ESTRELA: CAMILA RODRIGUES, LINDA, ELEGANTE E AINDA MAIS PROVOCANTE

Como falamos aí na chamada de capa, linda, elegante e ainda mais provocante. Essa é Camila Rodrigues! E como ela fala nessa entrevista, se der um bom dia ela já abre aquele sorriso. Ou seja, Camila é solar, alto astral e tudo de melhor. Ainda por cima é talentosa! Como pode ser assim? Pois é com todas essas qualidades que ela está de volta à nossa capa e em breve à TV em mais um sucesso. Ela será Nadi, uma Sacerdotisa em “Gênesis”. Ela máxima na Record, Camila tem colecionado sucessos e personagens diversos. Tão diversos quanto suas mudanças de visual (aqui nesse ensaio de cabelo curto, mas desde o início do ano de cabelos longos). É com graça e tranquilidade que conversamos com Camila e o resultado não poderia ser diferente. Nós amamos! Certeza de que vocês também vão se encantar. 

Camila, você deixou a Globo já faz mais de 10 anos e se tornou uma das principais atrizes da Record mantendo contrato exclusivo. Como foi essa adaptação? Foi tudo muito natural, quando sai da Globo fui para Record para fazer “Rei Davi”, logo depois “José do Egito”, “Milagres”, e os Dez Mandamentos”, entre várias outras produções. Fico muito feliz com meu crescimento profissional. Essa parceria foi muito construtiva pra mim, comecei com pequenos personagens e hoje tenho a oportunidade de mostrar muito mais o meu trabalho, como foi em “Os Dez Mandamentos” e “Topíssima”. Sou muito feliz na emissora em que estou hoje.

Essa “exclusividade” tem os dois lado da moeda mas pelo jeito tem funcionado, caso contrário você já teria mudado. Como você vê isso de trabalhar por obra ou com longos contratos de exclusividade? Isso é muito particular e vai de acordo com cada momento da carreira também. Fazer por obra te dá a oportunidade de estar em vários mercados, na Netflix, Amazon, filmes e séries, te dá a liberdade de trabalho, mas um contrato me dá segurança, gosto desta parceria de empresa, de conhecer todo mundo, de me sentir em casa. Digo isso hoje, porque estou realizada profissionalmente!

Você acabou de participar de “Topíssima” onde interpretou a protagonista Sophia. Que por sinal você comentou em entrevistas que adorou participar dessa trama. Como foi a experiência? O que te trouxe de novo? Sophia me trouxe frescor, um pouco de comédia, leveza, tranquilidade. Foi o personagem que eu consegui ter uma fusão genuína, tudo acontecia com tanta naturalidade e tranquilidade, não sei se já percebeu, mas é a segunda vez que uso a palavra TRANQÜILIDADE. Sou muito intensa, me cobro demais e sofro por isso, então quando vem esse lugar tranquilo eu quase solto fogos (risos), e a Sophia e todo o processo foi extremamente prazeroso. E ter tido a oportunidade de mostrar outros lados do meu trabalho foi maravilhoso.

Depois de participar de algumas tramas bíblicas veio a contemporânea “Topíssima” e pra esse ano vem “Gênesis”. Como é transitar por épocas e linguagens tão diferentes? Difícil essa transição, porém interessante… Cada trabalho é uma descoberta, então você vai se adaptando com o figurino, texto, cenário… em trabalhos assim, eu consigo me observar mais, dar tempo ao tempo, perceber que meu ritmo pessoal não é do personagem, nem as minhas ações, não é fácil mas é desafiador. Eu adoro essa oportunidade de sempre sair do padrão de um tipo de personagem.

Falando em “Genesis” você já alongou os cabelos e já está se preparando. O que pode nos adiantar desse novo trabalho? Iniciei as gravações essa semana, primeiro dia, sempre aquela ansiedade mas ao mesmo tempo querendo ter intimidade com o personagem que ainda está crua, mas “Gênesis” é tão bem escrito, as tramas são muito bem direcionadas e Nadi, minha personagem é muito bem desenhada, uma Sacerdotisa, mulher forte, direta porém egoísta. Vai ser interessante descobrir cada dia mais essa mulher que me fascinou assim que eu li o roteiro.

