Para o ator Gustavo Vaz o teatro sempre foi sua casa, mas nem por isso deixou de apostar em novos projetos e vislumbrar novos horizontes além dos palcos. Prova disso tem sido esse momento onde ele está para estrear para o grande público com a séria “Aruanas” (Globo). Para muitos Gustavo pode ser até um rosto novo na TV, mas muita gente já conhece ele de trabalhos como a série “Os Homens são de Marte” (GNT) ou “Coisa Mais Linda” (Netflix), que em breve lança sua segunda temporada, ou mesmo no próprio teatro com a premiada peça “Tom na Fazenda”, ao lado do seu amigo e sócio Armando Babaioff. Mas independentemente de onde esteja e de personagem faça o importante é se sentir realizado. “Manter com qualidade essa dinâmica na minha vida já é suficiente pra que eu me considere uma pessoa feliz profissionalmente”, comenta Gustavo durante a entrevista para MENSCH.
Gustavo, com tantos trabalhos no teatro é possível dizer que agora que a TV está descobrindo você? Eu diria que estamos nos descobrindo, mutuamente. Minha carreira foi construída sobre os palcos e eu tenho muito orgulho disso. Entendi, com o tempo, que essencialmente, sou um ator de teatro. E isso, por si só, já carrega muito significado e riqueza. No entanto, tanto a TV como também o cinema tem me chamado com frequência ultimamente, e esse encontro tem sido sempre muito instigante e prazeroso. A cada novo trabalho, a certeza de querer transitar cada vez mais por essas linguagens só aumenta. Tive a sorte de receber convites incríveis nos últimos anos, de poder experimentar personagens muito diferentes em cada projeto e de conhecer pessoas e profissionais que há muito admiro. Esses trabalhos têm me trazido cada vez mais carinho do público e essa sensação de chegar em muitos lugares e pessoas simultaneamente é sensacional. Na minha vida, tudo sempre aconteceu na hora certa e não está sendo diferente nesse caso. Estou animadíssimo com os novos desafios que estão por vir nessas linguagens. Quero também, em breve, começar criar e produzir meus próprios projetos para esses formatos. Tenho muito a fazer ainda.
Na TV você já participou de “Os Homens São de Marte” (GNT), “Coisa Mais Linda” (Netflix) e “Aruanas” (Globo). Três trabalhos bem diferentes entre si com personagens bem distintos. Como cada um te tocou? O Augusto de “Coisa Mais Linda” foi meu primeiro papel importante numa série, e já de cara numa plataforma gigantesca como a Netflix. Me lembro que fui fazer o teste para um outro papel, e acabei, em cima da hora, recebendo o texto do Augusto. Fiz o teste com a Fernanda Vasconcelos e com o Hugo Prata, um dos diretores da primeira temporada. Foi bonito. Saí de lá sabendo que poderia acontecer, e no fim, deu tudo certo. O processo de filmagem da primeira temporada foi um misto de muita coisa, momentos muito bons e outros de dificuldade, com a nova linguagem, com a câmera; eu me cobrava demais. Foi importantíssimo passar por tudo isso. Assim, o Augusto, para além da possibilidade que me deu de olhar para o machismo que habita em mim, de estudar historicamente os lugares impostos pelo patriarcado às mulheres na sociedade brasileira, foi um personagem divisor de águas na minha carreira. A partir dele, esbarrei nas minhas dificuldades e medos, e ao mesmo tempo nas minhas potências, como homem e como ator. Tive, pela primeira vez, mais tempo para desenvolver um personagem. Foi, e é até hoje, muito especial pra mim.
