Foi no início dos anos 2000 que surgiria no mercado fonográfico um cantor com voz comparável a de um grande astro da música mundial. Muitos o apontavam como o mais novo Sinatra diante do seu timbre de voz que era mesmo tempo suave e grave, e suas clássicas canções como “Cry me a river” e “Kissing a fool” no repertório. Quem era esse cara? De onde ele é? Aos poucos o público foi descobrindo que por trás daquele vozeirão existia um jovem com pouco mais de 20 anos que trazia um estilo clássico não só no repertório, mas no seu estilo de se vestir e na sua performance nos palcos. Seu primeiro álbum alcançou o top dez no Canadá e no Reino Unido. Ele obteve sucesso comercial no mundo todo com seu álbum de 2005 “It´s Time“, e seu álbum de 2007 “Call Me Irresponsible” foi um sucesso maior ainda, chegando a ser número um na classificação canadense, no Billboard 200 americano, no Aria Albuns da Autrália e nas paradas européias. Bublé já vendeu mais de 25 milhões de álbuns em todo o mundo e ganhou vários prêmios, incluindo dois Grammy.
Mas o estilo Bublé de apresentar suas clássicas canções terminou seduzindo a todos, dos críticos ao grande público. Parecia que ele tinha chegado para preencher uma lacuna que estava desocupada desde que Frank Sinatra foi embora. Com um estilo próprio Bublé foi dando nova roupagem aos clássicos mais populares do jazz e aos poucos inserindo canções próprias. Sempre com muito humor e simpatia. Simpatia essa que talvez tenha sido herdada dos pais italianos. Bublé nasceu em British Columbia, Canadá, em setembro de 1975, tem dois irmãos (Crystal e Brandee) e sonhava em se tornar um cantor famoso desde dois (!!) anos de idade. Quando criança chegava a dormir agarrado à bíblia na esperança de se tornar um cantor de verdade. A primeira vez que a família percebeu seu talento cantando foi na época do Natal, quando Bublé tinha 13 anos, e ouviram ele cantar poderosamente a frase “Que seus dias sejam felizes e brilhantes“, quando o família estava cantando a canção “White Christmas“, em um passeio de carro. Outro forte interesse de Bublé nessa época era o hockey, chegando a participar de alguns times na época do colégio. Mas o mundo dos esportes perdeu um atleta mediano para o mundo da música grande um grande artista.
Seu último álbum, Call Me Irresponsible, disparou para o número 1 em todo o mundo (ele atingiu o topo no Canadá, nos Estados Unidos, Austrália, Itália, Alemanha, Holanda, Brasil, África do Sul, Cingapura e Tailândia). Em nove anos, aos 35 anos de idade, deu um pulo de pequenos clubes como o Babalu e salas de concerto como o Teatro Queen Elizabeth e agora em arenas de hóquei, como a GM Place. Para um jornal canadense Bublé falou: “Gostaria muito de mentir para você e dizer que eu não quero ser um ícone“, disse ele na conferência de imprensa para a turnê canadense, que vai doar parte das suas receitas para levantar uma campanha nacional de alfabetização dirigida por Canwest, o dono do The Sun Vancouver.
“Eu quero ser o maior artista da terra. Eu quero ser meu maior ato. Eu quero, e eu estou com fome por isso“. “Eu estava faminto por isso quando eu tinha 16 anos e 17 anos e estava jogando nestes ótimos bares aqui. Eu provavelmente deveria mentir para você e dizer ‘Eu estou muito feliz onde estou, né, e eu só estou apostando um jogo de cada vez, para dar 100 por cento, eu só quero ajudar a equipe. ” Ele riu. “Eu quero ser enorme. Eu não sou ainda.”
APRESENTAÇÃO DA “TOUR STOP 148”, EM MAIO DE 2021: