Derivados da expressão inglesa public house, os pubs são facilmente identificáveis por algumas características fundamentais: baixa ou moderada iluminação, acomodações aconchegantes, consumo de bebidas alcóolicas em boa variedade, público cativo, shows de bandas alternativas e transmissão de práticas esportivas. A subclassificação de Sport Bar surge exatamente desta última característica. Em um ambiente assim, jogos de futebol americano ou nacional, basquete, tênis, handball e outras modalidades são o foco das telas espalhadas pelo local. Poltronas convidativas, cadeiras acolchoadas, clima intimista, chopp de qualidade e rostos familiares entre os frequentadores são alguns dos pontos que, somados, conferem a esse tipo de pub um selo de fidelidade perante o público e ainda uma aura de sofisticação.
A ideia é que grupos de amigos tornem-se fieis a determinado estabelecimento, como reza a tradição britânica que deu origem aos pubs, e façam do local o seu ponto de encontro e referência. Os motivos vão desde a proximidade de casa ou do trabalho até a excelência no atendimento. A transmissão daquela final de campeonato estrangeiro que não se vê na TV de qualquer barzinho, claro, também conta. E os petiscos – de preferência com sabor caseiro e agilidade de fast food – fazem parte do pacote. As paredes, geralmente, são pintadas em nuances de vermelho ou marrom, passeando por seus derivados e combinações. Tudo para despertar o apetite e, ao mesmo tempo, proporcionar conforto e hospitalidade ao cliente.
Em todo o país, o segmento dos pubs e Sport Bars vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Fruto da combinação entre um mercado gastronômico disposto, uma economia aquecida e um público ávido pelo consumo combinado de bebidas e práticas desportivas sofisticadas. O ramo tem aberto portas promissoras na cidade – que se multiplicam e, nem de longe, sinalizam qualquer pista de cansaço ou efemeridade. Aliás, a cada final de semana, os pubs se legitimam como primeira opção da fatia consumidora mais jovem do mercado: adolescentes e jovens adultos que, em busca de alternativas ao já conhecido estilo dos barzinhos locais, veem com bons olhos a influência britânica no circuito de opções para seu happy hour. A benção inglesa recai sobre suas canecas de chopp estupidamente gelado e, recostados nos sofás confortabilíssimos desses sport bars, esses poderosos consumidores – que rendem não apenas lucro, mas propaganda massiva aos lugares que frequentam – bendizem o encurtamento do Oceano Atlântico.