Na segunda temporada, ainda inédita, o trabalho fluiu de outra forma, mais consciente, e acho que o resultado é que o Augusto de agora tem camadas mais profundas e um contorno mais claro do que o de antes. Estou bem feliz com o que fizemos. “Aruanas” surgiu logo depois de “Coisa Mais Linda”. Estava terminando a série na Netflix e comecei, simultaneamente, a gravar a série da Globo. O Gregory pegou o final do processo com o Augusto, então, tem muito desse momento de transição minha como ator espalhada pelos dois personagens. Apesar disso, são personagens que ocupam lugares opostos. O Augusto é o vilão da série e o Gregory é um dos mocinhos da trama. Foi ótimo trabalhar, em tão pouco tempo, nessas duas temperaturas distintas. Tive muito pouco tempo pra me preparar pra esse novo trabalho. Soube no sábado que faria a série e na terça estava no meio da floresta Amazônica gravando. Passei quase um mês em Manaus e essa imersão foi muito impactante. A floresta te obriga a atuar junto com ela; é uma força impressionante. Acho “Aruanas” uma série muito forte e importantíssima de ser assistida neste momento. Tenho muito orgulho em fazer parte dessa história. Um pouco depois surgiu “Os Homens São de Marte”. Veio o Léo, par romântico da Fernanda, personagem da Mônica Martelli, na nova temporada. Um galã, diferente do Augusto e do Gregory. Tive a chance de fazer uma série mais leve, e acho que esse foi o trabalho onde eu realmente comecei a relaxar e a curtir um set de filmagem. Sempre voltava pra casa feliz, independentemente de qualquer coisa. Esse desprendimento é fundamental pra gente se divertir e ser criativo durante uma gravação. Acho que cada um dos personagens, além de me possibilitarem transitar por lugares de atuação bem diferentes, me trouxeram um grande aprendizado profissional. Sou muito grato por todos eles.
Deu um gostinho de fazer mais TV? Era um caminho desejado também? Se puder, não quero nunca mais parar de fazer. De verdade. Estou encantando com a linguagem e com os desafios de atuação que ela traz. Mas, no fundo, nunca foi algo que pautou minhas escolhas como ator. Sempre acreditei que se trabalhasse com dedicação, respeito ao público e a profissão, as coisas aconteceriam naturalmente também nessa direção. Ainda assim, não estou contratado por nenhuma emissora e continuo trabalhando como sempre: dedicação diária, estudo, criação e produção de projetos autorais, paciência nos momentos ruins, pés no chão nos momentos de bonança e muito teatro, sempre. Manter com qualidade essa dinâmica na minha vida já é suficiente pra que eu me considere uma pessoa feliz profissionalmente. Pra mim, é fundamental cuidar desse lugar onde eu posso, de alguma forma, escolher com liberdade meus trabalhos e não depender de ninguém pra fazer o que amo. O que vem a partir da conquista e do estabelecimento desse espaço é lucro.
Agora o grande público vai conhecer melhor seu trabalho com a estreia de “Aruanas” na Globo. Qual sua expectativa? Tento sempre ter o mínimo possível. Penso que criar expectativa é quase sempre muito ruim. Você perde a abertura pra apreciar o que o trabalho realmente é, como ele está verdadeiramente sendo recebido e que lugares ele efetivamente alcançou. Criar expectativa é ficar cego para o que é, para o que está. É não estar presente, inteiro, quando a coisa em si acontece. É claro que é difícil não esperar algo ao lançar um novo projeto. Afinal, você colocou o melhor que podia no trabalho naquele momento e fica curioso. Às vezes, os resultados não são os que você queria. Noutras você é surpreendido com uma repercussão positivíssima. Não dá pra saber. Então o melhor a fazer é deixar acontecer e depois selecionar o que te serve pra crescer na vida e na profissão. Pessoalmente, gosto muito da série. A meu ver, é um encontro positivo entre um roteiro ágil, um elenco afiado e uma fotografia muito bonita. Quanto ao Gregory, acho que ele tem momentos muito especiais na trama e foi um grande prazer contribuir com esse trabalho.
Não tem como fugir, a projeção da TV é algo necessário para o ator? Necessário para alcançar felicidade? Depende. Pra ter estabilidade financeira? Ajuda muito, mas não é o único caminho. Para conquistar algum espaço definitivo no mercado? Não há garantia nenhuma disso. Cada caso é um caso e cada trajetória é muito particular. Não existe fórmula mágica ou regra pro ator se sentir feliz e realizado na profissão. Pra mim é algo que quero continuar fazendo, como já disse. Tenho gostado do desafio de estar nos sets num outro ritmo de produção de conteúdo. A projeção a nível nacional que a TV traz é algo inerente a essa linguagem. Não há como escapar. Mas não necessariamente é algo que o ator precisa para trabalhar constantemente, estar em bons projetos e ser reconhecido e respeitado na profissão.
