ENTREVISTA: Enzo Romani – Tem revelação na música e na TV

A música corre solta na vida de Enzo Romani, não foi à toa que seu último trabalho como ator ele tocava em uma banda de rock pop na novela “Rock Story” e mais recentemente participou do quadro “Show dos Famosos”, no Faustão. Com uma mistura multicultural em seu DNA, Enzo usa isso à seu favor na hora de compor e colocar pra fora sua porção musical. Cheio de projetos ele promete ser um dos destaques da nova geração, seja na TV ou nos palcos.

Enzo, você é o melhor exemplo de miscigenação… Descendente de italiano com japonês e de árabe com português. Quando em sua vida você sente essas influências? A todo momento. Minhas influências musicais são um exemplo dessa miscigenação. Bebo tanto do rock quanto do soul, tanto do MPB quanto da música cigana. Além do lado musical eclético, me sinto em casa onde quer que eu esteja. Afinal o mundo é minha casa. Principalmente quando medito, me sinto muito conectado com meu lado oriental.

Soubemos que você morou em várias partes do Brasil, de Maceió e Floripa. Como foi isso? O que isso te trouxe de positivo e negativo? Acredito que não trouxe nada de negativo. Pelo contrário, a possibilidade de ter convivido com diversos povos e culturas só me trouxeram evoluções pessoais, espirituais e musicais.

 

Você logo cedo enveredou pela música. Quando isso deu início? Alguma influência? Total influência dos meus pais, que sempre viajaram comigo ouvindo todos os estilos musicais possíveis (risos). Desde os meus 6 meses de idade até meus 4 anos vivemos pelas estradas viajando dentro de um caminhão. Esse foi meu verdadeiro berço musical. E início da experiência com um instrumento foi com meu primeiro violão que ganhei aos 8 anos de idade.

E como a veia para artes cênicas começou a tomar espaço? Quando percebeu que queria ser ator? Foi muito despretensioso e nunca havia imaginado me tornar ator antes da história que irei contar abaixo. Tudo começou num teste realizado na Mega Talents em São Paulo para a novela “Malhação – Seu lugar no mundo”. Tive um “insight” e resolvi levar meu violão (que é a extensão do meu ser) e cantei uma das minhas composições (Somos um só) no teste. Tive a enorme alegria de estrear a própria canção na primeira cena do meu personagem Pedro, criado carinhosamente pelo autor Emanuel Jacobina.

Como lida com esse lado músico e ator? Daria para escolher só um caminho? Definitivamente não. É claro que as vezes preciso escolher qual projeto mergulhar. Seja uma novela, a produção de um disco, um lançamento de um show, um filme. Mas a música ocupa um lugar muito especial na minha vida. Em 2015 pouco antes de entrar em Malhação, recebi o audacioso convite do meu amigo e renomado produtor musical Apollo 9, para co-produzir cerca de 100 músicas em menos de um mês, o projeto: “Na Voz Delas” exibido no Canal Bis. Foi um grande marco, pois após essa incrível experiência aprendi e descobri meu lado Produtor e Arranjador Musical. O que hoje me possibilita produzir minhas próprias músicas enquanto faço uma novela simultaneamente.

Hoje em dia com muitos musicais se tornando cada vez mais populares um ator que canta é tudo de bom. Como você enxerga isso? Incrível. Os musicais mostram o lado versátil e completo que muitos artistas tem, mas não tinham tamanha abertura no Brasil e consequentemente tais habilidades eram desconhecidas pelo público. Uma grande oportunidade de valorizarmos nossos artistas.

Você participou de “Malhação – Seu lugar no mundo” (2015) e esse ano você esteve em “Rock Story”. Como tem sido a “relação” com a TV e a vida de ator? A relação vem sendo incrível, pois se abriram diversas portas para projetos como por exemplo o “Show dos famosos” e com isso pessoas que já gostavam do meu trabalho como ator descobriram mais da minha essência. A visibilidade é importantíssima para disseminar a mensagem do amor.

Você encerrou recentemente sua participação em “Show dos Famosos” no Faustão. Como foi essa aventura? Se sentiu realizado? Muito realizado e feliz. Me superei em tantas áreas pessoais que seria impossível descrever aqui. Mas literalmente foi uma aventura. Nós, os 8 participantes tínhamos até um grupo no whatsapp que se chamava “Destemidos”. Eu mudaria o nome para “Os transcendidos”, pois foi o que aconteceu com cada um de nós no processo de aprendizado.

Você parece ser um cara zen que adora natureza e simplicidade. É isso mesmo? O termo “zen” já era bem presente na minha vida mesmo antes de saber o que significava. Sempre fui criado em meio a natureza, me sinto completo com as coisas simples da vida. Sou adepto da homeopatia desde que nasci, medito diariamente como manutenção da mente/corpo/espirito. Vejo tudo isso como algo inerente ao meu ser. Indispensável para me sentir vivo.

O que curte fazer no tempo livre? Que programas fazem sua cabeça? Gosto muito de ler um bom livro, surfar, praticar yoga, trilhas, cachoeiras e se for possível unir tudo isso com minha essência cigana, VIAJANDO.

Com visual sempre estiloso se considera um cara vaidoso? Até que ponto? Do que não abre mão? Já fui bem mais vaidoso mas não abro mão de me sentir confortável dentro de roupas que representam aquilo que sinto. Quanto ao corpo, pratico exercícios físicos diários pois fazem parte do meu estilo de vida saudável. Já os meus adereços (anéis e colares), são mais do que acessórios. São presentes inestimáveis que marcam momentos, pessoas e lugares inesquecíveis dos quais conheci.

 

 

Ainda sobre Rock Story… Você tirou de letra interpretar um músico da banda 4.4? O que foi mais desafiador? O mais difícil foram as coreografias e a movimentações da boyband. Esse desafio só foi possível graças ao profissionalismo e competência do nosso amigo Raffaele Casuccio.

Qual o próximo voo, TV ou música? Ou os dois juntos? Estou dedicando a maior parte do meu tempo para a produção e lançamento do meu novo álbum “DiaeNoite”. O disco deve ser finalizado apenas em 2018 mas até lá lançarei singles e clipes para toda a galera que vem me acompanhando. E as datas para shows já começam a partir de Agosto desse ano. Conciliando tudo isso com estudos de aprimoramento cênico.