CAPA: João Baldasserini encerra “Haja Coração” com o sucesso do seu Beto e a promessas de novos sucessos

 

Sabe aquela dúvida que algumas pessoas tem em decidir que carreira seguir? Com o ator João Baldasseneri não teve isso. Mesmo cursando direito quando pisou no teatro da escola ele já percebeu que aquele era seu caminho e de lá não saiu mais. Graças também a uma mães sensível que percebeu e apoiou o filho desde sempre. De lá para cá foram peças, filmes, seriados e novelas na vida de João até chegar no seu primeiro protagonista, o Beto de “Haja Coração”, que ele encerra essa semana com muitos elogios, sentimento de dever cumprido e novos projetos em vista. Enquanto o novo personagem não chega conversamos com João para entender melhor como tudo aconteceu e quem é esse cara talentoso e gente boa que o público adora.

Quer dizer que você largou Direito e foi estudar Artes Dramáticas? Como percebeu que direito não era sua praia e despertou para as artes? A primeira a perceber foi a minha mãe! (risos) Na época em que eu estava estudando para presta vestibular, também comecei a fazer teatro aos sábados, na escola. Direito nunca foi meu sonho de vida. Eu tinha que escolher um curso, achava que esse tinha mais a ver comigo, e estava estudando pra isso. Mas a minha mãe dizia que quando eu voltava do teatro ela via um brilho nos meus olhos, e me deu toda a força para seguir a carreira de ator. Hoje vejo que foi a escolha certa! Estou muito feliz nessa profissão.

É curioso ver atores falando desse despertar para as artes e largar tudo. Mas já se imaginou fazendo outra coisa? O que acha que faria tão bem quanto atuar? O teatro foi a primeira coisa que me despertou interesse em aprender algo. Quando eu comecei a estudar e a entender como funciona essa profissão, isso abriu minha cabeça. O teatro exige que você seja uma pessoa curiosa com o mundo, que você leia, se interesse pelas pessoas, pelas profissões, observe muito para poder interpretar. Hoje eu atuo fazendo vários tipos de profissão. O Beto Velasquez foi um publicitário. Eu já fui publicitário, lobista, entregador de pizza, motoboy, sendo ator. Mas eu, João, eu me vejo atuando mesmo. Faria uma faculdade, mas como complemento na minha profissão, não para seguir outra área.

O que te move nessa profissão de ator? E quais seus maiores temores e prazeres nela? O que me move é a paixão por atuar e o respeito que eu tenho por essa profissão, que só aumenta com o passar do tempo. Eu acho que a carreira do ator não se sustenta só com o glamour, mas com o prazer de fazer aquilo que amo, com bons personagens e bons trabalhos. Um temor talvez seja parar de atuar. Quero continuar contando boas histórias e atingindo as pessoas de alguma maneira com o meu trabalho.

 

Atualmente você é apontado como um dos atores mais promissores da Globo. Como vê isso? Eu fico muito feliz e muito grato a todos os trabalhos que eu tive e honra de fazer e me trouxeram até aqui. Desde o teatro empresarial, em eventos, passando pelo cinema com o Walter Salles que foi uma grande escola, as séries e novelas na TV Globo. Tudo valeu a pena e me incentivou a seguir me dedicando à atuação.

Você está encerrando seu trabalho como o Beto em “Haja Coração”. Que avaliação faz do trabalho? Foi muita responsabilidade ser um dos protagonistas? Foi uma responsabilidade grande, o Beto foi o meu primeiro protagonista. Mas ao mesmo tempo foi delicioso! Estive ao lado de atores muito talentosos e muito parceiros que se tornaram grandes amigos fora de cena. E o Beto foi um personagem muito legal de fazer! Um cara galanteador, boa pinta, mas que precisou criar responsabilidade ao longo da sua trajetória para viver o amor pela Tancinha.

Mesmo com atitudes questionáveis muita gente torceu para Beto ficar com Tancinha. A que você atribui isso? Eu acho que o jeito torto dele de tentar consertar os próprios erros acabou cativando as pessoas. Pra viver esse amor pela Tancinha ele precisou amadurecer, se tornar uma pessoa melhor, e o público acompanhou esse processo.

