CINEMA: WAGNER MOURA NO TOPO DAS MAIORES BILHETERIAS DE ATORES BRASILEIROS NOS EUA

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“Guerra Civil” estreou nos cinemas americanos no último dia 12 e colocou o ator Wagner Moura no topo das discussões sobre cinema nas redes sociais – desde tópicos sobre sua atuação no filme de ação quanto pelo “sexy appeal” que mostrou na pele do jornalista Joel. E numa comparação com a atriz carioca Bruna Marquezine, sobre quem protagonizou o filme de Hollywood com maior bilheteria, o baiano está levando a melhor. É o que revela levantamento inédito do Apostagolos.com.

Seu filme arrecadou no fim de semana de estreia nos EUA 25,5 milhões de dólares graças à presença de público nas salas de exibição no país. “Besouro Azul”, filme lançado ano passado com Bruna Marquezine entre os protagonistas, também teve boa estreia, mas parou nos 25 milhões de dólares arrecadados.

No total, “Besouro Azul” arrecadou cerca de 130 milhões de dólares enquanto esteve em cartaz, em todo mundo. “Guerra Civil” soma cerca de 52 milhões de dólares com quase duas semanas em cartaz. As maiores bilheterias americanas de fim de semana de estreia com atores brasileiros.

“Guerra Civil” tem feito sucesso e colocou Wagner Moura pela segunda vez na lista de dez filmes com maiores bilheterias de estreia nos cinemas americanos e que contam com atores brasileiros no elenco. O longa-metragem superou não apenas “Besouro Azul”, que conta com Bruna em cena, mas também “Predadores (2010), filme estrelado por Alice Braga, e “Focus” (2015), longa que conta com Rodrigo Santoro no elenco. O resultado, porém, é bem inferior ao que foi alcançado pelo filme com brasileiro no elenco com maior arrecadação no fim de semana de estreia. “Eu Sou a Lenda” (2007), protagonizado por Will Smith e que conta com Alice Braga no elenco, alcançou nada menos que 77 milhões de dólares.

Os números foram levantados no site especializado “Box Office Mojo”.

O TOP 10

1 – “Eu Sou a Lenda” (2007), com Alice Braga – 77,2 milhões de dólares

2 – “300” (2006), com Rodrigo Santoro – 70,8 milhões

3 – “300 – A ascensão do Império” (2014), com Rodrigo Santoro – 45 milhões

4 – “As Panteras” (2003), com Rodrigo Santoro – 40,1 milhões

5 – “Elysium” (2013), com Alice Braga e Wagner Moura – 29,8 milhões

6 – “Esquadrão Suicida” (2021), com Alice Braga – 26,2 milhões

7 – “Guerra Civil” (2024), com Wagner Moura – 25,5 milhões

8 – “Besouro Azul” (2023), com Bruna Marquezine – 25 milhões

9 – “Predadores” (2010), com Alice Braga – 24,7 milhões

10 – “Focus” (2015), com Rodrigo Santoro – 18,6 milhões

No fim de semana, o filme estreou em primeiro lugar em vários mercados de cinema, como Brasil (US$ 1,2 milhão), Espanha (US$ 573.659), Bélgica (US$ 205.253), Finlândia (US$ 180.435) e Portugal (US$ 126.129).

O FILME É UM ALERTA AO EXTREMISMO

Em um futuro muito próximo, quando Estados separatistas se rebelam contra um governo autoritário nos EUA, helicópteros sobrevoam a capital americana e explosões atingem o monumento Lincoln Memorial. Perto da Casa Branca, jornalistas escondem-se dos tiros atrás de veículos militares blindados.

O diretor do filme, Alex Garland, nos coloca no centro de uma batalha de revirar o estômago e que parece muito real, especialmente à luz da violência no ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021. No entanto, o “coração” do filme não está na política dos EUA. A trama dinâmica, na verdade, é mais sobre o importante papel dos jornalistas como testemunhas da guerra.

Lee, uma famosa fotojornalista (interpretada por Kirsten Dunst), começa o filme já parecendo exausta de cobrir conflitos brutais. Ela e o repórter Joel (Wagner Moura) têm a expectativa de conseguir entrevistar o presidente (Nick Offerman), que dissolveu o FBI (a polícia federal americana) e ordenou que os militares atacassem cidadãos comuns. Em resposta ao seu regime, os Estados rebeldes formaram diferentes alianças, incluindo a improvável parceria Texas-Califórnia nas chamadas Forças Ocidentais. À medida que os repórteres viajam pelo país devastado pela guerra, de Nova York a Washington, o argumento de Garland fica claro.

Um jovem em um posto de gasolina mostra orgulhosamente a Lee os corpos ensanguentados e contorcidos de dois homens que ele pendurou pelos pulsos. “Fui para o ensino médio com ele”, diz ele, apontando para um homem. “Ele não falava muito comigo.” Homens com equipamento de combate sem identificação disparam contra outros atiradores em uma casa de fazenda. “Alguém está tentando nos matar. Estamos tentando matá-los”, diz um deles a Joel, que pergunta incrédulo: “E você não sabe de que lado eles estão lutando?”

Atirar no outro lado porque é o outro, matar por xenofobia ou simplesmente por despeito – esse é o perigo que Guerra Civil retrata. Garland fez um filme de guerra que é antiguerra, um filme político determinado a ser apartidário. Acima de tudo, é um alerta assustador e crível para os EUA e, por extensão, para todos os países. “É um filme sobre o produto da polarização e da divisão”, disse Garland à rede de televisão CBS. “A menos que recuperemos o bom senso, nossa situação polarizada, divisiva e não comunicativa continuará”.

Assista ao trailer: