Você encontra um cara que lhe faz tremer as pernas, acelerar seu coração e ter borboletas no estômago. Como não poderia deixar de ser, você se entrega a paixão.
O cara tem a maior pinta de modernoso. É inteligente, Phd, Doutor, Mestre e não-sei-o-que-mais, publicou livros, tem idéias super interessantes sobre o céu, a terra, a água e o mar. Conhece grandes teóricos, conversa com segurança sobre vários assuntos e claro, é um gentleman que abre a porta do carro, puxa a cadeira e elogia seu dresscode.
A paixão se une a admiração e vira amor.
Você casa com ele e passam a construir sonhos juntos e por um bom tempo a vida é perfeita até que ele começa a criar uma dependência de você, te sufocar e te fazer mais mãe dele do que esposa. Tudo vira responsabilidade sua, ele é incapaz de se mover do sofá e enquanto você se mata de trabalhar, fica num corre-corre, ele se acomoda e se contenta com o que tem mesmo sendo capaz de muito, mas muito mais. Aí acontece o óbvio: a admiração se esvai, o amor acaba e você se pega na terapia pra tentar reverter a história. Nada acontece. Ele não se move, acha que tudo vai passar se vocês fizerem uma viagem, ele promete mudar, ser o cara de antes…você até dá essa chance (e mais algumas outras) para os dois mas nada muda e aí você diz: acabou.
O que se espera do cara descrito lá no comecinho do texto? Maturidade pra encarar o término de uma relação que ele não ajudou a manter. Se espera, mas não se tem.
Por que? Porque aquele cara altamente politizado, intelectual, PhD e a “porra toda” é na verdade um homem de Neandertal, um ser pré-histórico, que ao perder a “caça” perde também a noção e o bom senso e age como um ser irracional, vingativo e baixo. Vira um fofoqueiro de marca maior, posa como vítima e acha coitado, que tirando de você bens materiais (que vocês construíram) vai fazer você voltar pra ele. Fala sério! Alô, século XXI meu bem!
E aí, você até tem pena desse ser irracional de Lattes recheado, mas parte pra outra porque tem sons que você prefere mais a rugidos de Uga, Uga!