CAPA: Bruno Cabrerizo conquista o público com sua estreia na TV

A trajetória do ator Bruno Cabrerizo é belo exemplo de que as coisas só acontecem quando tem que acontecer. Por mais que se persista em determinada coisa, é preciso tempo para que tudo aconteça. Ele começou como jogador de futebol, passou uns bons anos jogando em diversos clubes, inclusive o Botafogo, foi para a Itália para trabalhar como modelo, terminou virando apresentador de TV e ator. Nas várias voltas que o mundo dá, ano passado ele voltou para o Brasil como protagonista em uma novela da Globo (Tempo de Amar). Mas entre frustrações e sucessos, Bruno manteve a cabeça centrada nos seus objetivos e hoje, com a visibilidade que a TV proporciona, mantém seus pés no chão, assim como na época de jogador de futebol. “Busco até hoje um sonho, porque a gente não para nunca de sonhar, mas nada vem por acaso”, conclui Bruno. E o futuro? À Deus pertence! Bruno segue construindo suas histórias entre Brasil, Itália e Portugal. Aguarde cenas dos próximos capítulos. Enquanto isso, leia essa entrevista que está muito legal.

Bruno como foi essa virada de profissional de jogador de futebol para ator? Era algo que você planejava ou aconteceu?Na Itália eu decidi parar de jogar eu fiz alguns trabalhos até entender que eu precisava de tempo para fazer minha formação como ator e um trabalho que eu ganhasse mais. Um amigo modelo insistiu e na época eu comecei a trabalhar como modelo e as coisas foram dando certo, acho que quando é pra ser acontece, era o meu destino. Foi muito intenso, trabalhei bastante e foi o que me fez chegar ao programa “Dança com as Estrelas” na Itália.

Ainda hoje bate uma bolinha? Sente falta dos campos e dessa etapa da vida ou já passou? Ainda hoje eu bato a minha bolinha, jogo a minha pelada. Agora na reta final da novela está mais complicado, estou sem tempo para fazer exercício físico, só estou estudando. Mas sempre que eu posso eu jogo bola e futevôlei na praia. Não sinto falta dos campos e sim do que tem ao redor, dos colegas, das conversas, o dia-a-dia com o pessoal. Foi uma etapa da minha vida que me formou como homem, não sinto falta nenhuma, principalmente dos treinamentos que são muito pesados. Eu sou o que eu sou hoje graças ao que eu vivi no mundo do esporte, mas já passou tanto tempo que eu já quase vejo de fora, como se fosse uma outra vida e outra pessoa.

No Brasil você jogou por mais de 2 anos no Botafogo. Passou por outros times, inclusive internacionais, e ao longo da carreira foram ao todo 10 anos. Como surgiu a paixão por futebol e como foi esse período? A paixão pelo futebol começou na escola, com 7 anos. Comecei a fazer a escolinha e desenvolver a paixão pelo esporte em geral, eu sempre pratiquei vários. Comecei a me dedicar no futebol, fiz a categoria de base no Botafogo, fiquei 2 anos e meio lá, depois fui jogar no time do Zico aonde me profissionalizei e assim foi.

O quanto Zico te influenciou e te ajudou nesse período? O que ele representa para você hoje em dia? O Zico foi a pessoa que me viu com 17 anos e me deu meu primeiro contrato profissional, então ele já era um ídolo e passou a ser o presidente do clube que eu jogava. Ele sempre foi muito presente e eu conheço a família toda dele, seus filhos são meus amigos, joguei com o filho mais velho dele no Japão. Ele me influenciou porque eu fui jogar no time de um ídolo. Uma pessoa incrível, além de ter sido um grande jogador e ter uma família linda. Mais que o presidente do clube ele era uma referência pra mim como homem, pessoa e atleta.

Nesse período na Itália você participou de programas de TV, como o “Dança dos Famosos” de lá, novela e foi apresentador. Como se sentia sendo um brasileiro de sucesso na TV italiana?Fiz a “Dança com as Estrelas”, minha primeira novela foi lá, também trabalhei como apresentador. Enfim, o início da minha carreira foi na Itália. Eu me sentia muito bem, o italiano, em geral, adora o Brasil e abrem-se muitas portas. Os Italianos adoram o carnaval, o Rio, praia, a nossa língua, o sotaque, então me ajudou e me deixou tranquilo para trabalhar e aprender com as pessoas. Eu tenho muito carinho pelo início da carreira, foi difícil, porque é complicado trabalhar com a sua segunda língua, tive que aprender ainda mais e foi um aprendizado incrível tudo que eu passei lá, guardo com muito carinho.

