Nas grandes metrópoles do mundo é cada vez mais normal a verticalização das construções modernas. Assim como também tem sido a conscientização por mais espaços verdes, sejam nos telhados de prédios ou casa, assim como grandes jardins verticais ou suspensos. Mas o que dizer de um edifício que é uma verdadeira floresta vertical com 17 espécies de plantas de diversos continentes convivendo com inúmeras outras e com os habitantes do edifício. Andares e mais andares de escritórios, residências, hospital, lojas e biodiversidade. Esse é o projeto Skylines do Lissoni & Partness, com sede na Itália e filial em Nova Iorque, que acaba de ganhar menção honrosa no Skyhive 2020.
O conceito desse arranha-céu propõe não apenas um edifício, mas um ecossistema completo e autossuficiente, idealizado para um local hipotético em Nova York. Lissoni Casal Ribeiro inspirou-se na natureza e em seu elemento mais inspirador, a Árvore, para desenvolver uma arquitetura que não é apenas um edifício, mas um ecossistema completo. Como uma árvore. A torre multiuso coleta água da chuva e reúne energia do sol e do vento, transformando-a de seus cabos tensionados em eletricidade para ser usada pelos habitantes. Esse ecossistema idealizado por Lissoni Casal Ribeiro oferece extensos jardins e plataformas cultivadas para as necessidades diárias. A torre está configurada para maximizar a funcionalidade dos espaços internos e externos e garantir eficiência estrutural. A partir de um lote urbano de 80 x 130 m, um núcleo central principal abriga as principais funções que são completamente cercadas por grandes jardins suspensos, sustentados por uma cortina externa de cabos de aço, que atuam como estrutura e fachada da torre.
A ideia principal deste projeto é criar um ecossistema que dará autonomia e independência a quem “vive” nessa estrutura, um edifício que funciona como uma cidade-jardim. As funções são distribuídas verticalmente, permitindo espaço na parte inferior para atividades que tiram vantagem das grandes plataformas de jardim, enquanto as funções mais altas tiram vantagem da vista e da vida mais próximas do “sol”. Nos andares inferiores estão as funções públicas e culturais. Imediatamente acima, há uma espécie de cidade-jardim com imensas plataformas cultivadas que incorporam sistemas sem solo que reduzem a contaminação por metais pesados em alimentos cultivados na cidade. Acima dessas hortas fica a área esportiva com amplo espaço para receber uma enorme variedade de esportes, do futebol à natação.
Além disso, existe um hospital imerso em vegetação e altamente equipado para lidar com qualquer emergência de saúde. O principal conceito do projeto é criar um ecossistema que dê autonomia e independência aos habitantes, ou seja, crie um edifício que funcione como uma cidade-jardim. As funções são distribuídas verticalmente, permitindo espaço na parte inferior para atividades que tiram vantagem das grandes plataformas de jardim, enquanto as funções mais altas tiram vantagem das incríveis vistas da cidade de Nova York.