Entre uma novela e outra você ainda participou do “Dancing Brasil”. Como foi a aventura? Se sente uma pé de valsa agora? (risos) (risos. Muitos risos). Foi uma loucura, sabia que eu não era uma dançarina, porém tenho ritmo, e eu acredito nisso até hoje, mas os jurados não (risos). Mas a experiência foi enlouquecedora. Não tem uma parte do seu corpo que não doa, é difícil, precisa ter muita disciplina pra ser um bailarino. E o programa não é só físico, porque você aprende uma coreografia em apenas 3 ou 4 dias, um ritmo novo a cada semana, olha, dá um nó na cabeça, e tudo isso é ao vivo. No dia do programa chegamos por volta das 11 da manhã e já começa a preparação, fazemos um passadão (como se fosse o programa, mas não é gravado) e vamos apresentar ao vivo às 23 horas. O nome disso é “Dancing Brasil”, amor! E mesmo com toda essa loucura, eu amei participar!

Em se tratando de visual você já mudou muito. Já foi careca, loira, cabelo mais curto (como nesse ensaio) ou longo. Como é isso para você? Desapego total? Qual o maior sacrifício que já fez por um personagem?  Eu não tenho o menor apego pelo meu cabelo e adoro as mudanças. Tenho preferência por meu cabelo curto e acredito que o maior sacrifício é colocar mega hair. Eu não entendo como uma pessoa em sã consciência usa isso pra vida, eu sofro muito com mega, mas tenho alergia a cola da peruca, então não tenho escolha. Mas sou sim desapegada. Não consigo me lembrar de um super sacrifício. Mas lembro de cenas difíceis. A cena do mergulho na piscina de sangue em “Os Dez Mandamentos” foi uma dessas. Frio, tensão e cor rosa no corpo por dia.

O que te desafia como atriz? Todo novo trabalho parece que é o meu primeiro, eu sinto que luto com essa ansiedade constantemente e o meu desafio como atriz na verdade é comigo mesma, em superar meus medos e acreditar que posso cada dia mais. Mas tem o desafio da troca com o público também. Sobre nosso papel quando influenciamos a vida dessas pessoas, sobre a responsabilidade que temos (todos nós né?) com o que falamos, fazemos. Não que isso seja uma algo opressor, onde precisamos deixar de fazer isso ou aquilo. Digo da responsabilidade social. Sabemos que o que falamos chega e pode ser muito bom ou muito ruim. É preciso responsabilidade. Esse também é um desafio enquanto artista.

Você sempre foi uma mulher muito bonita e elegante. Você se vê assim? É vaidosa? Elegância pra mim é o conjunto, me vejo como uma mulher elegante, apesar de ser muito básica no meu vestir. Sou um pouco vaidosa sim, confesso que poderia ser mais. Mas gostei da classificação de mulher elegante. A elegância não está só no vestir né? Acredito que a forma como somos na vida, como tratamos as pessoas… Essas deixam a gente ainda mais elegante.

A aparência já atrapalhou em algo ou sempre abriu as portas? Já foi julgada por ela? Nunca senti julgamento pela minha aparência, nem a favor nem contra. Sempre batalhei pelos trabalhos, recebi diversos não, muitos sim. Agora o famoso padrão de beleza, esse sim é cruel com a gente. Em geral as pessoas não perdoam. Se engorda, se emagrece, se não está “de acordo” com o que esperam…

Sobre isso, como você avalia um homem em relação a vaidade? O que não pode faltar? O que chama atenção? Eu nunca parei pra pensar nisso, não tenho um perfil nem o que reparo, me encanta a pessoa, quem ela é, sua família, seus amigos sua vida, sonhos. Claro que a vaidade básica precisa ter né? E falo sobre se amar, se cuidar, pensar na saúde mental e física.

A sofisticada Sophia tinha algo de Camila? Muito, chegou o momento que Camila era Sophia e Sophia era Camila, isso por que como disse lá em cima, tudo foi muito natural, e acredito que consegui colocar muito da minha personalidade nela, foi muito gostoso, era quase uma terapia e não trabalho. E ainda tinha o estilo de figurino da Sophia que era praticamente o meu na vida pessoal. Eu amava.

E na hora de relaxar, o que faz sua cabeça? Onde e como recarrega as baterias? Ficar jogada no sofá, com meu namorado e meu cachorro. Amo estar com minha família na serra, não abro mão de estar com meus amigos, principalmente se for pra comer, outro grande prazer que tenho. Isso me relaxa, me recarrega e me faz muito feliz.

Qual destino dos sonhos e qual está sempre em mente? Tenho muita vontade de conhecer Grécia, mas sempre quero voltar pra NY.

O que coloca um sorriso no seu rosto? Pessoas simpáticas e generosas, me deu bom dia eu já abro um grande sorriso. Isso não posso reclamar da vida, sou cercada de pessoas com sorrisos largos e gargalhadas.

Para conquistar Camila basta… Ser uma pessoa do bem, de amor!

Fotos Sergio Baia

Beleza Titto Vidal

Stylist Roberta Campos