Clevinho Santana, de 30 anos, natural de Arauá (SE), sempre sonhou com os palcos. Começou como dançarino em várias bandas de Sergipe, até que resolveu ir mais longe e se lançou na música num ritmo que conquista um público que ele jamais imaginou ter. O ritmo piseiro lançou Clevinho longe e foi bem além dos palcos, mas também das redes sociais, onde viu seu perfil atingir quase 1 milhão e meio de seguidores. Atualmente morando em Aracaju, Clevinho já rodou o Brasil se apresentando pelos palcos e mostrando por que virou um fenômeno nesse estilo musical. A MENSCH bateu um papo com ele.
Clevinho, como foi a transição da dança para a música? Foi bem tranquilo, eu já gostava de cantar, só não tinha tempo para por em prática. No começo eu dançava em bandas e era bem corrido, depois eu passei a dançar apenas em projetos especiais, foi ai que eu comecei a pensar na música com mais carinho. Conversei com algumas pessoas que me deram apoio, mas foi a Paulinha (Abelha) que me incentivou mesmo a cantar. No inicio era para ser algo menor, apenas nas plataformas digitais, mas o projeto cresceu.
E como tem sido a receptividade por parte do público? O público me apoia demais, me abraça. A cada cidade que eu chego com meu show eu sinto essa energia massa, mas tenho consciência que a estrada é longa e que tem coisas na música que depende mais de mim do que do público, por isso tenho estudado bastante.
Indo para o começo de tudo, como foi que você começou sua trajetória? Venho de família humilde, lá de Arauá, interior de Sergipe. Minha infância foi espetacular, vivia com os primos, cercado de galinhas (risos). Mas no fundo eu queria mesmo era ir para cidade grande. Ai na adolescência fui para a capital, comecei a estudar, trabalhar e logo depois veio a dança. A partir daí eu não parei mais de mexer com arte.
E como a dança entrou na sua vida? O que ela faz por você? Eu sempre gostei muito de ver as pessoas dançando, sempre tive interesse em aprender também, então foi onde surgiu a oportunidade, eu aprendi, e foi tudo do jeito que imaginava. Assim como a música, a dança me traz alegria, me faz relembrar momentos. A dança envolve várias sensações, e eu sempre fui feliz com a dança como também sou feliz demais cantando.
Paulinha Abelha sempre foi uma inspiração para você que ia além do relacionamento? Com certeza! Paulinha sempre foi um símbolo sexy, sempre linda, eu a via nos palcos e nunca imaginava que um dia teria um relacionamento com ela, que seria a mulher da minha vida. Além de uma artista incrível, Paulinha era um poço de humildade. Talvez ela nem soubesse o quanto aquilo me inspirava.
Diante da partida dela, como foi o recomeço? No que esse momento de dor foi transformador? O recomeço foi difícil, foi um desafio muito grande. A tristeza tentava me parar, mas eu tive uma rede de apoio muito grande. Minha mãe me ajudou demais nessa fase, meu assessor dizia ‘vamos lá, você é forte e não pode parar’, tive o apoio dos fãs, a colmeia inteira me dando força, pessoas de várias partes do Brasil mandando direct, aquilo me fortaleceu muito. Eu peguei toda aquela dor, aquele luto, e transformei em força. Foi e ainda é difícil, mas a vida segue.
O que a música fez e faz por você? A música me faz levar alegria para o público, me deixa feliz e faz as pessoas felizes também. Música é alegria, diversão, com ela você extravasa e muita vez esquece os problemas. A música me conecta com pessoas.
Que referências musicais você tem? O que toca na sua playlist? Tenho muita admiração pelo Léo Santana, acho ele um artista completo, mas eu não sou do pagode. Meu estilo musical é aquele piseiro mais pra cima, mais dançante. E na minha playlist toca de tudo, sou bem eclético, um dia estou escutando forró e no outro estou viajando ao som do reggae.
Fora dos palcos, como é sua rotina? Tenho uma rotina bem comum. Moro em Aracaju, e lá eu me divido entre os trabalhos de influenciador e a rotina de ensaios com a banda. Mas não abro mão de frequentar a academia e as vezes frequento um barzinho.
Se considera um cara muito vaidoso? Do que não abre mão? Sim! Sempre gostei de me cuidar, andar bem vestido, cabelo alinhado. Cuido do corpo, malho bastante, sigo uma dieta quando dá (risos), tenho uma equipe de médicos que cuida da minha saúde e consequentemente isso de reflete na aparência. E como disse anteriormente, eu não abro mão mesmo é da academia.
Quais os planos para essa reta final de ano e início de 2024? O que vem por aí? Quero finalizar uns projetos com a minha banda, outros projetos pessoais. Meu desejo é entrar em 2024 com uma agenda de shows bacana, mas eu deixo nas mãos de Deus. Temos a ideia de lançar um novo CD com uma mega participação, porém ainda estamos conversando.
E como anda o coração? O que é preciso para conquistá-lo? Depois desse furacão que passou em minha vida, de toda essa dor, posso dizer que já me sinto pronto para um novo amor. Mas não é uma prioridade agora, estou deixando rolar. E para me conquistar, a mulher precisa ser parceira de caráter e se dar bem com a sogra.