DESTINO: Las Vegas & Grand Canyon, a cidade que é uma festa e o monumento que é uma beleza.

Um Oasis no meio do deserto, Las Vegas já impressiona quem chega ao aeroporto. Depois de sobrevoar o deserto por horas surgem na janela do avião os extravagantes e bizarros prédios dos principais hotéis da cidade. De longe se avista uma pirâmide do Egito, a Torre Eiffel, o Skyline de Nova York e um castelo medieval lado a lado no famoso Las Vegas Strip.

Apesar de hoje ser uma cidade grande, Vegas ainda se resume para a maioria dos visitantes ao Las Vegas Strip: uma avenida com cerca de dois quilômetros onde se concentram os principais hotéis cassinos da cidade. Nem pense em ir a Vegas e não se hospedar em um deles! O barato da cidade é que hospedar-se em um desses hotéis e não custa caro.  Mais preocupados em lucrar com seus cassinos os grandes hotéis oferecem quartos luxuosos a preços bem modestos. A diária costuma variar entre USD 400 no maravilhoso Wynn, até USD 60 no esquisito Excalibur, que apesar de brega tem quartos confortáveis e uma bela piscina, além de proporcionar a experiência bizarra de hospedar-se em um castelo de conto de fadas com dragões, magos e Cavaleiros Medievais circulando pelos corredores.

Nessa viagem eu me hospedei no Venetian. Por USD 206 ganhei um quarto maior que o meu apartamento em São Paulo no trigésimo terceiro andar do prédio com vista para o deserto e o famoso Las Vegas Strip. Da recepção ao quarto foram quase 40 minutos caminhando por máquinas de caça níqueis, mesas de Poker, galerias enormes de shopping com canais e gôndolas que imitam Veneza. O exagero e a ostentação são marcas registradas de Las Vegas. Dentro desses hotéis gigantescos uma fauna de pessoas de todos os estilos e idades, caminha pelos cassinos, bares, lojas e boates gastando dinheiro, a maioria leva na mão uma Marguerita gigante ou um latão de cerveja, cena rara em outras cidades dos EUA.
Para entrar no espírito de Vegas a melhor pedida é abandonar o conceito normal de turismo e aproveitar o que a cidade tem de melhor: experiências inusitadas, ótimos restaurantes, excelentes shows, piscinas bem frequentadas, e uma vida noturna incrível. Portanto deixe pra lá o show das águas do Bellagio, a visita a Torre Eifel do Hotel Paris ou passeio de gôndola do Venetian, e comece com uma cerveja gelada na piscina do seu hotel. Cansado do sol do deserto a beira da piscina a grande pedida é fazer um passeio de helicóptero para o Grand Canyon. A Mavericks faz vôos diários regulares de hora em hora em aeronaves para até seis passageiros. A viagem até o Canyon dura 45 minutos e chegando lá o helicóptero pousa na beira do abismo onde você ficará por 30 minutos admirando a beleza incrível de um dos poucos lugares feitos pela natureza da região.

Se a sua paixão é carros saiba que em Vegas você pode alugar uma Ferrari ou fazer um curso de pilotagem de Nazca no autódromo da cidade. Aproveite também para consultar o concierge do seu hotel sobre os shows que estão em cartaz. O show “Ka” do Cirque du Soleil foi um dos mais impressionantes que eu já vi. Dizem que o “Ó” é ainda melhor. Outra dica importante é escolher bem onde você irá jantar. Vegas tem restaurantes excelentes para todos os bolsos. Quem tem de sobra para gastar pode ir ao Picasso que tem uma coleção de mais de 30 obras autenticas do pintor, os mais modestos podem curtir a variedade do buffet do Bellagio por pouco mais de USD 40 com tudo incluído, já os mais ecléticos podem provar os fantásticos pratos asiáticos do Jasmin. Opções não faltam e não há desculpas para uma refeição no McDonald’s além de ausência total de paladar.