 

No Brasil você jogou por mais de 2 anos no Botafogo. Passou por outros times, inclusive internacionais, e ao longo da carreira foram ao todo 10 anos. Como surgiu a paixão por futebol e como foi esse período? A paixão pelo futebol começou na escola, com 7 anos. Comecei a fazer a escolinha e desenvolver a paixão pelo esporte em geral, eu sempre pratiquei vários. Comecei a me dedicar no futebol, fiz a categoria de base no Botafogo, fiquei 2 anos e meio lá, depois fui jogar no time do Zico aonde me profissionalizei e assim foi.

O quanto Zico te influenciou e te ajudou nesse período? O que ele representa para você hoje em dia? O Zico foi a pessoa que me viu com 17 anos e me deu meu primeiro contrato profissional, então ele já era um ídolo e passou a ser o presidente do clube que eu jogava. Ele sempre foi muito presente e eu conheço a família toda dele, seus filhos são meus amigos, joguei com o filho mais velho dele no Japão. Ele me influenciou porque eu fui jogar no time de um ídolo. Uma pessoa incrível, além de ter sido um grande jogador e ter uma família linda. Mais que o presidente do clube ele era uma referência pra mim como homem, pessoa e atleta.

Nesse período na Itália você participou de programas de TV, como o “Dança dos Famosos” de lá, novela e foi apresentador. Como se sentia sendo um brasileiro de sucesso na TV italiana?Fiz a “Dança com as Estrelas”, minha primeira novela foi lá, também trabalhei como apresentador. Enfim, o início da minha carreira foi na Itália. Eu me sentia muito bem, o italiano, em geral, adora o Brasil e abrem-se muitas portas. Os Italianos adoram o carnaval, o Rio, praia, a nossa língua, o sotaque, então me ajudou e me deixou tranquilo para trabalhar e aprender com as pessoas. Eu tenho muito carinho pelo início da carreira, foi difícil, porque é complicado trabalhar com a sua segunda língua, tive que aprender ainda mais e foi um aprendizado incrível tudo que eu passei lá, guardo com muito carinho.

Ninguém pode negar de que você não é um cara versátil. Jogador de futebol, modelo, apresentador, ator… Sempre teve esse multitalento para várias coisas? A questão do multitalento eu fui descobrindo depois, são coisas que eu não aprendi, eu simplesmente tinha e desenvolvi conforme a necessidade do momento. Na verdade como eu vim do mundo do esporte o meu multitalento era a capacidade de me adaptar a vários esportes completamente diferentes (natação, judô, vôlei, futebol, basquete, tênis…) No mundo artístico eu fui descobrindo essas várias facetas que ainda estou aprimorando e aprendendo a cada dia.

Você é um cara hiperativo? Não sou um cara hiperativo, na verdade sou preguiçoso, mas quando eu estou trabalhando eu sou frenético. Amo o que eu faço e gosto de estar sempre atento, ligado e dou meu máximo sempre. Se isso é ser hiperativo, no trabalho posso dizer que sim.

E como a Globo chegou até você (ou você até ela)? Como veio esse convite para estrear em novelas brasileiras e ainda mais como protagonista? Depois do meu início de carreira na Itália e minha passagem por Portugal onde também trabalhei bastante e sou muito grato. Ao canal (TVI) que me abriu as portas, apostou em mim e deu certo. Até que apareceu a chamada do Jayme, um convite que eu não esperava. Era pra fazer um filme com ele chamado “O Avental Rosa” e depois do filme ele me convidou para ser o protagonista da novela. Eu achei até estranho, meio surreal, né? Uma pessoa que ficou 12 anos fora do país, de repente volta ao Brasil trabalhando como protagonista de uma novela da Globo, mas se chegou nesse momento era pra ser. Eu sou muito fatalista neste sentido, se a oportunidade apareceu eu agarrei e vim.

Já na reta final de “Tempo de Amar” que avaliação você faz de tudo isso? Atuar em novela brasileira tem um gostinho especial? Minha avaliação agora na reta final, faltando 3 semanas para acabarem as gravações, é completamente positiva, a novela é um sucesso, começou com o pé direito desde o início, tudo funcionou, a equipe toda trabalha numa sinergia e numa tranquilidade interna muito grande e isso faz com que as coisas funcionem. Quando uma novela é sucesso é graças a muitos fatores e a nossa foi exatamente assim, a união, o querer trabalhar em prol de uma coisa, não tem briga, não tem vaidade. Esse é o grande balanço final que eu faço, extremamente positivo. Atuar numa novela brasileira claro que tem um gosto especial porque é meu país de origem, minha pátria e nada melhor do que trabalhar em casa.

