No início desse mês Steve Jobs reuniu a imprensa mundial para apresentar o que já seria a evolução de um produto revolucionário que é o iPad. Com meses após o lançamento, a Apple já joga para o mercado a nova geração de iPads. Uma estratégia de marketing ou não, a verdade é que o novo modelo atraiu olhares no mundo inteiro. E o resultado foi melhor que o esperado, foi vendido perto de 1 milhão de computadores tablet iPad 2 no final de semana inicial de vendas, o que supera o desempenho do primeiro iPad, que chegou ao mercado em abril do ano passado, segundo estimativas de analistas.
E qual a razão para tanto sucesso além de uma ótima estratégia de vendas e um público ávido por novas ferramentas tecnológicas embutidas no novo aparelho? A nova versão do iPad será disponibilizado na cor branca, terá dez horas de bateria e será 33% mais fino que o iPhone 4. Para além disso, o novo gadget traz uma característica muito importante: o iPad 2 será nove vezes mais rápido que o seu antecessor e terá uma saída HDMI out com suporte a 1080p e será compatível com todas as aplicações, precisamente algumas das falhas que vinham sendo apontadas ao seu antecessor.
Mas esse panorama pode mudar em breve, pois o mega empresário Eike Batista já sinalizou seu interesse em montar uma fábrica da Apple aqui no Brasil. Eike já iniciou conversas com dois grupos que fazem na Ásia a montagem de aparelhos da empresa de tecnologia americana. A idéia é que a montadora seja instalada no complexo do Porto do Açu, da LLX, empresa de logística da holding, em São João da Barra, no litoral norte do Rio. Porém, como esperado, o projeto requer aceitação do projeto por parte da Apple. “Sim, sim, a gente quer trazer. Por que a gente (no Brasil) tem de pagar duas vezes e meia o preço de um iPad?“, afirmou Eike em entrevista ao Estadão.
“Estou abordando as empresas que fazem essa montagem na Ásia. Não é a Apple, a Apple tem de aprovar depois. Você fala com as empresas que montam esses aparelhos para a Apple. Então, a conversa é com dois grupos. Estamos procedendo nessas conversas.” Caso venha a acontecer, será a oportunidade de um mercado até então restrito por conta do preço dos iPads no Brasil. O sucesso inicial do iPad 2 serve como alerta quanto a uma potencial bolha mundial no segmento de tablets, com a procura superando a oferta em até 36 por cento, de acordo com o analista Mark Moskowitz, do JP Morgan.