O amor pela música começou cedo. Influência dos seus pais? Não, na verdade não. Meus pais, principalmente minha mãe, sempre me apoiaram. Foi algo instintivo. Eu tinha 4 ou 5 anos e já me interessava por música. Era pra ser.Quem foi Gaetano Gallifi na sua vida? Uma figura fundamental! Na época que comecei a ter aula com ele, não tinha didática de guitarra no Brasil. Tínhamos grandes nomes como Miles Davis, Jimi Hendrix… Ele foi meu mentor estrangeiro. Na época no Brasil não tínhamos acesso a muita informação que vinha de fora, e ele trouxe o método dele para cá. Até hoje ele é muito atual. Foi gratificante ver que ele editou o método dele e lançou pela editora Vintare, assim mais pessoas podem conhecer.
Como surgiu o convite para ensaiar com o Barão? Foi uma coisa de surpresa. Eu não conhecia a música deles. Um dia o Maurício (tecladista) me ligou, comentou que eu tinha uma pegada mais roqueira e o cara da banda tinha faltado. Um amigo me viu tocando em aula e me recomendou. Fui lá pra cumprir o show. Na verdade o show nem aconteceu. Foi super frustrante. Mas ficamos entusiasmados. Todos com uma dedicação… Não poderia ser diferente. E começamos a tocar.
No auge do movimento Mangue Beat em Pernambuco você produziu o CD do Jorge Cabeleira, banda de Recife. O que tira dessa experiência, levando em consideração que a banda era formada por praticamente adolescentes? E eu também produzi a 1ª faixa do primeiro CD de Chico Science e tocou muito nas rádios. Acreditei no trabalho dos caras e fiquei muito feliz. Isso é ótimo. Vivi esse movimento pessoalmente. Nossa, muito bom! Eles eram muito novos, tinham um frescor, o emocional e a vontade de fazer algo novo.
Como foi compor trilha sonora pro filme “Mais Uma Vez Amor”? Ah, foi uma experiência muito bacana. Gostaria de produzir mais. O trabalho foi muito gratificante. É uma maneira diferente de trabalhar com música. Espero poder fazer mais vezes.
Você é um romântico incorrigível? Em termos de música sim. Alguns compositores temem falar de amor, acham que pode ficar piegas. O amor é capaz de tanta coisa bonita. Nunca me canso de falar em amor.
O que é clichê quando se trata de amor? Na verdade quando você não consegue estabelecer uma ambigüidade. Quando você imagina vários amores.
Em qual gênero musical você “arriscaria” experimentar? Cara, eu me arrisco a entrar no pop e voz. Não violão de nylon. Sei que a gente nunca deve dizer nunca… Mas gosto de Bossa Nova e Samba.
Quem é Cazuza pra Frejat? Um grande parceiro inesquecível. Um aprendizado. Uma lembrança de amigo querido. Toda hora me faz lembrar ele. Foi tudo muito intenso. Um feliz encontro.
E quem é Frejat para Frejat? Essa eu pulo… (risos)
Como você caracteriza seu novo show? Uma homenagem a ídolos seus? Um convite a dança? É uma celebração. Temos música pra festa, para ser feliz, que tocam as pessoas em algum momento e remetem a coisas boas. O repertório vai muito nessa direção. Músicas dos Paralamas, Tim Maia… O público tende a se abrir nesse show de felicidade. Ele pode se entrelaçar com os outros shows que já fizemos. Uma continuação da turnê.
O que é essa tal de felicidade? Iiiih… todo dia eu tento saber! (risos)
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