MÚSICA: AS PORTAS DE JIM – Uma análise sobre da trajetória do astro Jim Morrison.

A frase “Kawa Ton Aaimona Eaytoy” está escrita em grego e quer dizer “queime seu demônio interior”. Muito forte; hein? Além de ecoar na sua mente, saiba que ela está gravada na lápide de Jim Morrison. No mínimo, uma mensagem singular. Ou seria subliminar? Entre dúvidas, uma coisa é certa, o nome da banda veio do inglês William Blake, quando ele disse: “Se as portas da percepção forem abertas as coisas irão surgir como realmente são infinitas”. E isso ficou no imaginário do Mr. Morrison. Não só isso.

Será que a Psicodélica musicada por eles surgiu a partir dessa citação ou acabou em sua lápide ou ainda está entre os fãs hoje? Talvez tudo junto; todavia, o que se tem certeza e te digo nesse parágrafo é que o rock psicodélico fez parte de uma revolução de costumes: na forma que se vestia, escrevia, os modelos de relacionamentos e as drogas; especificamente o alucinógeno LSD. Esse novo modelo de viver foi para os ensaios, shows, estúdios, com uma forma nova de usar e abusar dos instrumentos. Muitas das canções passavam fácil dos 7 minutos. Algo inconcebível poucos anos antes. 

E no meio dessa orbe surge The Doors, criada em 1965, em Los Angeles, Califórnia (Ops, olha L. A. Woman aí), tendo como front-man Jim Morrison na voz, o fabuloso Ray Manzarek nos teclados, uma guitarra visceral de Robby Krieger; e, na bateria, John Densmore… Quebrando tudo e quebrando bem.

E nasceu bem. Ter fortes influências do Jazz e do Blues só poderia trazer um som visceral. Atípico pra época. Escute a nervosa “Roadhouse Blues” e me diga se estou errado. Claro, muito se deve também ao estilo performático de Jim, seja nos shows, dando entrevista ou no seu dia-a-dia. Mas também tiveram outros gêneros que influenciaram, como o Clássico e o Beatnik.

Escândalos eram imãs. Ele, o front-man “Das Portas”, comentou várias vezes ter sido possuído por espíritos de feiticeiros indígenas, após ter visto um sério acidente de carro onde vários índios vieram a óbito. E esse fato o influenciou sua vida profissional e pessoal, tanto que ele veio a se casar, num ritual pagão; onde, entre outras coisas, se bebeu sangue. Isso em 1970; e, com sua morte um ano depois, o que já era bem vendido virou sucesso. Até hoje as vendas em cima dos Doors é imensa, muito pela qualidade que o grupo empregou, muito também por esse outro lado de Jim que fascina muitos.

Oliver Stone acertou em cheio quando lançou em 1991 o belíssimo “The Doors”, tendo Val Kilmer incorporando Jim Morrison. Me perdoem o uso do “incorporando”, mas a atuação dele chega à excelência. E nesse filme os jovens puderam conhecer a banda. Os adultos puderam relembrar. E todos, conheceram um pouco mais (e melhor) do mix que formou a banda. Eles abusaram da ideologia “sexo, drogas e rock’n roll”.

The End.

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