Depois das dez da noite prepare-se para o melhor de Vegas. Capriche no visual e encare algumas das melhores casas noturnas do mundo. Nessa empreitada ajuda estar em um bom hotel. Hospedes tem preferência na fila e no acesso às casas noturnas. No Venetian tive o privilegio de conhecer a Lavo uma das mais badaladas do momento. No mesmo complexo fica a TAO que agrada o público na casa dos 20. Se quiser partir para outros hotéis peça ao seu concierge para colocar o seu nome na lista e tente chegar antes da meia noite.

O novo hotel Cosmopolitan tem excelentes opções. Não importa aonde você vá vale terminar a noite no mais tradicional after Hour de Vegas – o Drais. Localizado no complexo do antigo Hotel Flamingo o Drais abre as portas às 2 da manhã e só começa a lotar às 4 da manhã. Entrar aqui é sempre missão difícil. A fila é uma aglomeração de pessoas tentando chamar a atenção dos seguranças. Se estiver em um grupo de quatro ou mais pessoas vale comprar uma mesa. Se esse não for o caso prepare-se para oferecer uma contribuição pessoal ao segurança. A pedida em Vegas é curtir a noite como se não houvesse amanhã.

Texto: Fernando Russo
Fotos: Divulgação, Fernando Russo, Júlia Fraga
SERVIÇO:Maverick – 6075 Las Vegas Blvd S
Las Vegas, NV 89119, EUA
(702) 261-0007
Venetian Hotel – 3355 S Las Vegas Blvd
Las Vegas, NV 89109, USA
877-859-5095
Lavo – 3325 Las Vegas Blvd S # 1760
Las Vegas, NV 89109-1414, EUA
(702) 791-1800
Drais Afther Hour

3595 Las Vegas Blvd South

Las Vegas, NV 89109-8918, EUA 
(702) 737-0555
www.draishollywood.com
“Inicialmente tenho que informar que não sou muito chegada em fotografia, mas se tinha um lugar no mundo onde eu queria tirar uma foto, este lugar era o Grand Canyon. Tenho um amigo (ateu) que certa feita me disse que lá foi o lugar onde ele mais sentiu a presença de Deus. Lógico que fiquei curiosa, mas demorei muito a ir. Mais ainda para escrever esse texto.
Fui em novembro último, passei quase uma semana em Vegas (uma grata surpresa para mim, que não gosto de jogo, mas esta é outra historia). E lá ou eu andava de helicóptero ou meu filho nascia com hélice. Ainda no embarque em Recife, encontrei um primo que me aconselhou não ter muito apego ao dinheiro e fazer o passeio de helicóptero para o Grand Canyon.  Não vou negar, é caro! Mas vale cada cent!
A paisagem é deslumbrante, tudo é imenso e você realmente sente a presença de Deus por lá. Vendo de cima, como vi, você tem a exata dimensão do quanto é pequeno. O rio Colorado atravessa todo Grand Canyon e sua bacia hidrográfica é uma das mais bem aproveitadas do mundo. No tour aéreo sobrevoamos a Barragem de Hoover, perto de Las Vegas, considerada a maior dos EUA, que é usada para navegação e lazer, bem como controla o regime do rio e seus numerosos canais de irrigação e diques.
Quando o vôo termina vem a melhor parte, o Skywalk, uma passarela de vidro sobre o precipício que lhe dá a sensação de flutuar no abismo. Olhar para baixo não é muito recomendável. Descortina-se diante de você um mundo de pedras enormes, entrecortado por um dos mais longos rios do mundo, mas que, visto dali, parece um riacho.
Meu companheiro de viagem achou o tempo em terra curto. Eu não, mas eu num gosto de fotos lembram-se? Verdade seja dita, de carro, de helicóptero, de qualquer meio de transporte, o Grand Canyon é um passeio imperdível! Ah, já ia esquecendo: é claro que enjoei no vôo, mas isso também faz parte.”