Marcos Veras é aquele tipo de cara que já é de casa. Entra aqui, pega algo pra beber, fala o que quer, escolhe a própria capa… (risos) Essa é a quinta capa de Veras conosco e o papo sempre flui como se fosse a primeira vez. Ele foi nossa capa pela 1ª vez em 2014, depois veio uma capa impressa em 2015 e daí em diante não paramos mais. Irreverente, divertido, criativo… Onde tem Veras, tá valendo assistir. Seja na TV, cinema ou teatro, que por sinal ele atualmente está/estará em tudo que é lugar. Inclusive invadindo sua casa, quer dizer, a do BBB, semanalmente para bagunçar ainda mais o coreto. Veras é isso, papo bom e bons momentos juntos. Assim como ele mesmo adora e comenta nesta entrevista exclusiva para a MENSCH.
Veras, você começou o ano ligado no 220w com participações na TV, cinema e teatro. É isso que te move a querer mais e mais desafios? Sem dúvidas! Meu trabalho é meu combustível, me alimenta, me desafia e me faz muito feliz.
O quadro semanal “Vamo invadir sua casa”, no BBB 24 caiu no gosto do público e se tornou um dos melhores momentos desta edição. Como foi montar e como é colocar em prática? O quanto tem de roteiro a seguir e o quanto tem de espontaneidade sua? Colocar em prática toda semana é um desafio, uma operação difícil porque tem que deslocar os participantes pra outra área da casa, temos aproximadamente 40 minutos pra gravar com o convidado, então tem que ser praticamente de uma vez só, quase um plano sequência. Temos um texto escrito pelos nossos redatores, mas colaboro com mudanças em cima da hora, com improviso durante o quadro, opino, mudo, e claro com o que cada convidado oferece ali na hora de forma espontânea. Eles não tem texto ou roteiro. É uma visita livre leve e solta, e que resulta em diversão e bagunça. Eu adoro fazer.
Você tem poder de escolha em quem vai visitar a casa? E quem você gostaria que visitasse a casa ainda? Eu opino sim, mas não decido. Existe uma lista e a gente vai trabalhando em cima dela conforme a agenda do convidado. Eu gostaria muito de levar um anônimo pra casa, sabe?! Alguém muito fã de BBB, alguém que tenta entrar todos os anos por exemplo. Quem sabe né?!
Você já se imaginou confinado num reality deste tipo? Olha… Nunca diga nunca, mas não é algo que imaginei. Não sei se eu seria um bom participante de reality. Adoro minha privacidade, conforto. E odeio treta.
Enquanto isso vem a série “Turma da Mônica: Origens”, do Globoplay, onde você interpreta o gerente do Limoeiro Palace Hotel. Como foi participar e o que podemos esperar desse novo trabalho? Uma emoção! Fazer parte de uma obra de Maurício de Sousa é uma realização. O universo da Mônica e sua turma fazem parte do imaginário de muitos de nós. Eu me diverti demais. Essa segunda temporada é inédita e mostra muita coisa que a gente tinha curiosidade de saber. E tô ansioso pro meu filho assistir.
Trabalhar para o público infanto-juvenil é algo inédito para você? Que desafios traz? Eu adoro! Acho que deveríamos fazer mais, produzir mais pra crianças. São eles o público do futuro. Fiz muito teatro infantil no início da carreira e depois de muito tempo volto a esse universo agora com Turma da Mônica.
E nos palcos… Vem aí o musical “Alguma Coisa Podre”, espetáculo mais premiado de 2023, que vai estrear no dia 5 de abril no teatro Casa Grande, no Leblon. Como é reestrear um espetáculo de sucesso consagrado? A cobrança é maior? Ah! Esse espetáculo é um deleite pra gente que faz e pra quem assiste. É engraçado, irônico, anárquico. Uma grande homenagem aos musicais. Costumo dizer que é pra quem gosta do estilo musical, mas também pra quem não gosta. Os cariocas do elenco já estavam ansiosos pra fazer aqui no Rio e agora chegou o momento. Estamos felizes com os prêmios, críticas e expectativas pra essa nova temporada. E no dia 11 de maio voltamos para São Paulo pra mais apresentações.
Na história você interpreta um produtor de teatro que tenta emplacar um espetáculo junto ao irmão, Nigel, papel de Leo Bahia. Algo em comum com o personagem ou mera coincidência? Super me identifico nesse lugar da paixão pela profissão e pela pró atividade nela. Acredito no artista que produz, que se produz, inventa, idealiza e realiza um projeto. Sempre fui assim!
E para celebrar seus 24 anos de carreira você irá rodar os palcos de Minas Gerais e São Paulo com o monólogo “Vocês Foram Maravilhosos”. Como é celebrar essa trajetória com um espetáculo que diz tanto sobre você? Esse é meu atual xodó. Um espetáculo que revisita um pouco a minha história e a minha vida. Falo de artistas que foram inspiração, falo de pai, mãe, irmãos. Casamento, filho. Um show de humor e emoção democrático, onde as pessoas se identificam do início ao fim. Vamos fazer Ouro Preto e Itabira em MG e em agosto vamos fazer uma temporada inédita em São Paulo.
Incansável você ainda arrumou tempo para fazer cinema e em breve estará nas telonas com os filmes “Vudu Delivery”, de Alain Fresnot, e “Amor na Contramão”, que tem roteiro de Ana Reber, direção de Homero Olivetto. O que podemos esperar desses dois filmes? E como foi fazê-los? Vudu Delivery foi filmado em dezembro do ano passado no calor de São Paulo. E deve ser lançado no segundo semestre desse ano. É um filme ousado que faz uma análise bem humorada do mal. Onde as pessoas se vingam de outras por inveja, competição ou pura maldade. Há uma relação com o ódio praticado em alguns ambientes das redes sociais, das fakenews, IA. No filme os personagens criam uma empresa de vudu pra fazer o mal pra quem você deseja. Claro que tudo isso com humor, mas fazendo crítica sempre. No elenco além de mim, tem Natália Lage, Silvero Pereira, Giuliano Lafayette, Miguel Nader e Noemi Marinho.
Você parece ser um cara bem humorado. Dizem que o humor é afrodisíaco, isso é verdade (risos)? Não tenho dúvida (risos)… humor seduz, te capta, te prende, te solta. Humor é sexy.
O que te conquista na hora de relaxar e recarregar as baterias? Silêncio, vinho, uma boa companhia, um bom filme e papo.
Fotos Guto Costa
Produção executiva e styling Samantha Szczerb
Agradecimentos Plaxmetal, Amil Confecções, OTT