O que podemos esperar de Gregory, seu personagem em “Aruanas”? Posso contar um pouco sobre ele aqui. Meu personagem é um defensor da vida, sob todos os aspectos. Gregory é um antropólogo ligado à causa indígena e ativista de uma ONG internacional que se une às personagens da Leandra Leal, Taís Araújo e Débora Falabella na luta da ONG Aruanas contra uma mineradora ilegal na Amazônia. É quem, em alguns momentos de tensão, se mostra um negociador, um homem do diálogo, pacifista, que acredita na diplomacia para resolver divergências. Gregory é um contraponto importante em relação ao pensamento vigente no Brasil, que parece, em muitos casos, querer ratificar a violência como a única saída para os embates e diferenças que se apresentam.
No teatro o sucesso de “Tom na Fazenda”, ao lado de Armando Babaioff, trouxe o reconhecimento da crítica e vários prêmios. Esperavam por isso? Não. Só queríamos trabalhar, estar juntos, falar sobre algo relevante e fazer o melhor que podíamos. O que veio, depois da estreia, foi absolutamente inesperado. Sabíamos que tínhamos algo especial nas mãos, desde a primeira leitura. Mas não tínhamos nenhuma certeza de como seria a trajetória da peça. Nunca se sabe realmente. Tom na Fazenda é um espetáculo raro, daqueles que acontecem poucas vezes – ou às vezes nenhuma – na carreira de um ator. Nunca achei que viveria isso, dessa forma.
Como foi para você receber os prêmios Shell 2018 e o Cesgranrio 2018 de Melhor Ator? Prêmios assim servem para impulsionar a carreira, massagear o ego ou facilitar novos projetos? Depois de algum tempo em temporada, eu sabia que tinha nas mãos um personagem muito forte. Tenho clareza de que teatro é sempre coletivo, e se não fosse pelo Rodrigo que dirigiu a peça, pela ficha técnica e produção, pelo Michel Marc que escreveu o texto, pela Camila e Kelzy, minhas amigas e parceiras de cena, e principalmente pelo Baba, que idealiza o projeto e que interpreta o Tom, se não fossem exatamente essas pessoas, eu não teria construído o Francis que construí. Ao mesmo tempo, sei que trabalhei muito pra forjar as camadas do personagem, o seu universo emocional e sua lógica de pensamento. Ter sido indicado já era, honestamente, um prêmio. Estava ao lado de grandes artistas. Ganhar são outros quinhentos, e não há muito como explicar porque acontece. Os jurados acharam que eu merecia, e eu, claro, recebi com muita alegria as honrarias que me concederam. Acho que os prêmios servem pra muitas coisas, boas e ruins. Na verdade, o prêmio não faz nada com você, o importante é o que você faz com si próprio quando recebe um prêmio. Você pode achar que chegou lá e esperar os convites chegarem – e não é assim que funciona. Você pode se vangloriar nas mesas de bar – o que não muda nada nem na sua vida nem na de quem escuta. Ou você pode colocá-los com carinho numa estante, feliz por ter sido reconhecido pelos seus pares e lembrar orgulhoso desse momento bonito da sua trajetória. Depois disso, continuar trabalhando e seguir em frente.
Ao lado de Babaioff vocês são sócios da ABGV Produções. Como surgiu essa parceria, sociedade e amizade? O que veio primeiro? Nos conhecemos na Martins Penna, a mais antiga escola de teatro da América Latina. Baba já estava lá, eu cheguei depois. Descobrimos que éramos vizinhos de rua, arianos do mês de abril e que nosso telefone fixo era quase o mesmo. Era muita coincidência pra não sermos amigos. A partir daí, nos tornamos grandes irmãos, em 2008 abrimos a ABGV Produções, e em 2009 estreamos nosso primeiro projeto, Na “Solidão dos Campos de Algodão”, com direção do Caco Ciocler. Queríamos fazer algo juntos, pra dois atores, e então chegamos no texto do Koltès. Depois disso foram mais algumas produções até chegarmos em “Tom na Fazenda”.
