A bicicleta existe há tempos. E há tempos ela vem sendo usada com meio de transporte por milhares de brasileiros. É parte da infância celebrar o dia em que se livra das duas rodinhas de apoio e sair pedalando livremente saboreando a conquista do equilíbrio! Nas academias ela também está no rol dos exercícios para ficar em forma e com a saúde em dia. Hoje com a preocupação ambiental, de trânsito caótico, de cuidar do corpo, mente e da vontade de viver mais a cidade onde se mora a bicicleta ganha cada vez mais status de necessidade básica. Então caro leitor, se você ainda não adquiriu este hábito maravilhoso de pedalar, leia nossa matéria e se anime para tal.
SAÚDE SOBRE DUAS RODAS
PARA O CORPO
Pedalar mexe com várias partes do corpo por isso os benefícios são múltiplos. Podemos começar com os benefícios para o coração, já que o ciclismo melhora as condições cardiovasculares uma vez que as contrações cardíacas se tornam mais eficazes levando o sangue ao cérebro mais rapidamente. E daí, além do coração a alma também se beneficia já que essa melhora cardíaca diminui a incidência de angústia, ansiedade e a temida depressão. Isso sem falar das chances de infarto, angina e outros tipos de ataques cardíacos que caem consideravelmente. Coração e mente em equilíbrio a imunidade se eleva e o corpo fica mais forte para combater infecções e bactérias.
Para quem anda com excesso de peso ou gordura saliente, a bike também é uma excelente aliada. Segundo pesquisas em uma hora de pedal chega-se a queimar até 700 calorias. Como não há impacto nas articulações, consegue-se pedalar mais tempo, sem sentir desconforto ou dor do que outros exercícios. Por isso é bastante comum que idosos e pessoas com algum problema de articulação sejam vistos mais nas bicicletas que na esteira ou transport por exemplo. Outro grande benefício é em relação à coordenação motora, já que para pedalar é preciso equilibrar movimentos de pernas e mãos.
A prática frequente leva a diminuição do colesterol total e LDL ( o colesterol ruim), além dos triglicerídeos. Outra vantagem é que com a diminuição da glicemia há um maior controle do diabetes. E para aqueles que querem ter corpo forte, mas não curtem passar horas na academia, a bicicleta também é aliada, principalmente no fortalecimento dos músculos das pernas, com foco nas panturrilhas, coxas e glúteos. Mas não fica só aí, ombros, costas, braços e peitoral também são estimulados.
PARA A MENTE
Por ser um veículo de transporte “aberto”, a bicicleta permite um maior contato com a natureza e com as pessoas. A sensação de liberdade, o perceber a cidade mais de perto e com outro olhar inspira uma calma e uma tranquilidade que fazem bem para o corpo e para a alma. O fato de ser por si só um exercício e trabalhar o corpo, o pedalar já libera hormônios que ajudam e promovem sensação de prazer e bem estar. Associado ao lazer então, permite um contato maior consigo mesmo deixando pra trás o corre-corre do dia-a-dia.
Segundo estudo da publicação Psychotherapy and Psychosomatics, divulgada em 2011, pedalar aumenta a disposição das pessoas em 20% e diminui a fadiga em 65%, ou seja, a bike manda sua preguiça para o ralo e te ajuda a vencer o cansaço. Além de que meu caro leitor, as mulheres andam buscando cada vez mais os caras com hábitos saudáveis, por tanto você tem mais chances de conquistar a gata bacana em uma bike do que num “Camaro amarelo” e acabar com o stress de estar sozinho. Fica a dica.
PARA O AMBIENTE
Quando você pedala não é só seu corpo que agradece, o meio ambiente também. Algumas contas feitas por ambientalistas e gente que entende do assunto mostra as diferenças em níveis de impacto ambiental entre a bicicleta e outros meios de transportes. Quando seu carro fica em casa, em um só dia (o que gera uma média de 30 km não rodados), 6 quilos de gás carbônico (gás poluente se mede em quilos) deixam de ser lançados na atmosfera ( média para quem vive nas grandes cidades). Fazendo as contas, se você mantém essa média durante um ano, são 2 toneladas a menos de gás carbônico no ar. Bacana, não?
E tem mais, como é menor e pesa bem menos que um carro, de 50 a 100 vezes menos, a bike consome menos metal, borracha e outros materiais poluentes, daí que ela é boa pro meio ambiente até na hora em que está sendo fabricada, além de ter uma vida útil muito longa, já que proprietários não trocam de modelo a cada ano e sim quando elas se desgastam realmente.
PROTEGENDO O CORPO
Você foi convencido que pedalar é uma boa pra sua saúde, pro meio ambiente e pro seu físico? Agora precisa saber sobre como pedalar sem causar nenhum dano a coluna ou outras partes do corpo.
Vamos começar pelos ajustes que você precisa fazer na sua bike para que ela fique adequada ao seu tamanho. Uma bicicleta mal ou não ajustada pode causar sobrecarga e gerar dores na coluna, joelho e pés, além de outros incômodos.
Selim – Selim muito baixo prejudica os joelhos, muito alto o tendão de Aquiles e o ciático. E como saber a altura certa?
As dicas variam:
– A sola do pé abaixo do calcanhar encosta levemente nos pedais com a perna totalmente esticada e relaxada;
– Montar na bike e pedalar ao contrário com os calcanhares apoiados. Se estivermos movimentando o quadril é sinal que o selim está alto, nesse caso devemos abaixá-lo até que o quadril se mantenha estável.
Quadro – Se você ajustou o Selim e ainda assim o quadril não estabilizou então o problema pode ser o quadro. Abaixo uma relação de medidas pra que você compre a bike certa pra você:
Guidão – o modelo em “U” é indicado para corrida e nesse caso para quem já está em um nível avançado de pedal. E ainda assim não deve ser usado com muita frequência porque pode prejudicar a postura. Um alerta é sobre a pressão que muitos fazem ao segurar o guidão. Deve-se segurá-lo de forma leve e não fazendo força.
– Bicicleta é veículo, precisa respeitar sinalização de trânsito: apesar da sinalização de trânsito no Brasil ser direcionada aos veículos automotores, a bicicleta também precisa seguir. O ciclista tem que parar no semáforo vermelho, respeitar a faixa de pedestres, bem como todas as outras sinalizações existentes.
Amsterdã (Holanda) – Considerada a capital das bicicletas. No país, existem cerca de 18 milhões de bikes para 16,5 milhões de habitantes. Ao todo, há 17.701 ciclovias e 64.336 vias, totalizando 29 mil quilômetros à disposição dos ciclistas holandeses.Acompanhe a MENSCH também pelo Instagram, Twitter e Facebook: RevMensch







