Correria nos aeroportos, passageiros do eixo Rio-Tóquio reclamando de malas extraviadas, salas de embarques lotadas e você sonhando em ter o seu próprio jatinho particular.
E com pouco tempo em ação a companhia só tem motivos para comemorar, pois sua primeira investida no mercado aéreo decolou com o Honda Jet já que a lista de pedidos só aumenta desde que o modelo foi lançado na NBAA (convenção de aviação executiva nos Estados Unidos).
O Jatinho
O Honda Jet comporta até dois tripulantes e seis milionários passageiros. As turbinas, também produzidas pela própria Honda, são projetadas na superfície superior da asa principal resultando no ganho de 30% de espaço no interior da cabine excluindo a necessidade de instalações estruturais da turbina na fuselagem reduzindo o arrasto a altas velocidades e aumentando a eficiência da aeronave.
O modelo tem autonomia para trafegar por 3540 km (1180 nm), atinge altitude máxima de 43.000 pés e velocidade de cruzeiro de 420 nós. Além disso, o seu design e aerodinâmica avançada contribuem para redução do consumo de combustível, pois seu bico cria um fluxo laminar de ar, que em combinação com o motor, resulta em uma economia de até 40% em comparação com outros jatos do mesmo grupo.
Os japas não brincam mesmo em serviço, a fuselagem é feita em compósito de carbono e as asas são construídas com painéis inteiriços de alumínio deixando sua superfície mais lisa e mais eficiente. O HondaJet está equipado com duas turbinas a jacto (turbofan) GE Honda HF120 de elevada eficiência.
O painel de controle possui um layout inovador a base de vidro, o mais avançado painel de comando de vôo disponível, com modernas funcionalidades integradas em termos de instrumentos eletrônicos aéreos, apresentando telas com capacidade MFD, informação meteorológica por satélite, sinóptica por gráficos, áudio digital, e sistema de Visão Sintética opcional.
No seu interior, encontramos bancos confortáveis de couro e vários acessórios que tornam o percurso bem confortável. Como o foco é o público executivo, o interior poderá se transformar tranquilamente numa pequena sala de reunião ou lounge para tomar um whisky e bater um papo descontraído. Com este lançamento a Honda pretende causar uma turbulência no mercado, pois um dos fatores que explica o sucesso do seu Jet é o preço acessível, cerca de US$ 4 milhões, que por sinal, é uma pechincha comparado ao modelo Gulfstream G550, um dos mais vendidos e modernos do momento, que chega a custar quase US$ 60 milhões. Assim acredita-se que a Honda dará asas a um novo segmento: o avião comercial “popular”.
(Michimasa Fujino, Presidente e CEO da Honda Aircraft Company)