Somos lindas, inteligentes, perfumadas. Usamos lingeries provocantes, maquiagem que não borra e blusa com decote. Estamos sempre cheias de amor pra dar e prontas pra fazer carinho, mas nada disso adianta! Basta uma única ligação e lá se foram as nossas esperanças de uma noite de amor. É sempre assim, um amigo liga chamando pra um chopp “com os amigos” e vocês, meninos, vão correndo. Não tem choro nem vela, chantagem ou biquinho que faça efeito, vocês dão as costas e se vão. Não sei qual a graça de passar horas sentados numa mesa rodeado de machos até o garçom avisar que o bar vai fechar. Ah! O que tanto vocês conversam? Qual pauta pode ser mais interessante do que falarmos coisas românticas ao pé do ouvido? Sinceramente não entendo! O que tem essa danada dessa confraria que nos faz ficar de lado?
Aliás, nem de lado porque vocês impedem a nossa participação, nós ficamos mesmo é de fora! Fico pensando se nesses encontros vocês se sentem mais livres e à vontade pra falar qualquer tipo de abobrinha, coisas que vocês evitam perto de nós para não parecerem bobos e infantis (o que geralmente são de fato…rs). Ou se seria pra poder falar mal de nós, mulheres indefesas. Reclamar do quanto demorarmos pra ficar prontas (no conceito de tempo de vocês, claro) ou do quanto vocês odeiam fazer compras conosco (o que também não entendo, é tão divertido!) ou da dificuldade que têm em distinguir verde oliva de azul petróleo (pobre visão limitada para cores!). Talvez seja uma oportunidade para contar vantagens.
Uma vez que não estamos por perto para desmentir, vocês podem falar o que quiser, dizer que fazem isso e aquilo com uma desenvoltura de causar inveja e “sair por cima” na turma dos amigos. Ou seria pra falar das amigas gostosas que vocês sonharam em “possuir”? Ou do tesão que sentiram pela colega de trabalho que era noiva mas parecia dar bola pra vocês? Ou ainda pra falar um da mulher do outro e das vezes que “compartilharam” a mesma peguete tempos atrás? Também pode ser uma oportunidade pra contar como conseguiram conquistar a fulaninha que se fazia de difícil ou como conseguiam driblar as futuras namoradas ainda fazer com que elas achassem que paqueravam um santo! Ah! São muitas as possibilidades, renderiam vários posts.
Usamos salto agulha, vestido colado e batom com brilho. Somos sensuais, meigas e bem humoradas. Expliquem então, por que não temos vez quando o Clube do Bolinha entra em ação?
Seja lá porque for, lembrem-se há também o “Clube das Luluzinhas”!