No Dia do Café, nada mais justo que falarmos desse “pretinho básico” e muito democrática. O café talvez seja bebida mais popular consumida no Brasil sem distinção de classe social ou poder aquisitivo. Como passamos muito tempo ouvindo, o Brasil seria o país do futebol, carnaval e do café. Mas será mesmo? São anos e anos de fama de que o café brasileiro é um dos melhores do mundo. A história aponta seu cultivo como sendo iniciado pelo desbravador brasileiro Francisco de Melo Palheta, que de passagem por terras francesas, iniciou uma paixão que resultou num presente inusitado na despedida do casal, um pé de café. Assim, Palheta ao chegar ao Brasil tratou de cultivar as mudas no Pará.
E hoje em dia o país é o maior produtor mundial, com colheita anual de 25 milhões de sacas. Grande parte dessa produção vinda do interior de Minas Gerais e São Paulo. Com a chegada de marcas importadas, o brasileiro começou a ter opções mais variadas. Com aromas e sabores diversos. E o modo de se consumir café mudou um pouco, chegando a ser até questão de status, assim, a bebida popular ganhou ares mais sofisticados em cafés e lanchonetes que começaram a despertar para o grande leque de variações sobre a mesma bebida. O cafezinho simples ganhou outros ingredientes, aromas e formas de apresentação (inclusive sobremesas). Preparado na hora, com coador ou em máquina de expresso, o café cada vez mais conquista novos consumidores.
O Brasil é um grande produtor de café, mas não necessariamente um bom torrador de cafés, por outro lado, pelas dimensões dos terrenos agrícolas os produtores brasileiros precisam-se preocupar com o binômio qualidade/volume. Na argentina existem diferentes versões do café, é o que se pode notar no tipo de café servido nos bares e restaurantes. A capital Buenos Aires tem o seu cuidado com o café, lá eles têm uma “cultura do café” impressionante, onde cada habitante consome em média um quilo de café por ano. Bem menos que países como Finlândia, Suécia e Noruega, que consomem 15 quilos por ano. Comparando com o Brasil que consome 8 e os EUA , 4. Porém na Argentina faltam pessoas especializadas e máquinas para que o café tenha uma melhor qualidade.Mas como avaliar o café que é servido em cafeterias e restaurantes? Nada melhor que o cheiro, sentir o creme e o gosto. Outras dicas são ver o tipo de xícara em que é servido, a máquina e o volume de café servido. Uma dica para o café expresso é que ele deverá ter no máximo 50 ml. O que faz do café uma bebida sofistica em sua essência, por exemplo, é observar que numa xícara de café expresso já foram identificadas mais de 500 substancias diferentes, já numa taça de vinho o numero máximo identificado foram 50. Ao ser preparado, o café vai liberando seus aromas e conquistando o paladar. Algumas dicas básicas de como identificar um bom café são:
a) Aroma e Sabor – O aroma é o cheiro que o café tem, e o sabor é o gosto do café. Grande parte do sabor que percebemos deriva do que conseguimos apreender com nosso olfato. Exemplos de aroma são o cheiro de torrado, de flores ou de especiarias, enquanto exemplos de sabores podem ser chocolate, cacau ou frutas.
b) Corpo – É a percepção táctil de oleosidade/viscosidade na boca. O corpo pode ser fraco ou encorpado. Diz-se que é fraco quando a percepção táctil é mais suave fazendo com que essa característica não prevaleça mais do que as demais do café. O café diz-se encorpado quando a sensação táctil é imediata, forte, intensa e perceptível sem contestações.
c) Acidez – Qualifica o sabor provocado por soluções aquosas diluídas puras ou misturas, cuja degustação provoca o sabor ácido. Um café com uma acidez elevada é caracterizado por deixar o palato rapidamente limpo de quaisquer vestígios, após ser degustado. A acidez do café é percebida nas partes laterais e na ponta da língua. Cafés de acidez elevada são descritos como vívidos, adstringentes, mas com passagem rápida pela língua, sem deixar muitos vestígios. Cafés de baixa acidez são mais suaves na boca e seu paladar tende a perdurar mais.
d) Equilíbrio – Correlação existente entre todas as características sensoriais e a harmonia existente entre elas mesmas.
FAÇA SEU EXPRESSO EM CASA
Com a popularização do café expresso, as máquinas de café ganharam outros ares e modelos. Algumas chegam a receber prêmio de design e a cada lançamento mais variedades de bebidas são oferecidas e procuram ganhar o cliente pelas suas formas diferenciadas. O sistema de cápsulas de variados aromas, conhecidas como “bar”, virou um produto à parte. Selecionamos algumas das máquinas mais legais do mercado e suas devidas características. Escolha a que melhor se adeque ao seu desejo e bom café!
DICA DE COMPRA
03. Fiz uma moagem mais fina e compactei com mais força, mas agora o café não sai. O que está acontecendo? Você exagerou. Tente não compactar com tanta força ou moa o café ligeiramente mais grosso. Cuidado com o porta filtro pressurizado (aquele que possui uma válvula que promete um café “cremoso”), não costuma aceitar uma boa compactação.
04. Não tenho um moinho, como faço? Tente ajustar apenas na mão, isto é, fazendo uma compactação apropriada.
05. O café continua saindo fraco e com pouco creme. Será que a máquina não é boa? Talvez, mesmo assim é bom não esquecer do papel do moinho. Sem esse equipamento é difícil resolver a fórmula moagem+compactação = tempo adequado de extração.