Altamente empreendedor e louco por um bom desafio, Caio Castro é um exemplo bem atual de um jovem ator que soube aproveitar a fama que a visibilidade que a mídia trouxe para desbravar outras frentes. E de quebra, ainda realizar um sonho de criança que é sua paixão por carros. Não por acaso ele estreia hoje como piloto no Porsche Cup. Mas Caio acelera e não para por aí, vem projetos no audiovisual e segue com seus investimentos, como por exemplo a holding C3 Group, na qual participa de 10 empresas. Ou seja, aos 32 anos Caio disparou na frente e está a mil por hora não só nas pistas.
Caio, você sempre foi um cara muito ligado ao esporte e olhando sua trajetória, percebemos que, em alguns momentos, sua carreira como ator trouxe uma ligação com o esporte. Isso trouxe uma empolgação extra nos trabalhos? Eu curto muito esportes, e sim, isso me dá um gás extra. E sou grato por ter a oportunidade de conciliar as duas coisas.
Para se ter ideia, tivemos dois lutadores, o judoca Max Trombini no cinema e o Rock Macondo de A Dona do Pedaço. Como a luta acrescentou à sua vida? Como foi a preparação para esses dois personagens? Verdade! As atividades de preparação para os personagens são sempre muito intensas, procuro buscar referências e entrar de cabeça no universo do personagem, e com a luta foi assim também. Eu já tinha conexão com as artes marciais – sou faixa preta de judô e azul de jiu-jitsu, mas até fazer a novela não tinha tanta proximidade com o boxe. Quando soube que faria o Rock, pensei porque não conhecer a referência nesse esporte? Fui para Los Angeles treinar na academia do Mike Tyson, passei um tempo treinando por lá, e no último dia consegui trocar um papo com ele, foi muito legal e me ajudou bastante na composição do personagem.
Do Grego de I Love Paraisópolis, ao Dom Pedro e o Rock, percebemos uma impostação de voz totalmente diferente o que faz o personagem ainda mais real. Como é para você essa mudança não sou de visual e atitude, mas de voz? Nesses mais de 13 anos de carreira, fui desenvolvendo meu método de trabalho, criando maneiras de compor meus personagens para obter o melhor resultado em cena. Então, eu trabalho tudo. Mergulho fundo mesmo na história… Dom Pedro, por exemplo, fiz questão de pedir uns dias e viajar para Portugal para mergulhar em suas raízes e entender bem o universo da realeza. Aliás, o sotaque foi uma ideia minha, que deu super certo e foi um ponto marcante do papel.
Apaixonado por esportes radicais, você já se tornou paraquedista e piloto de corrida, além de curtir surf, skate e futebol. O negócio é não ficar parado. O que mais te atrai nesse tipo de esporte e o que mais te desafia? Com certeza a adrenalina. O esporte me traz sensações únicas.
Diria que se sente mais desafiado no esporte do que na dramaturgia? São adrenalinas diferentes? São adrenalinas diferentes. Ambos me desafiam, e é aí que tá a graça… gosto de me sentir desafiado seja qual for o papel que estarei representando. Claro que a minha carreira de ator me proporciona viver todas as minhas outras vertentes, e sou muito grato por isso. E amo atuar, isso nunca vai mudar.
Em 2019, você conquistou o segundo lugar na disputa da primeira etapa da Copa São Paulo de Kart. Em 2020, você foi para o automobilismo e assinou como piloto da Porsche Cup. Como surgiu essa paixão? Minha paixão foi uma herança de meus pais, em específico a Fórmula 1, na época do Senna, mas meu pai me passou um pouco também de sua paixão por carros!!!
Eu sempre gostei muito de carros, e com 19 anos corria de kart, me profissionalizei e não parei mais…
E agora, neste final de semana você estreia como piloto da Porsche Cup. Como anda a adrenalina? Está a mil, (risos). Mas estou bem animado e focado para dar o meu melhor.
Pelo jeito você é movido a desafios, tanto que virou empreendedor em várias frentes, não dependendo mais da profissão de ator para se manter. Quando percebeu que este era o caminho? Sim, eu curto um desafio, rs. Mas tudo que desempenho hoje só foi possível por conta de minha carreira como ator. Eu digo que a minha carreira como ator, foi o meu primeiro investimento que deu e tem dado muito certo. Foi um longo caminho até entender que daria para exercer outras funções e investir em outros negócios.
Falando em desafios, como foi se aventurar pelo mundo com a expedição Nomads que, em 2018, percorreu diversas cidades brasileiras e países e continentes, como Portugal, África, entre outros, até chegar na Rússia? O que destacaria que te marcou mais nisso tudo? Foi inesquecível, impossível descrever em palavras. Foi uma aventura e tanto, com muitos perrengues também, rsrs, mas muitos momentos especiais. Acredito que o mais marcante foi a chegada na Rússia, onde estava rolando a Copa do Mundo… e fora toda a paisagem pelo caminho, que me marcou bastante, vi muitas coisas incríveis.
Hoje, com 32 anos, possui diversos empreendimentos nas áreas da gastronomia e do entretenimento, gerando mais de 2000 empregos diretos e indiretos. Se sente realizado ou realizando? Como é o Caio empreendedor? Me sinto realizando… difícil sempre falar da gente, né? Mas eu sou um cara que enxerga oportunidades nas coisas, e tudo que invisto tem ligação com o que eu curto, ou seja, apesar de ter empreendimentos variados, todos eles – de certa forma, fazem parte de meu estilo de vida, são coisas que eu consumo no dia a dia.
Inclusive um de seus negócios mais lucrativos é a rede de hamburgueria Black Beef, com mais de 36 lojas pelo país. Como começou e qual o segredo desse sucesso? Olha, eu não diria que seja o mais lucrativa porque atualmente temos a holding C3 Group, que tem em seu guarda-chuva de cerca de 10 empresas das quais sou sócio. A hamburgueria surgiu da vontade de trazer uma rede do mesmo estilo dos EUA, mas que acabou não rolando, então conheci o food truck do chefe Deco Sadigursk, que fazia muito sucesso na cidade de Maceió, e, juntos, montamos o projeto e hoje a Black Beef se tornou líder no segmento de Fast Causal no Brasil, especializada em burgers artesanais no melhor estilo churrasco.
Como você chegou até a startup Olivia? A parceria surgiu da relação de amizade que tenho com um dos fundadores, o Lucas. Achei a ideia genial e topei na hora. Eu acredito que, com o aplicativo, posso contribuir para que as pessoas consigam conquistar uma saúde financeira melhor por meio da economia que a Olivia pode trazer.
Essa sua veia investidor e empreendedor terminou te levando a participar do programa Shark Tank Brasil, onde fez investimentos ao lado dos tubarões Carol Paiffer e Caito Maia. Como foi participar e investir? O que procurava quando topou essa participação? Foi bem legal participar do programa. Eu não fui com esse pensamento. Fui com a mente aberta, queria ouvir as propostas e acabei investindo em duas empresas, que me ganharam pelo discurso e pelo serviço que oferecem. Entrei de sócio na Styme, uma empresa de tecnologia que busca melhorar a experiência de comer fora de casa, investi na Dionisio, empresa de arte que tem muito a ver comigo – eu adoro pintar, tô sempre fazendo quadros…
Em meio a tantas atividades, como anda o Caio ator? Algum projeto em vista? Com a pandemia, muitos projetos foram paralisados, até porque na nossa profissão precisa ter contato… agora, aos poucos, as coisas estão sendo retomadas. Estou num projeto da Netflix, que não posso contar muito, mas já saiu que estarei nesse projeto… e outras coisas que devo contar em breve.
E para relaxar, o que faz sua cabeça? Mais aventura? Estar com as pessoas que eu amo e viajar.
O que podemos esperar de Caio para 2021 ainda? Tem muita coisa por vir, eu sou mesmo movido a desafios, (risos). Em breve, vou lançar um curso de mentoria online para quem quer ingressar na carreira de ator ou para quem já atua na área e quer melhorar o desempenho. Estou trabalhando nisso e animado pra levar para mais pessoas tudo que aprendi e desenvolvi na carreira artística aos longos desses mais de 10 anos de estrada. E continuar criando, atuando, pilotando… continuar sendo quem sou, é isso.
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