Com a popularidade desse trabalho muita coisa mudou no seu dia a dia? Como lida com assédio e fama? Não mudou muito, mas com certeza trouxe ainda mais o carinho das pessoas nas ruas, nas redes sociais. É claro que elas se interessam pela minha vida pessoal, porque estou o tempo inteiro na casa delas como o Beto. Mas isso nunca foi realmente invasivo. Continuo com a minha rotina e cercado por pessoas que me acompanham, gostam do meu trabalho e me deixam super feliz na minha profissão.

E essa história que você procurava namorada, funcionou? É mais difícil se manter solteiro ou achar alguém legal quando se está em evidência por conta de um papel na TV? Essa história foi uma grande brincadeira que surgiu nos bastidores da novela, com a Mariana Ximenes. Contei que estava solteiro e ela fez uma “campanha” para eu arrumar uma namorada (risos). Acho que a diferença entre estar em evidência na TV ou não é que eu acabo conhecendo e tendo contato com mais pessoas. Mas, fora isso, não muda muito as coisas.

O que admira nas mulheres e que qualidade dos homens elas deveriam ter? O que eu mais admiro nas mulheres é a mulher mesmo (risos). O feminino, o delicado, o sensível. A essência feminina como um todo. Eu gosto da beleza e da natureza feminina. E não vejo qualidade de homem ou de mulher, é ser humano. Se eu falasse em “qualidade de mulher” ou “qualidade de homem” eu acho que estaria sendo restritivo, e eu não vejo assim. Acho que a mulher tem que ter todas as suas qualidades, assim como os homens têm que ter as suas. Ser uma pessoa honesta, digna, que tenha caráter.

Você é um cara vaidoso? Como cuida do corpo e saúde? Eu vivo momentos com a vaidade, vamos dizer assim. Tem momentos que eu me dedico mais, me alimento melhor, entro na academia. Em outros eu me “cuido menos”, dou uma abandonadinha de leve (risos). Tenho a impressão de que a maioria das pessoas é assim, vive momentos. Acho que a vaidade é ligada à autoestima, então se a gente está feliz, satisfeito, naturalmente a gente se cuida melhor. Não é regra, mas para mim funciona assim.

Agora com o fim da novela, o que vai fazer para relaxar? O que curte quando não está trabalhando? Eu vou resolver algumas coisas de mudança e visitar minha família no interior de São Paulo, já estou com saudades. Meu afilhado nasceu e eu ainda não consegui conhecê-lo! Essa já vai ser uma boa maneira de recarregar as baterias. Minha mãe mora num templo budista e eu vou passar uns dois dias lá, meditando, relaxando e acalmando as emoções que a novela e esse ano me geraram. Foi um ano intenso, muito bom, mas é importante dar uma acalmada para outras histórias acontecerem. Quando não estou trabalhando gosto de curtir os amigos, passear, ir ao teatro, tomar um café na Livraria Cultura. Mas eu gosto mesmo é de trabalhar! (risos) Quando eu estou trabalhando, eu estou curtindo também. É mais uma maneira de aproveitar.

Essa folga vai demorar ou em breve já vem um novo personagem? Quais os planos? Em breve vem um novo personagem, mas ainda não posso adiantar (risos). Meus planos sempre são continuar contando boas histórias, dando vida a personagens interessantes, que mecham como público. Tenho alguns projetos para teatro e cinema vindo por aí.

Você está com 32 anos hoje, como se vê daqui a 10 anos? Feliz, mais seguro profissionalmente e aprendendo muito com a vida também, com uma família, com mulher e filhos…

Foto Chico Cerchiaro

Produção executiva Márcia Dornelles 
Beleza Edilson Ferreira
Styling Alê Duprat
Produção de Moda Marcella Klimovicz
Assessoria de imprensa Mattoni Comunicação
Agradecimento locação Sheraton Grand Rio Hotel & Resort 

João veste
Look 1: terno total Hugo Boss, sapato Ricardo Almeida; Look 2: Terno azul: terno total VR, sapato Ricardo Almeida