MOTOR: O INCRÍVEL PAGANI HUAYRA CODALUNGA

Uma referência em supercarros, o Pagani Huayra ganhou recentemente uma versão especial, a Codalunga (traseira longa em italiano), que se diferencia pela traseira remodelada e mais alongada que a do modelo original. A frente também foi modificada, embora em menor extensão. O supercarro foi desenvolvido pela divisão de projetos especiais Grandi Complicazioni com inspiração de antigos modelos de competição, em especial os que disputavam a 24 Horas de Le Mans na década de 1960.

É muito raro uma nova edição especial da Pagani não impressionar, mas esta sem dúvida supera seus antecessores por se tratar também de um projeto muito especial, além de muito limitado e muito, muito caro chamado Pagani Huayra ‘Codalunga’. Resultado do trabalho da recém-criada divisão Grandi Complicazioni da Pagani  – que é o departamento de projetos especiais – que dessa vez trabalhou contando uma restrita colaboração com os clientes que há muito solicitavam uma versão de cauda longa do hipercarro V12 turboalimentado.

Usando o “estilo linear simples” do Huayra Coupe como base, a equipe se inspirou nas lindas caudas longas de Le Mans dos anos sessenta, “que tinham linhas muito limpas”. O conceito levou dois anos para ser finalizado, usando modelos em escala e em tamanho real para aperfeiçoar a silhueta. E falando nisso, é bastante silhueta. A tampa do motor traseiro, chama atenção pelo seu tamanho de 3,7 m² e é 360 mm mais longa que a do Huayra ‘regular’.  Debaixo desta nova tampa, fica um V12 twin-turbo de 6,0 litros aprimorado, produzindo 830 cv e 811 lb de torque.

Não há grades traseiras, permitindo uma “visão desobstruída do sistema de escape do Codalunga”, pesando apenas 4,4 kg graças à construção em titânio. Detalhe importante, ele também é revestido em cerâmica, como os primeiros carros de Le Mans, produzindo um som que homenageia – nas palavras de Pagani – “paixão automotiva”. “Fizemos o Huayra Codalunga mais comprido e liso, como se tivesse sido acariciado e moldado pelo vento, para desenhar linhas ainda mais elegantes que o cupê”, explica o chefe Horacio Pagani.

Já o preço não é tão elegante assim, – 7.000.000 euros. Não é por acaso que a Pagani está construindo apenas cinco carros Codalunga. Todo o investimento feito pensado em deixa-lo tão bonito quanto eficiente nas estradas, inclusive nos Estados Unidos, onde um dos cinco pretende passar seus dias. Tal como acontece com a maioria desses Paganis hiper-unobtânio, o preço é discutível: todos foram contabilizados.

“O Huayra Codalunga compreende muito poucos elementos essenciais”, disse Horacio Pagani. “Nós tiramos ao invés de adicionar. Simplificar não é nada simples, e este veículo é, acima de tudo, o resultado de uma busca complexa de ideias simples.”