Com isso você acha que foi como cruzar a linha de chegada depois de uma grande maratona? Chegou onde queria? Quando me perguntam como é fazer uma novela e como protagonista eu digo que é uma maratona, o ritmo é forte, você tem que estar bem. O volume de trabalho é grande e é como cruzar a linha de cruzada depois da corrida, cansativo, mas vale a pena todo o esforço porque o trabalho foi bem feito. Cruzando essa linha de chegada vivo e inteiro com o plus que é ter feito uma novela de sucesso. Deu tudo certo, minha primeira novela no Brasil, era exatamente aonde eu queria estar. Feliz é pouco, estou completamente realizado.

Sonho, persistência, determinação… Como avalia isso tudo vendo sua trajetória? Acredito que nem tudo saiu como o planejado e muitas coisas foram surgindo do acaso. Cada um tem sua trajetória, na minha sempre tive sonho, persistência, determinação, graças ao futebol porque se você não tem você não segue a diante. Eu trouxe tudo isso para o mundo artístico e as coisas foram acontecendo de maneira natural, mas eu não acho que as coisas surgem do acaso, existe muito trabalho, muita determinação, muito foco. Cada um traça a sua carreira e as coisas vão acontecendo, o universo vai conspirando a favor, ou não, de acordo com o que você faz no seu dia a dia. Busco até hoje um sonho, porque a gente não para nunca de sonhar, mas nada vem por acaso. Não acho que existe sorte, a sorte bate na porta de quem trabalha, se está lá é porque algo aconteceu para a pessoa estar lá, ela fez por onde. Assim foi comigo e provavelmente é o caso da maioria das pessoas que fazem trabalhos super concorridos, de forma geral. Pode até chamar de sorte, mas as pessoas chegam lá por causa de muito trabalho, persistência e determinação.

Você era um cara vaidoso ou ficou depois de trabalhar como modelo? Como é sua relação com a vaidade? Até onde vai? Nunca fui um cara vaidoso, aliás quando eu comecei a trabalhar como modelo eu namorava uma italiana que cuidava de mim ao ponto de comprar roupa para eu me vestir melhor. Eu cheguei completamente alienado com a moda, misturava as cores como se nada fosse e melhorei só com o tempo. A minha vida na Europa me deu um up grade no quesito style. Hoje eu cuido de mim. Mas o essencial e mínimo, não vou ao extremo porque me cansa e porque sou preguiçoso também.

Com a exposição que a TV proporciona algo mudou em sua rotina? Como encara essa “fama” de protagonista da Globo? Era pior ou melhor do que esperava? (risos) A minha rotina mudou pelo fato de estar trabalhando muito, não pela exposição em si, porque eu não tenho tempo de fazer muita coisa. Eu acordo e o máximo que eu faço é tomar café da manhã numa padaria aqui perto. Depois vou trabalhar e volto pra casa. Eu sou a mesma pessoa, tento fazer as mesmas coisas, mas é claro que tenho mais atenção para certas coisas. Eu não dou esse peso para o protagonista, acho que é uma nomenclatura, mas eu nem me sinto como tal, não ligo muito pra isso. Se é melhor ou pior depende do ponto de vista, depende do que eu estou fazendo. Claro que as vezes eu quero ficar mais tranquilo e sou reconhecido estudando em algum lugar público, o que é natural e eu encaro super bem, faz parte do nosso trabalho. Faz parte do pacote da carreira e é positivo né, significa que a novela está bombando e o feedback do público é positivo.

Em relação às mulheres, qual a diferença das italianas para a brasileira nesse quesito de assédio? Existe? Com relação as italianas, o italiano na verdade é latino, então tanto as brasileiras quanto as italianas são mulheres quentes. Eu vejo poucas diferenças, tirando a língua, é claro. Não consigo lembrar de nenhum assédio nem nada grave ou absurdo que tenha acontecido comigo.

Quando está de folga das gravações o que te distrai? É mais do dia ou noite? Quando estou de folga eu tento descansar, vou à praia quando consigo, tento jogar meu futevôlei ou uma corrida, algo para me exercitar fisicamente e volto pra casa pra estudar. Mas eu prefiro o dia, geralmente eu estudo a noite, é o horário que funciona melhor pra mim e meu corpo já se adaptou a essa rotina. Estudo até às 2h ou 3h da manhã, quase todos os dias.

Encerrando “Tempo de Amar” o que vem por aí? Algum novo projeto? Tenho algumas propostas quando acabar a novela e estou aguardando ainda algumas posições para entender o que eu vou fazer. Volto para a Itália para passar férias com meus filhos e aguardo para saber se meu destino é continuar aqui ou trabalhar em Portugal. Mas ainda não tenho certeza para falar.

 

Fotos Sergio Baia
Produção Executiva Márcia Dornelles
Stylist Marlon Portugal
Beleza Vivi Gonzo e Bruno Marinho