NEGÓCIOS: AS CINCO CARACTERÍSTICAS DOS LÍDERES DO FUTURO

O mundo e a tecnologia mudam rapidamente. O celular, por exemplo, chegou ao Brasil em 1990 e 30 anos depois o país tem mais aparelhos do que habitantes – são 234 milhões de smartphones para 214,6 milhões de brasileiros. As pessoas e as empresas se adaptaram rapidamente a esta tecnologia e é, de fato, isto que deve ocorrer com as inovações tecnológicas que surgem a cada dia. É imperativo que organizações estejam a par das novidades e para isso demandam um líder visionário, que as guiará para o desenvolvimento.

Mas quais são as características ideais dos líderes ou CEOs das empresas do futuro? Muitas diretorias e conselhos já têm em mente o que desejam para esta posição, porém, com as mudanças no mercado e avanço da tecnologia, outras habilidades e qualidades são necessárias. Buscar o mesmo perfil de anos atrás pode limitar a empresa e acarretar na perda de oportunidades. Pensando nisso, é possível mapear cinco características a serem buscadas, baseadas em um artigo da Marshal Goldsmith Stakeholder Centered Coaching

1 – MENTALIDADE GLOBAL

O termo “globalização” começou a ser usado em meados de 1980 e se antes era possível que empresas focassem apenas na região ou no país em que estão instalados, hoje não há cercas. Pouco mais de 40 anos depois, os negócios estão cada vez mais globais e é comum que compradores ou fornecedores estejam muito além das fronteiras territoriais. A mentalidade dos líderes ou CEOs deve acompanhar os novos tempos. Cada vez mais será exigido dos futuros líderes experiências internacionais, vivências que serão importantes para entender como funciona o comércio entre vários países e podem ajudar as organizações a obterem vantagem competitiva. 

2 – COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE

Quando falamos apenas no Brasil já nos deparamos com uma imensa variedade cultural interna. Imagine, então, quantas diferenças encontramos quando falamos em diversas nacionalidades? É importante ter em mente que estratégias motivacionais que funcionam em uma cultura podem ser ofensivas em outra. Há pessoas com origens diferentes, culturas, religiões e hábitos diversos dos nossos. Ao tempo que alguns adotam um ambiente de trabalho mais informal, outras preferem a formalidade e o tratamento de superiores pelo sobrenome. Os líderes de amanhã serão pessoas empáticas, com capacidade de compreender, apreciar e motivar colegas que vêm de origens diversas – e serão muito valorizados por isso. 

3 – APROVEITAR AS NOVAS TECNOLOGIAS

Entender de tecnologia é vital. Durante a pandemia, foi possível observar que as pessoas que dominavam as tecnologias do mundo virtual se sobressaíram no ambiente corporativo. Compreender as inovações e avanços tecnológicos se tornará uma expertise cada vez mais necessária e esperada dos futuros líderes. Quanto mais jovem for a liderança, mais deste conhecimento será cobrado. O líder avaliará as novidades do mercado e saberá quais irão agregar na rotina da empresa. 

4 – SABER TRABALHAR COM PARCERIAS 

Firmar parcerias é essencial para o futuro. Organizações que raramente colaboravam com outras no passado tiveram que repensar suas atitudes a partir da globalização. Se torna cada vez mais imprescindível a capacidade de negociar de um líder, num momento em que muitas empresas se reestruturam para se tornarem mais competitivas e também enxugam os quadros para terceirizar atividades não essenciais. As relações se tornam complexas e é preciso ter habilidade para gerenciar redes de relacionamentos. Hoje, os papéis de cada organização não têm uma delimitação tão clara. Uma mesma empresa pode atuar em vários segmentos, podendo ser ao mesmo tempo cliente, fornecedor, parceiro ou concorrente. 

5 – SER OUVINTE No futuro, não apenas as chefias serão diferentes, mas também os funcionários. As relações no ambiente corporativo serão mais espontâneas e menos hierarquizadas. Por isso, é preciso um líder que tenha perfil menos rígido e autoritário e saiba conduzir os funcionários criando alianças, escutando sugestões e entendendo seus problemas.