um objeto/produto tem mais técnica que inspiração ou não? Como é o processo? Tem mais a ver com um amplo conhecimento musical mesmo… Lembrar de coisas antigas, referências atuais, tendências ou até mesmo estilos que ainda não são tão comuns ou explorados. Eu prezo muito pela exclusividade e tento fugir dos rótulos fáceis (a não ser que seja isso que o cliente busque, quase nunca é!). Sempre procuro a versão menos tocada ou menos previsível de uma música ou artista, claro que respeitando a identidade proposta pelo ambiente previamente estudado. O processo é lento, porque preciso, além de ouvir, pesquisar em sites e revistas especializados para então iniciar o processo de seleção propriamente dito. Em média, de cada 100 músicas que escuto, seleciono cinco ou 10 no máximo para um cliente x, aproveito e separo o que pode ser uma opção para um outro cliente e já deixo guardada em uma pasta.
Além da produção de trilhas sua empresa também oferece cursos para DJ para faixas etárias diversas… Compartilhar conhecimento é importante pra você? Na minha empresa-escola, a OKMUZIK, os cursos de DJ são individuais para que o aluno possa ter o máximo de aproveitamento, seja ele no Kids (curso para crianças até 12 anos) ou no Senior – para senhores acima dos 60 que buscam no curso uma terapia e uma diversão. E é nessa troca de informação, seja com crianças, jovens ou senhores, que todos nós (talvez eu mais que todos) aprendemos algo novo sobre outro ponto de vista.
Hoje a gente vê muita gente se autointitulando DJ, mas o que faz um bom DJ no sentido profissional? O que diferencia o amador do profissional? A facilidade que a tecnologia trouxe para o campo da música fez com que qualquer um possa ser “um DJ” hoje em dia. Seja ele um DJ amador (que exerce por hobby) ou um DJ profissional (que faz disso sua principal fonte de renda). O que o faz bom, como em todas as profissões, é o aperfeiçoamento e o contínuo estudo para se reciclar, e se aliado a isso você traz consigo o dom da música, BINGO! É meio caminho andado pra você ser um ótimo DJ. Um bom DJ é aquele que agrada ao público para o qual ele foi contratado para entreter. Se o público tem um gosto próximo ao gosto pessoal do DJ é outro fator que certamente levará ao sucesso do seu trabalho.
Como surgiu a vontade de ser DJ em você? Quando percebeu que tinha talento e podia fazer disso uma profissão? Nunca brinquei de bola, peão, pipa ou futebol. Com 5 anos eu já comprava discos de novelas internacionais e ouvia no “3 em 1” da minha mãe. Me fascinava ver o disco girando e que dele saíssem todas aquelas músicas. Aos 12 anos, fui a uma festinha de aniversário de um amigo do colégio em uma “danceteria” e quando vi aquele mundo de luzes, botões e sobretudo “discos” na cabine do disc-jockey foi quando meus olhos brilharam e minha mente descobriu o que eu queria fazer na minha vida: TRABALHAR COM MÚSICA!
Tocar no Brasil e no mundo… A galera curtindo o som que você coloca…Como é seus prazer e satisfação nisso tudo? Qual a maior realização de um DJ? Minha maior realização é ter criado minha identidade como DJ (já que praticamente tudo que eu toco eu mesmo criei através de remixes e produções próprias), isso sem dúvida é o meu maior diferencial e o meu maior orgulho. Gosto de surpreender meu público seja com alguma música esquecida à qual eu fiz uma versão nova, (não existe isso de música velha, existe música boa esquecida), seja com batidas e fusões inesperadas. Nisto reside minha maior satisfação: ver a vibração das pessoas em sintonia com a minha através da música.
Onde estão as grandes baladas no Brasil e no mundo? O que fazem delas grandes baladas? Ibiza, na Espanha ainda é a meca das baladas do mundo. Seja pelo tamanho dos clubes, pelos DJ’s mais badalados da atualidade que tocam todo o verão lá, pela qualidade técnica do som sempre impecável e pelos detalhes de luzes e decoração. No Brasil, temos em São Paulo meus dois clubes favoritos: o D-edge e a The Week (estilos totalmente diferentes, porém qualidade indiscutível, sem deixar a desejar a nenhum clube do mundo).
O que você costuma ouvir quando não está colocando música para os outros ouvirem? No meu iPod tem Ella Fitzgerald, Cocteau Twins, The Smiths, Nina Simone, The XX, e os nacionais tenho ouvido muito Silva, Adriana Calcanhotto e Tiê.
Quer ouvir um pouco do som de George Mendez? Acesse: http://www.okmuzik.com.br/#/home