Falando em parcerias, como foi trabalhar ao lado de Mônica Martelli por alguns episódios em “Os Homens são de Marte”? Foi uma alegria. Nessa última temporada da série eu faço o Léo, par romântico da Fernanda e o personagem que dividia com ela os principais conflitos da trama. Apesar da série ter a comédia com um dos seus fios condutores, também havia espaço pros dramas íntimos do casal. A parceria com a Susana, diretora do projeto, e com a Mônica foi muito importante pro sucesso do personagem com o público. Sou muito grato a elas pelo convite.
A série traz muito do olhar feminino sobre as relações homem x mulher mas muitos homens se identificam com as situações. Houve alguma identificação pessoal em alguma das situações na série? Acho que homens e mulheres tem uma relação completamente diferente com a existência. Mulheres normalmente são mais sensíveis, inteligentes e empáticas que os homens. O Léo, em alguns momentos, se sentia perdido diante da Fernanda, assim como eu também me sinto perdido às vezes quando vislumbro esse universo plural, rico e bonito que a mulher carrega. Não é possível acessar por completo o que é ser mulher. É grande demais pra nós, normalmente egóicos e frágeis, homens moldados na sociedade patriarcal. Ficamos pra trás na evolução da espécie. Já passou a hora de ouvirmos as mulheres, sem interrompê-las, pra entendermos que caminho devemos seguir, juntos.
Em “Coisa Mais Linda”, seu personagem Augusto era um cara extremamente machista. Identifica muitos Augustos ao seu redor? Ou o homem tem mudado mesmo que à força? O machismo é estrutural e está em todos nós. Pra essa segunda temporada, decidi ir ao núcleo de masculinidades do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, em São Paulo. Lá, tive contato com homens que, condenados pela Lei Maria da Penha, fazem um trabalho de reconstrução de si próprios onde o foco é perceber a toxidade dos seus atos, as consequências do que fizeram, buscando identificar, entender e combater os padrões machistas que repetem diariamente, às vezes sem consciência. Ouvi de um dos coordenadores a frase “o que nos diferencia deles é um Boletim de Ocorrência”. Só fui capturar o significado da frase durante a reunião com os homens, ao perceber meus pensamentos machistas aflorando ao ouvi-los. E compreender isso, me assustou. Porque, de alguma forma, havia nessa constatação uma espécie de identificação com o que era dito.
Trago aqui um pensamento dividido com o Rodrigo, quando ensaiávamos Tom na Fazenda, para explicar meu ponto. Queríamos que o público, em algum momento, se identificasse com o Francis, que é um personagem homofóbico e violento. Identificar-se com o vilão, com quem abominamos, é um movimento assustador pois, quando isso acontece, revela-se que talvez não estejamos tão distantes daquele que execramos. E em todas as noites grande parte do público ri, se diverte com as piadas homofóbicas, machistas e grosseiras do Francis. A risada, na peça, é a prova da identificação e da concordância do público com a lógica do agressor. Somos um país machista, elegemos políticos machistas e preconceituosos na última eleição. Somos governados por homens violentos. E o homem violento é aquele que reage porque tem medo de ter sua masculinidade destruída. O homem violento é no fundo um covarde, um medroso, que depende da manutenção, a qualquer custo, do machismo que carrega pra existir. Ainda há um longo caminho para uma mudança profunda na sociedade.
Por falar na série, você filmou recentemente a 2a temporada. Esperava voltar numa 2a temporada? Esse trabalho te surpreendeu em que? A primeira temporada termina com um gancho ótimo para a segunda. Imaginei que não iriam desperdiçar tudo o que construíram para o Augusto na série. Fazer uma segunda temporada trouxe, a todos nós, elenco, direção e equipe, a confiança necessária pra ousar ainda mais na construção das cenas, pois estávamos num terreno já conhecido. Acho que isso vai ficar claro na próxima temporada. Os personagens estão ainda mais potentes, mais vibrantes e a trama é bastante relevante.
