Beleza, samba no pé, determinação e uma autenticidade que conquista de cara. Basicamente isso talvez resuma bem nossa estrelíssima Viviane Araújo. Um caso de unanimidade nacional, Vivi é uma vencedora inquestionável. Venceu barreira de ser apenas um corpo bonito, conquistou a Sapucaí há mais de 10 anos e ainda se firmou como atriz de respeito na TV e teatro. Como não amar Vivi? Como bem resume ela ao final dessa entrevista: “Vi, vim, vim de novo, vim mais uma vez, e outra, e outra, e….VENCI! E ainda tenho muito mais pra lutar e conseguir!”. Não temos dúvida disso! Que venham os novos passos da nossa estrela!
Vivi já vai mais de uma década de sucesso no Carnaval e de público. Explica pra gente qual o segredo disso? Na verdade são mais de duas décadas (risos)… Não tem segredo, é só muito amor muita entrega, muito comprometimento e verdade no que eu faço!
Quando descobriu a dança e quando despertou que ela seria seu trampolim para uma carreira de sucesso? Sempre gostei de dançar desde pequena. Já na adolescência até época de faculdade participava de grupos de dança (jazz) e eu não me dei conta que isso pudesse me levar até o sucesso. Mas foi através da minha paixão pelo samba que entrei pro Carnaval em 1995 e daí então que as coisas foram acontecendo na minha vida.
Ao longo da carreira, muitas fotos nuas, personagens como uma pegada mais sexy e fantasias sensuais no carnaval criaram uma imagem de uma mulher com sex appeal. Esse estereótipo te incomodou em algum momento? Nunca me incomodou e até hoje não me incomoda não. Porém, eu optei por não ser só isso: um corpo! Queria ser mais e fui em busca de ser reconhecida como atriz.
Hoje em dia, aos 43, você está mais “contida”, digamos assim, mas impossível deixar esse lado sexy aflorar um pouco. Como você dosa isso para mostrar que é muito além de uma mulher sexy? Eu não me vejo assim, talvez isso me ajude né?! (risos)… No meu dia a dia tô mais para moleca do que para sexy.
Esse “rótulo” chegou a criar algum tipo de pré-conceito contra você? Já enfrentou isso na pele? E como reagiu? No começo acho que sim, justamente por me verem sempre como sexy symbol. Só me chamavam pra fazer a “gostosona”. Mas consegui mostrar com meu talento que sou além disso, e comecei e ser respeitada como atriz.
Hoje em dia que está sendo propagado o direito da mulher sobre seu desejo (tipo “Não é não!”) e o respeito em geral com elas. Você já precisou se impor de forma mais séria contra machismos ou falta de respeito? Acho essa questão importantíssima. Hoje a mulher pode se impor no que ela quer e não quer pra ela. E ser respeitada por tal atitude e se precisar rodar a baiana!!! Acho que no geral toda mulher já passou por alguma situação assim.
Em 2014 você fez sua estreia no horário nobre da Globo em uma novela. Esse início como atriz de destaque foi difícil? Sentiu um certo preconceito por parte da classe artística, critica ou mesmo diretores? Por parte dos meus colegas de elenco, pela direção e toda a equipe da novela não tive nenhum preconceito. Agora pela crítica sim, alguns duvidaram, mas eu não dei importância. Só queria focar no meu trabalho, nos meus estudos e fazer o meu melhor.
Você está seguindo para sua 3ª novela na Globo. Prova de que você mostrou à que veio e conquistou seu espaço. O que isso represente para você como mulher e artista? Só quero continuar na minha caminhada, em busca do que eu acredito que é bom pra mim e no que me faz feliz. A caminhada é longa, e ainda tem muita coisa por vir, mas olhando pra trás, me sinto muito orgulhosa!
Que desafios Lili Carabina te trouxe no teatro? Personagem marcante para uma mulher forte. Lili foi um presente que mais uma vez ganhei do Aguinaldo. Junto com o adaptador da obra dele pro teatro que foi o Júlio Kadeti, e me joguei de cabeça! Lili me trouxe ainda mais essa força interior que tenho dentro de mim, que muitas vezes nem sei q ela existe! Fazer a mulher vingativa como ela, foi o grande desafio, por que isso é uma sentimento que não faz parte da minha vida! Quero muito voltar com o “Lili Carabina” depois de “O Sétimo guardião”.
Você transmite uma força em encarar as coisas, a vida, os desafios… É isso? De onde vem essa força? Se se intimidou com algo? Pois é, às vezes até eu me surpreendo e me pergunto de onde vem essa força? Sinceramente, não sei (risos)…Mas sei que ela tá aqui, e quando vem aqueles momentos de dor, angústia, desespero, é como se ligasse um botãozinho dentro de mim e ativasse o modo Mulher Maravilha! (risos)… Eu acredito muito em Deus. Tenho a minha fé e sei que por pior que as coisas estejam, sempre tem uma solução, um caminho diferente a seguir que vai fazer mudar o rumo das coisas sempre pra melhor!
O que você não admite mais em um relacionamento? Falta de respeito.
A nudez nunca foi tabu para você. Se arrepende de algo nesse quesito? De onde vem essa naturalidade de lidar com isso? Não mesmo! E não me arrependo dos trabalhos que fiz! Acho que essa minha naturalidade com o nu já vem da minha criação. Nunca tive pudores com meus pais ou com meu irmão. Andava pelada pela casa e era tudo normal.
O que te tira do sério e o que te coloca no rumo? Me tira do sério eu presenciar alguma humilhação que uma pessoa estar fazendo com outra, Não permito de maneira nenhuma. Uma conversa boa com um amigo me coloca no rumo. Às vezes umas bronquinhas da minha mãe também (risos).
Samba ou futebol, o que bate mais forte? Samba! Sempre!
Qual o seu limite com a vaidade? Do que não abre mão? Me considero vaidosa sim, gosto de me cuidar, passar meus creminhos todos os dias, fazer procedimentos estéticos, etc… Mas sei que uma hora nada disso vai mais resolver, sou bem resolvida quanto a isso.
Entrevistar Vivi Araújo e não perguntar como ela mantem esse corpo perfeito não existe…(risos) Tem algum segredo para isso? Perfeito??? (risos)… Malho 5 vezes por semana. Gosto de correr na praia, dançar, tenho um massagista que cuida de mim há mais de 15 anos que é o Celestino Maurit. O segredo é ter disposição e força de vontade, ou então como diz minha mãe pra todo mundo que falam de mim; ela aponta pra barriga dela e diz: nasceu daqui ó! (risos)…
Para conquistar Vivi basta… Ser inteligente, agradável e bem humorado.
O que um homem precisa ter / ser para chamar sua atenção? A mesma da anterior, ser carinhoso e que se preocupe comigo, porque eu sou assim. Então gosto de receber o que eu dou para as pessoas.
E que “armas” de sedução usa na conquista? Nenhuma (risos)!!!!!! Talvez minha autenticidade e minha espontaneidade seja um ponto favorável.
Encerrando… “Ví, vim e venci!”, essa seria uma boa definição da sua trajetória até aqui? Se eu olhar pra trás e ver tudo que passei pra chegar onde estou hoje, pode se dizer que sim. Mas acho que pra retratar bem, acho que a frase poderia ser assim: “Vi, vim, vim de novo, vim mais uma vez, e outra, e outra, e….VENCI! E ainda tenho muito mais pra lutar e conseguir!”