SEU CORPO: O HOMEM E O TESTOSTERONA

Como bem sabemos, a testosterona é um hormônio produzido principalmente pelos testículos. Nos adolescentes, está relacionada às características masculinas, como aumento dos órgãos sexuais, pelos faciais e corporais. Além disso, esta estimula a produção de espermatozoides, favorece a densidade óssea, atua na distribuição de gordura corporal, aumento da força, massa muscular, produção de glóbulos vermelhos e o aumento da libido. Com o passar dos anos o nível de testosterona vai diminuindo, levando a sintomas como diminuição da energia e vitalidade, falta de libido, dificuldade de ereção, fadiga intensa, dentre outros. Em muitos casos, alguns homens tem procurado a reposição hormonal e às vezes, sem acompanhamento médico.

“Ser homem culturalmente é sinônimo de vigor e virilidade. A falta de vigor, porém, pode ser um sinônimo de problemas de saúde”, conta Leandra Sá, farmacêutica da Farmacotécnica. E é aí que entra o tal hormônio masculino, o testosterona. “O hormônio masculino tem efeito sem igual em todo o corpo de um homem. Ele é produzida nos testículos e nas suprarenais e é para o homem, o que estrógeno é para mulher”, explica Leandra.

Estudos bioquímicos têm demonstrado que o avanço da idade acompanha a elevação sanguínea das enzimas aromatase e 5 alfaredutase, responsáveis pela metabolização dos nossos hormônios esteroides. Quanto à nossa testosterona pode sofrer ação desta aromatase, transformando-se em estradiol (hormônio de maior concentração na mulher), resultando no subproduto DHT (dihidrotestoterona), ou seja, testosterona inativa. À medicina que se almeja o antienvelhecimento tem-se demonstrado que o bloqueio dessas duas enzimas de forma comedida e acompanhada tem resultado um processo de rejuvenescimento, pois evita a sarcopenia (perda de massa muscular), bem como a rarefação capilar (calvície), propiciando um ambiente perfeito para ganhos de massa magra e redução de gordura abdominal.

PRODUÇÃO HORMONAL

“Nos homens, o pico da produção de testosterona acontece entre os 25 e 30 anos. A partir daí, ocorre uma diminuição gradual na produção desse hormônio. Além disso, obesidade, diabetes mellitus (diabetes por alto teor de glicose no sangue)e síndrome metabólica, aumentam o risco de deficiência de testosterona. Também existem fatores externos que podem estar relacionados a isso como o estresse e fatores nutricionais, deficiência de vitaminas, A, D e K2 e de sais minerais como o boro (elemento químico de símbolo B) magnésio, ferro e zinco. Alguns contaminantes externos podem afetar a produção desse hormônio, como bisfenol A e ftalatos (grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico) usados na fabricação de plásticos”, comenta Dr. Lucas Costa, médico da Medicina Integrativa.

Acontece que com o passar do tempo, o nível das enzimas aromatase aumenta no organismo humano favorecendo uma maior conversão do excesso de testosterona e estradiol, acarretando uma maior concentração de gordura abdominal (tendência natural nos homens) e o crescimento das glândulas mamárias (note que a maioria dos idosos possui ginecomastia, aumento e flacidez do peitoral).

Quem tem obesidade também apresenta um maior número de aromatase, causando-lhe diversos sintomas, desde os de caráter sexuais até queda de desempenho físico e mental, depressão, ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração, cansaço, isolamento social, baixa autoestima, queda de cabelo, além de osteoporose.

EFEITO DO TEMPO

A partir dos 30 anos de idade, o nosso corpo diminui naturalmente a produção de hormônios, tendo na reposição hormonal, nesse caso, a Testosterona, a solução para estes problemas congênitos, doenças, estresse e efeitos colaterais de certos medicamentos. Entretanto, o estudo sobre a eficácia da terapia hormonal encontra-se em andamento, principalmente no que se refere ao combate ao retardamento da idade. Vale frisar que a maioria da testosterona produzida em laboratório utilizada neste tratamento é feitas a partir de vegetais como soja e inhame. A reposição hormonal pode ser feita por meio de injeções, adesivos ou via oral. Cada vez mais homens de todo o Globo estão se informando e investindo na terapia hormonal. É claro que é primordial um acompanhamento periódico por médicos através de exames, o que acaba aumentando o custo do tratamento, que varia em torno de US$ 1 mil por mês, no laboratório Cenegenics, por exemplo. E é claro que todas as fotos que vemos de “antes e depois” é um grande estímulo, porém é necessário verificar com seu médico se a terapia com testosterona é ideal para você, bem como, estudar bem sobre este polêmico assunto, uma vez que, existem especialistas que afirmam que o uso desregular da testosterona pode estimular o desenvolvimento de outras doenças, como câncer de próstata e problemas cardíacos.

Fotos Márcio Farias

Modelo Dominic Calvani