Representar homens idealistas, machistas, livres… É um exercício eterno de troca com os personagens e de certa forma uma análise do papel do homem. Como isso mexe com você? Me toca profundamente. Ser ator é estar aberto ao outro, seja o próprio personagem ou com quem se contracena. E estar aberto possibilita transformação, naturalmente. Para cada papel que faço preciso escarafunchar minhas dificuldades, medos, potências, preconceitos, facilidades, tudo para entender o que aquele personagem e aquela obra pedem de mim. Nesse processo, me encontro o tempo inteiro, me questiono, me deparo com coisas que não gosto em mim e com características das quais me orgulho. O que sobra depois disso tudo é sempre um novo homem, um novo ator.
Além de ator, locutor e diretor. Isso te dá uma visão ampla do seu universo. Onde e como começaram essas descobertas de vocação? E dramaturgo! Tudo surgiu por necessidade, ou de trabalhar ou de me expressar. A locução veio junto com a publicidade. Durante um período da minha carreira, trabalhei como ator em comerciais, e a locução veio junto. Gosto de fazer, hoje integro o Clube da Voz em São Paulo, que reúne os melhores locutores do país. Dirigir e escrever surgiram a partir da criação da “ExCompanhia” de Teatro, que já tem 8 anos de estrada. É o espaço que criei para me desafiar artisticamente sem amarras e experimentar novas linguagens e funções, como a de escrever, por exemplo, com total liberdade. É pra lá que eu sempre volto, pra lembrar de quem eu sou. Temos uma trajetória muito bonita, já tendo nos apresentados em grandes centros e Festivais do país, bem como no exterior, como na Alemanha, Portugal e Montenegro. Só pra terem uma ideia dos formatos que exploramos, já fizemos uma peça que durava um mês, misturando Facebook e personagens ficcionais, em encontros virtuais e presencias com o público. Num outro, o público seguia um ator invisível em áudio 3D pelas ruas da cidade, tendo a sensação de que alguém realmente caminhava ao seu lado durante a experiência. Temos também uma série num aplicativo, onde o público se torna o personagem principal de uma trama de suspense em áudio binaural. Deixo aqui um convite: sempre que ouvirem falar de um novo projeto da “ExCompanhia” de Teatro, procurem saber!
Em tempos de quarentena como tem usado o tempo? Assistindo filmes, meditando, criando novos projetos, escrevendo, bebendo vinho, batendo panela contra o Bolsonaro na janela, me perguntando onde está a Regina Duarte – nossa secretária de Cultura – e lutando contra o fascismo, do jeito que for possível.
E para relaxar e se inspirar, o que curte dentro e fora de casa? Tocar violão, meditar, ir a exposições, correr, sair pra jantar, ler, assistir filmes, séries e documentários.
Qual a maior vaidade do ator? A necessidade de ter o ego estimulado constantemente. É terrível quando nos perdemos nisso.
O namoro com Debora Falabella fez descobrir que… Tudo está bem.
Qual seu maior pecado? Não acredito nisso. Mas se acreditasse… diria que o de hoje seria usar a última pergunta dessa entrevista pra falar de outra coisa, como por exemplo, meus próximos trabalhos. Além da segunda temporada de “Coisa Mais Linda”, na Netflix e de “Aruanas” que estreia dia 28 de abril na Globo, estou no elenco de dois filmes que serão lançados em breve. “Depois a Louca sou Eu”, com direção da Julia Rezende, e “O Jardim Secreto de Mariana, do Sergio Rezende, onde faço meu primeiro protagonista no cinema. E usaria também esse espaço para pedir às pessoas que tenham fé, mas que sempre busquem respostas na ciência. Que fiquem em casa, se puderem. Que se precisarem sair, usem máscaras. Que, se puderem, ajudem os que precisam de amparo neste momento e depois dele. E que lutem contra o fascismo, todos os dias, da maneira que puderem.