ESTRELA: O show de Helga Nemeczyk

Helga Nemeczyk sem dúvida é uma artista completa. Canta, dança, atua… e o resultado disso pudemos acompanhar durante algumas semanas do quadro “Show dos Famosos”, no “Domingão do Faustão”. Helga chega a finalíssima do programa como um dos grandes destaques. Tanto por suas apresentações, quanto pelo carinho do público. Sem dúvida um divisor de águas na carreira dessa artista. “Desde a primeira temporada, quando eu assisti, eu quis muito participar. Sabia que seria um divisor de águas na minha carreira”, comentou Helga. Se isso não bastasse Helga é uma simpatia de pessoa, muito bem humorada e atenciosa. Como não ama-la? Como não convida-la para uma capa da MENSCH e ainda mais num ensaio cheio de intimidade e cumplicidade? Detalhe, o ensaio foi clicado pelo marido dela. Então caros leitores os convidamos para conhecer um pouco mais dessa atriz que chegou à TV pelo Zorra Total e conquistou o grande público com seu show de pessoa.

Helga você passou quase 10 anos no Zorra Total, sempre com personagens ligados à humor. Agora você está se aventurando mais na TV. Sentia necessidade de explorar novos desafios ou fazer humor é onde você se sentia mais confortável? Sentia muita necessidade e ainda sinto. O humor está em mim desde sempre, desde antes de me tornar atriz. Por isso me sinto confortável fazendo, mas estudei muito para ser atriz e quero muito mostrar que também sei fazer drama.

O grande público está tendo oportunidade de conhecer seus vários talentos (como cantora e dançarina, além de atriz) graças ao Show dos Famosos. Está se sentindo mais realizada como artista? Estou me sentindo muito realizada. Feliz! Queria muito essa oportunidade. Desde a primeira temporada, quando eu assisti, eu quis muito participar. Sabia que seria um divisor de águas na minha carreira.

Falando em carreira, indo para o início de carreira… como e quando percebeu que você queria ser artista? Desde criança eu fazia teatro para a família, nas festas de aniversário, no Natal, enfim… pegava meus primos menores, vestia roupa da minha mãe e inventava uma historinha com eles e apresentávamos para a família. Depois na escola, e quando terminei o segundo grau, eu já sabia que queria isso. Fui logo procurar um emprego, para pagar meu curso de teatro. E daí pra frente fui seguindo…

O que veio primeiro, ser atriz, bailarina ou cantora? O canto veio primeiro. Aos 13 anos. No colégio tinha um coral, um conservatório onde eu estudava piano, e cantava no coro. Com o passar dos anos eu me tornei solista do coral da escola.

Pouca gente sabe, mas você estudou canto lírico e popular pela Escola de Música Villa Lobos, e ainda cursou aulas de jazz e balé na Faculdade de Dança Angel Vianna. Além de estudar na Whitechapel’s Academy Drama School, em Londres. O que isso realmente te influenciou na artista que você é hoje? Não foi na Angel, foi no liceu. Na Angel eu fiz cursos livres. No ballet nunca me formei. Sempre fiz aulas. Formação mesmo só na música, teatro e faculdade de cinema. Mas toda essa experiência influenciou na versatilidade do meu trabalho. Fazer de tudo um pouco na área das artes é realmente importante se você quer ser um artista completo.

Pensando nesses seus vários talentos, fazer musicais deve ser um desafio completo. Se sente mais realizada nesse tipo de trabalho onde você pode atuar, dançar e cantar? Sim… me sinto. Ali eu posso fazer as três coisas. E realmente me dá muito prazer.

Aliás no teatro você tem vários trabalhos marcantes como “Noviças Rebeldes”, “Jazz´in The Blues” e “Vamp”. O palco é sua “casa”? E falando nisso, em breve você volta com Vamp… O “Jazz in the blues” é meu show como cantora. Um projeto que quis realizar com meu noivo que além de fotógrafo é guitarrista. Os outros tantos musicais que já fiz, versões brasileiras para peças da Broadway e também musicais brasileiros como o “Vamp”, foram muito marcantes e importantes para minha carreira. A turnê do “Vamp” não vou poder fazer, pois recebi um convite para entrar no “Chaplin, o musical”. Entro agora no final de julho e sigo.

Voltando a falar sobre o “Show dos Famosos”, qual era sua expectativa antes de começar os desafios e como você avalia sua trajetória agora na reta final? Sempre tive a mais alta expectativa. Sabia que iria me dedicar ao máximo para realizar um bom trabalho. E estou muito feliz com minha trajetória, pois tem sido de muito sucesso e reconhecimento. Conquistado com muito estudo, dedicação e preparação. Nada foi em vão.

Interpretar (ou encarnar) Pavarotti foi um dos pontos altos de todo o programa. Foi o mais marcante pra você? Ou Janis Joplin (que você foi às lágrimas) foi o mais impactante? Os dois que mais me marcaram, com toda certeza. Pavarotti o desafio de cantar ópera com voz masculina. E Janis o desafio de fazer aquela voz que era um risco muito grande. Qualquer deslize ali, poderia machucar minhas cordas vocais e eu poderia perder a voz. Por isso eu explodi ali naquele final. Era um misto de emoção e alívio por ter dado tudo certo!

Como é ser avaliado por um júri como Claudia Raia, Boninho e Miguel Falabella? Em geral concordava com eles? Ficou alguma lição pra vida? São artistas muito competentes, experientes e sabem do que estão falando. Com relação às minhas apresentações eu concordei com tudo o que foi dito e a forma com que avaliaram. A lição que tiro é que a competição serviu para aprender, crescer como artista e exercitar a humildade e desprendimento do ego. Ali estamos vulneráveis, dando a cara a tapa para sermos julgados em rede nacional. Tem que ter humildade para aceitar.

O que era mais difícil no Show, segurar a caracterização, cantar ou interpretar o artista homenageado? Cada homenageado tem sua dificuldade. O figurino da Gretchen era um maiô, e tem que ter muita disposição para dançar de maiô… (risos)… O Roberto Leal teve um elástico preso às minhas têmporas para fazer o olho puxadinho dele. Isso apertava, puxava, incomodava, doía. Cantar a Janis e o Pavarotti foi difícil. Dançar a Beyonce me exigiu aulas particulares para pegar a coreografia. Então cada um teve a sua dificuldade. Nada é fácil no “Show dos Famosos”.

Ano passado você fez sua primeira novela. Como foi a experiência? Espera repetir em breve?  Foi incrível! Era uma coisa que eu esperava e desejava muito. Espero repetir muito em breve, muitas vezes ainda. Porque eu amei!

Você parece ser uma pessoa leve e bem humorada. É isso mesmo no dia a dia?  Eu sou sim. Embora seja bastante ansiosa. Mas procuro não deixar a ansiedade atrapalhar meu humor. Mas aprendi que na vida tudo tem seu tempo e sua hora. Se você se dedica, faz o bem, é honesto consigo e com os outros. A recompensa vem, uma hora ou outra.

O que te tira o bom humor? A maldade humana me deixa muito mal. A mentira, também. Inveja, ciúme, desonestidade tudo isso me corta o coração.

Você é muito vaidosa? Até que ponto? Qual seu fraco? Sou bastante vaidosa. Mas não a ponto de fazer cirurgia para melhorar isso ou aquilo. Meu ponto fraco é o garfo! Gosto muito de comer, de cozinhar e a minha genética não é de pessoa magra. Então é uma luta. Por conta dos Padrões que a sociedade e a minha profissão muitas vezes impõem. Mas estou aprendendo a aceitar minhas perninhas grossas e meu corpinho atarracado. Eu sou assim, nasci assim, é a minha estrutura e não adianta.

Nesse ensaio você encarou a fatal e ousou nos looks. O fato do seu marido ter feito as fotos te deixou confortável para ousar mais? Com toda certeza! Ele me fotografa há anos. Ele sabe os meus melhores ângulos e tem o melhor olhar sobre mim. Além de muito talentoso e excelente fotógrafo, ele me namora quando me fotografa e isso me deixa muito mais confiante.

O que um homem precisa ter ou ser para te conquistar? Foi assim com o maridão? Precisa ter princípios, ser carinhoso e principalmente apoiar e entender o meu trabalho. É difícil! Muitas viagens com teatro e gravações, muitas horas de dedicação fora dos palcos e das câmeras, com estudos, aulas, enfim… Vinicius é um parceiro que me compreende, me ama, e preenche esses principais quesitos, estamos juntos há 5 anos, mas somos amigos há 15 anos. Tínhamos uma banda de rock na adolescência, e foi aí que nos conhecemos. A banda acabou, nos afastamos. Cada um seguiu seu rumo, mas como era pra ser, nos reencontramos depois de 10 anos, nos apaixonamos e estamos aí!

Para encerrar… O que conquista Helga de vez? Além de todas essas coisas que falei antes. O Vinicius me conquistou também com a pegada dele! É um homem que me faz sentir uma mulher maravilhosa e muito desejada! Quando ele me abraça e me beija não tem pra ninguém!

Fotos Vinicius Pereira

Styling Rodrigo Barros

Beleza Vinicius Visage

Helga veste: Look preto (capa):  Conjunto Loungerie, acessórios De Chelles, joias FL; Look amarelo: casaco de tricô Diana; Look  azul joias FML, conjunto De Chelles; Look casaco branco: conjunto Monthal, joias Ronnelly, casaco acervo; Look oncinha: joias Ronelly, casaco Dfactory, lingerie: Loungerie