FOTOGRAFIA: COMO SERIA O MUNDO SEM NÓS? PERGUNTA AO FOTÓGRAFO ROMAIN VEILLON

Os filmes pós-apocalípticos e a crescente popularidade da exploração urbana servem de referência desse mundo sem nós. Essa é uma questão que fascina os seres humanos modernos acima de todas as outras e sempre fica uma pergunta no ar: como seria a Terra se sumíssemos de repente? Pensando nisso, o fotógrafo francês Romain Veillon lançou seu novo livro, intitulado ‘Green Urbex‘. Veillon  dedica-se há 20 anos a captar a beleza de lugares abandonados. Lá o fotógrafo mostra como seria esta realidade com mais de 200 fotos de lugares abandonados em todo o mundo. Não existe montagem, são fotos de lugares e ambientes reais totalmente abandonados e invadidos pela natureza.

As fotos mostram como edifícios e outras infraestruturas feitas pelo homem se degradam e apodrecem, antes de eventualmente retornar à natureza. Para refletir sobre esse processo gradual, o livro é dividido em três partes. A primeira seção mostra o abandono inicial, os lugares estão vazios, mas permanecem mais ou menos intactos. Na segunda parte, a humanidade se foi há muito e os edifícios se tornam mais dilapidados. Finalmente, Veillon mostra a natureza assumindo o controle de um mundo cheio de ruínas e vegetação. O texto que acompanha cada parte do livro para descrever o que seria do mundo ‘sem nós’ usando os estudos mais recentes.

“Você encontrará todos os tipos de lugares abandonados: casas, castelos, palácios, igrejas, fábricas, parques de diversões, hospitais, ferrovias, estufas, escolas’, diz Veillon sobre seu novo livro. ‘Você vai encontrar as histórias de treze lugares particulares onde há um foco especial com a história e todos os fatos interessantes sobre ela. Por exemplo, o parque de diversões ‘nara Dreamland’ no Japão, que foi criado para se parecer com o Disneyworld (o mesmo castelo, fonte ou vila das princesas) porque o proprietário se apaixonou pelo parque original durante uma viagem aos EUA, mas não teve autorização para construir e operar a Disneylândia japonesa”, conta o fotógrafo, em entrevista à Condé Nast Traveller espanhola.