ENTREVISTA: Rafael Furtado, vocalista da “Papaninfas” e ex-The Voice, e sua rotina musical

Vivendo música desde a infância era natural que Rafael Furtado fizesse dela a sua profissão e não à toa faz bem feito. Em trabalho solo e junto à banda Papaninfas faz shows em diversas casas noturnas de Recife e também de outras cidades e recentemente participou do reality show The Voice, tendo a oportunidade de mostrar o seu talento para todo o país. A experiência rendeu bons contatos e aprendizados.

A Papaninfas, montada desde 1999, é grande conhecida do público nordestino com um som poprock de alta qualidade, A banda já teve formações diferentes ao longo da sua existência e ganhou vários prêmios, entre eles Melhor banda de pop cover de Pernambuco da rádio Jovem Pan em 2010. Rafael entrou como vocalista da Papaninfas em 2007 e desde então vem fazendo sucesso nos palcos juntamente com Walman Filho, Marcelo Pompi e Renan Alves.

Rafael, desde quando a música faz parte da sua vida e quando sentiu que estava pronto pra se lançar profissionalmente na carreira de músico? A música faz parte da minha vida desde cedo, quando criança sempre tinha muita música em casa, meu pai tocava violão e sempre escutava música, tanto de artistas nacionais como internacionais. Bastou apenas crescer um pouco que já quis aprender a tocar, cantar etc. Foi muito natural para mim. Acho que na verdade você nunca se sente “pronto”, mas se tem o gás você vai e faz, da maneira que a gente se sente melhor.

O que sente quando pisa no palco e como sente a vibração do público? Como é essa troca? Me sinto bem confortável no palco, o público sempre contagia você, então eu sempre me esforço ao máximo. É como uma terapia, você coloca para fora as energias e o seu sentimento, é uma espécie de meditação, sempre me sinto renovado após um show.

Você e a banda Papaninfas fazem cover de grandes nomes do rock e pop rock nacional e internacional… Algo autoral em vista? Sim, lancei um single ainda no mês de julho. Se chama “Logo Agora” e está disponível para download no meu Soundcloud. Tenho outras na manga que também irei lançar em breve, ultimamente estou produzindo e compondo bastante paralelamente às apresentações da Papaninfas.

Participar de um reality, ser visto por milhares de pessoas, enfrentar júri técnico e popular…Conta pra gente sobre essa experiência, ganhos e perdas. Participar do programa foi ótimo, uma experiência única. Estar rodeado de produtores e músicos já estabelecidos no cenário musical/artístico lhe faz observar o que você pode alcançar, e lhe dá a vontade de buscar muito mais através da nossa música e dos nossos trabalhos. Apenas poder conviver com aquelas pessoas já valeu bastante.

Como cuida da voz e o que faz pra manter o pique muitas vezes fazendo dois, três shows por dia? Na verdade não faço muita coisa. Sempre tento aquecer a voz antes dos shows e utilizá-la da maneira correta, porque na adrenalina de um show muitas vezes cantamos com um pouco mais de vontade e acabamos por exigir demais da voz. Com o tempo você adquire experiência e começa a dosar onde se deve, realmente, dar o “gás”.

Como é a relação entre vocês dentro e fora do placo? (sobre a banda Papaninfa) É bastante tranquila. Todos temos gostos musicais parecidos e nos entendemos muito bem no palco, com o passar do tempo o entrosamento também faz muita diferença. Fora dos palcos sempre que possível nos encontramos, trocamos experiências tanto de música quanto de vida em geral, nos divertimos no palco e fora dele. É uma relação muito boa.

Numa banda o vocalista acaba sendo o destaque para o público em geral, como vocês lidam com isso? É tranquilo, consideram natural? É natural que o público observe mais o vocalista do que os outros músicos, mas isso é muito natural e não existe nenhum problema quanto a isso. Sabemos que cada integrante da banda tem a sua importância, e isso que nos faz ser uma banda unida.

Depois da participação do The Voice o assédio aumentou? Como lidar com isso? Faz alguma diferença? O assédio aumentou bastante, mas é legal, é um reconhecimento do seu trabalho e é gostoso receber esse tipo de carinho. Às vezes é até estranho, mas todos querem me parabenizar e desejar sucesso, é gratificante.

 

Já participaram ou já pensaram em participar de algum desses concursos de banda? Como aconteceu ainda agora com o Superstar. Acham bacanas? Pode ser sim, já temos uma bagagem boa, quem sabe pode acontecer.

Você é um cara vaidoso? Como cuida da aparência? Até onde vai sua vaidade? Cuido um pouco sim. Mas não sou obcecado por isso, acho importante se vestir bem, o que transmite uma boa imagem, credibilidade, mas o importante mesmo é a sua personalidade, em que você acredita.

Como banda, quais os projetos de vocês? E qual os projetos pessoais? O que busca como músico? Atualmente estou me dedicando em compor e trazer algo novo, ainda quero me estabelecer no cenário musical. É isso que estou em busca.

O que você gosta de ouvir quando não está tocando? Um pouco de tudo. Geralmente escuto músicas mais tranquilas para relaxar, mas sempre tem um bom rock´n roll para agitar um pouco. Sou eclético, mas venho do rock, então sempre tem algum tipo de rock tocando no som.

Fotos Newman Homrich
Agradecimentos: Migué Bar – Fone: (81) 3441.4543
Rafael veste: Hugo Boss (Shopping RioMar) – Fone: (81) 30391001
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